Cinco

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A Sol veio todo o caminho me impedido de olhar para ele.

Conversamos na minha casa e preparamos um café da manhã caprichado, mamãe acordou e foi se alimentar. Enquanto a Sol ia embora, dei um abraço nela e pedi para se despreocupar.

Tem tantas coisas acontecendo na vida dela, e que são importantes, por exemplo: uma moça que está bagunçando a relação dela com o Pedro. Mas para mim, Pedro é má índole, perigoso, mas traíra não. Logo tudo vai se esclarecer.

Ela foi para a casa dela e eu passei uns segundos na porta de casa, olhando o Benjamin.

O seu cabelo é mais claro que o sol.

Perfeito.

Ele se virou para trás e eu dei um passo para trás, levando um susto com mamãe.

Dei risada, disfarçando.

— Que que cê tá olhando? —perguntou curiosa. — Nada. —cruzei os braços.

— Se está olhando aquele ali, parou —negou com a cabeça.

— Só estou olhando. —rolei os olhos.

— Então, feche os olhos. —disse séria e saiu andando.

Bufei.

Agora todo mundo quer me proibir de olhar para o rapaz.

Fui para o meu quarto e abri o guarda-roupa, vasculhei e tinha umas roupas velhas, cheias de poeira. Fiz um amarro no meu cabelo e coloquei todas no chão, separei as que eu vou doar e outras dobrei e guardei.

Odeio coisas velhas enfiadas no guarda-roupa, e a minha mãe é totalmente ao contrário. Tem roupas acumulada de quando eu era criança, e roupas dela quando era adolescente. Zero utilidade, mas ela acredita que um dia precisará.

Eu comprei muitas roupas para mim na capital, e comprarei mais.

Gasto mesmo.

Observei as nossas fotos em papéis, a minha mãe comigo e ambas sujas de areia. Isso é de quando viajamos para o estado ao lado, que tem mar.

Gargalhei do meu semblante.

Na foto eu estou posicionada em cima de um banco mas de cabeça para baixo e rindo. Enquanto mamãe, sentada de perna cruzadas e com um vestido azul. Bem chique.

Encarei uma em que eu estou com a Sol, ela com um biquíni amarelo e em pé, e eu de biquíni preto, sentada e com os olhos fechados. O meu cabelo estava batendo na minha coxa, lembrei eu sempre tenho que cortar um pouco para não ficar assim.

Ouvi barulho da minha mãe trazendo as roupas do varal, e passou perto do meu quarto.

— Mãe! Mãe —chamei alto.

Olhei para a porta, esperando.

— O que, menina? —perguntou, mas com o celular na orelha.

— Está falando com quem? —perguntei curiosa.

— Eduardo. —falou, rolei os olhos.

Não acredito.

De novo.

É a Laysla, Eduardo. —falou no telefone. — Chegou e agora vive me chamando. —disse sorrindo.

Esse cara é um vagabundo, dedo podre para caralho.

— O que era, Laysla? —colocou a mão na cintura. — Nada.

Pensei que eles não voltariam mais, ela tinha enxergado que ele sempre tratou ela como uma segunda opção.

Soltos e LeaisOnde histórias criam vida. Descubra agora