Quinze

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— Ah! Você é a a Laysla. —gritou a menina.

Meu deus, estamos em uma feira.

— Sim. —sorri básico.

Estou tímida, isso sim.

— A Sol e o Zé me contou da amizade de vocês. —passou a mão entre o seu cabelo.

Observei ela e me lembrei que era a moradora nova da cidade, irmã do Pedro.

— Acabei de lembrar de você. —ela de repente me abraçou.

— Prazer. —sorria abertamente. — O prazer é meu.

Ela é morena do cabelo cacheado, volumoso e brilhante. Os seus olhos são grandes e redondos.

Igual uma princesa.

Peguei alfazema e coloquei em uma sacola, encontrei cebolinha e coloquei em outra.

Mariana é o nome dela. Ela fala carinhosamente, é bem meiga. Conversa comigo abertamente comigo como se já me conhecia.

— O casamento da Sol é sexta —disse alegre. — Você já sabe com qual roupa ir? —perguntou curiosa.

Encarei ela e dei ombros.

— Se você não falasse, menina. —acabei rindo. — Eu ia passar um sufoco, porque eu esqueci disso. —coloquei a mão na boca.

— Sério? Você é a madrinha! —riu.

Disso eu sei.

Acho que eu tenho algo que preste no meu guarda-roupa.

Algo preto.

— Bom, se você quiser, vamos juntas comprar. —sugeriu e cruzou as mãos.

— Não, eu tenho roupa sim. —falei e seu semblante murchou.

Toquei no seu braço levemente.

— O que foi? —perguntei séria. — Tu não tem roupa?

Ela mordeu os lábios, envergonhada.

— Não, queria que alguém fosse comigo comprar. —disse.

Eu tenho que ir sacar o meu dinheiro, seria bacana acompanhá-la.

Só espero que não demore.

— Vamos, eu te acompanho. —segurei na sua mão. Entreguei o dinheiro para a moça da feira.

Organizei as minhas sacolas.

— Agora?

— Agora.

Entramos mais para dentro da feira, tem lojas espalhadas pela cidade e ela vai encontrar uma que tenha vestidos de casamento.

Caminhamos e ela foi procurando com os olhos, até que encontramos uma loja de boutique. Porém, por ser boutique, o preço é alto.

— Temos dinheiro? —murmurei, ela sorriu.

— Sim.

Olhei o valor e cada vestido de cem para cima.

— Posso ajudá-las? —perguntou a atendente.

— Boa tarde, eu quero um vestido rodado. —pediu e a atendente nos acompanhou.

Fomos com ela.

São tantas opções.

— Vou experimentá-los. —pegou um amarelo. Confesso que não gostei.

Ela entrou no provador e demorou um pouco.

Quando voltou, observei ela rodando com o vestido tomara que cai e amarelo ouro.

Soltos e LeaisOnde histórias criam vida. Descubra agora