— Ah! Você é a a Laysla. —gritou a menina.
Meu deus, estamos em uma feira.
— Sim. —sorri básico.
Estou tímida, isso sim.
— A Sol e o Zé me contou da amizade de vocês. —passou a mão entre o seu cabelo.
Observei ela e me lembrei que era a moradora nova da cidade, irmã do Pedro.
— Acabei de lembrar de você. —ela de repente me abraçou.
— Prazer. —sorria abertamente. — O prazer é meu.
Ela é morena do cabelo cacheado, volumoso e brilhante. Os seus olhos são grandes e redondos.
Igual uma princesa.
Peguei alfazema e coloquei em uma sacola, encontrei cebolinha e coloquei em outra.
Mariana é o nome dela. Ela fala carinhosamente, é bem meiga. Conversa comigo abertamente comigo como se já me conhecia.
— O casamento da Sol é sexta —disse alegre. — Você já sabe com qual roupa ir? —perguntou curiosa.
Encarei ela e dei ombros.
— Se você não falasse, menina. —acabei rindo. — Eu ia passar um sufoco, porque eu esqueci disso. —coloquei a mão na boca.
— Sério? Você é a madrinha! —riu.
Disso eu sei.
Acho que eu tenho algo que preste no meu guarda-roupa.
Algo preto.
— Bom, se você quiser, vamos juntas comprar. —sugeriu e cruzou as mãos.
— Não, eu tenho roupa sim. —falei e seu semblante murchou.
Toquei no seu braço levemente.
— O que foi? —perguntei séria. — Tu não tem roupa?
Ela mordeu os lábios, envergonhada.
— Não, queria que alguém fosse comigo comprar. —disse.
Eu tenho que ir sacar o meu dinheiro, seria bacana acompanhá-la.
Só espero que não demore.
— Vamos, eu te acompanho. —segurei na sua mão. Entreguei o dinheiro para a moça da feira.
Organizei as minhas sacolas.
— Agora?
— Agora.
Entramos mais para dentro da feira, tem lojas espalhadas pela cidade e ela vai encontrar uma que tenha vestidos de casamento.
Caminhamos e ela foi procurando com os olhos, até que encontramos uma loja de boutique. Porém, por ser boutique, o preço é alto.
— Temos dinheiro? —murmurei, ela sorriu.
— Sim.
Olhei o valor e cada vestido de cem para cima.
— Posso ajudá-las? —perguntou a atendente.
— Boa tarde, eu quero um vestido rodado. —pediu e a atendente nos acompanhou.
Fomos com ela.
São tantas opções.
— Vou experimentá-los. —pegou um amarelo. Confesso que não gostei.
Ela entrou no provador e demorou um pouco.
Quando voltou, observei ela rodando com o vestido tomara que cai e amarelo ouro.

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Soltos e Leais
Jugendliteratur"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...