Coloquei uma dose de pinga, perto do prato com presunto e queijo ao lado da imagem.
Acendi um cigarro e deixei ao lado também.
Senti uma tontura e me levantei rápido, Rayane tocou na minha costa e eu incorporei, mas continuei consciente.
Observei a minha mão pegar um palito com queijo e levar até os lábios, mas não senti sabor, não era eu em mim e no meu corpo.
- Boa noite, belo cavalheiro. -sussurrou Rayane, animada e sexy.
- Boa noite. -disse sério e ergueu o chapéu, saudando. - Confusões?
- Sim... Mas já resolveu. -falou e deu ombros.
Ele assentiu.
- Agora, entre nós... -se aproximou do guia, em meu corpo. - Hoje lucrará? -perguntou sorridente.
- Não, mas logo tudo vai melhorar aqui na casa para as quengas. -explicou e ela deu gritinhos.
- Laroiê. -saudou pulando.
- O Benjamin some, mas sempre está vigiando. -afirmou. - Vai amassar a dona daqui.
- Ela se acha a rainha da vagina. -colocou as mãos na cintura. - Como se fosse a própria Maria Padilha.
O seu Zé Pelintra deu uma gargalhada alta.
- Moça, e que bom tu cuidou de mim enquanto o cavalo andou por aí. -agradeceu sério.
Ela se emocionou, fingindo um pouco também.
- Cuido com carinho, padrin. -gargalhou alegre, limpando as lágrimas inexistentes.
- E ele, sabe tudo o que eu tenho para falar, sabe bem! -avisou à mim, escutei bem. - Mas agora vou se embora que vem cliente.
- Boa noite.
- Boa noite.
- Exu é Mojubá.
Senti um balanço e voltei ao meu corpo, Rayane segurou no meu braço e me equilibrou.
- Padrinho veio, tu já sabe -repetiu atenta, assenti. - Agora vou contar para as meninas. -saiu correndo, ansiosa.
Ajeitei o meu chapéu e a minha gravata, entrei no bordel de novo e agora a noite começa.
Acendi um charuto e me aproximei de Beatriz, que fuma um baseado igual um pastel.
Olhei a Gabriela com um cliente, ele beijando o seu pescoço.
- E aí, bebê. -disse, Beatriz, me olhando. - Voltou? -sorriu simples.
- Saudades de vocês... -falei sorrindo, ela gargalhou. - Cínico, como sempre. -tossiu.
- Uai, sabe que não minto. -falei sincero.
- Sei... -estalou a língua. - Foi sexy como chegou. -sussurrou, sagaz.
- Gostou? -mordi o charuto devagar.
- Sim, gostei. -passou a mão pela a minha coxa. - Por onde viajou, Benjamin?
Olhei para Bea, com seus cabelos loiros e cacheados, os lábios vermelhos e olhos ferventes.
Puxei a sua nuca para mim.
- Como sempre, pelas águas... -sussurrei em sua orelha, e lambi o seu pescoço.
Peguei o meu charuto e me retirei da mesa rapidamente, contendo o meu membro na calça, e continuei sobrando a fumaça.
Não posso ficar perto das meninas.
Não é porque a empresa é minha que eu devo usar os seus bens.
Me sentei no balcão. Vendo Fabíola brava, mas silenciosa.

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Soltos e Leais
Genç Kurgu"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...