A Sol veio todo o caminho me impedido de olhar para ele.
Conversamos na minha casa e preparamos um café da manhã caprichado, mamãe acordou e foi se alimentar. Enquanto a Sol ia embora, dei um abraço nela e pedi para se despreocupar.
Tem tantas coisas acontecendo na vida dela, e que são importantes, por exemplo: uma moça que está bagunçando a relação dela com o Pedro. Mas para mim, Pedro é má índole, perigoso, mas traíra não. Logo tudo vai se esclarecer.
Ela foi para a casa dela e eu passei uns segundos na porta de casa, olhando o Benjamin.
O seu cabelo é mais claro que o sol.
Perfeito.
Ele se virou para trás e eu dei um passo para trás, levando um susto com mamãe.
Dei risada, disfarçando.
— Que que cê tá olhando? —perguntou curiosa. — Nada. —cruzei os braços.
— Se está olhando aquele ali, parou —negou com a cabeça.
— Só estou olhando. —rolei os olhos.
— Então, feche os olhos. —disse séria e saiu andando.
Bufei.
Agora todo mundo quer me proibir de olhar para o rapaz.
Fui para o meu quarto e abri o guarda-roupa, vasculhei e tinha umas roupas velhas, cheias de poeira. Fiz um amarro no meu cabelo e coloquei todas no chão, separei as que eu vou doar e outras dobrei e guardei.
Odeio coisas velhas enfiadas no guarda-roupa, e a minha mãe é totalmente ao contrário. Tem roupas acumulada de quando eu era criança, e roupas dela quando era adolescente. Zero utilidade, mas ela acredita que um dia precisará.
Eu comprei muitas roupas para mim na capital, e comprarei mais.
Gasto mesmo.
Observei as nossas fotos em papéis, a minha mãe comigo e ambas sujas de areia. Isso é de quando viajamos para o estado ao lado, que tem mar.
Gargalhei do meu semblante.
Na foto eu estou posicionada em cima de um banco mas de cabeça para baixo e rindo. Enquanto mamãe, sentada de perna cruzadas e com um vestido azul. Bem chique.
Encarei uma em que eu estou com a Sol, ela com um biquíni amarelo e em pé, e eu de biquíni preto, sentada e com os olhos fechados. O meu cabelo estava batendo na minha coxa, lembrei eu sempre tenho que cortar um pouco para não ficar assim.
Ouvi barulho da minha mãe trazendo as roupas do varal, e passou perto do meu quarto.
— Mãe! Mãe —chamei alto.
Olhei para a porta, esperando.
— O que, menina? —perguntou, mas com o celular na orelha.
— Está falando com quem? —perguntei curiosa.
— Eduardo. —falou, rolei os olhos.
Não acredito.
De novo.
— É a Laysla, Eduardo. —falou no telefone. — Chegou e agora vive me chamando. —disse sorrindo.
Esse cara é um vagabundo, dedo podre para caralho.
— O que era, Laysla? —colocou a mão na cintura. — Nada.
Pensei que eles não voltariam mais, ela tinha enxergado que ele sempre tratou ela como uma segunda opção.

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Soltos e Leais
Novela Juvenil"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...