Capítulo 9

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Vincent

Ter Enrico em meus braços foi uma das melhores sensações  que senti em minha vida, dormi abraçado com seu pequeno corpo, ter a consciência disso me ajudou a dormir melhor, ao acordar tentei  me levantar porque alguém estava batendo na porta mas não consegui pois o pequeno que se encontrava virado de costas para mim estava deitado encima do meu braço encolhido, quando quase consigo ele se virou, e por nossas cabeças estarem muito próximas quando ele se virou para mim nossos lábios se tocaram, nos encaramos com os olhos arregalados naquela posição. Quando a empregada falou que ia deixar o desjejum, saímos daquele transe em que nos encontrávamos e ele se afastou escondendo seu rosto agora levemente avermelhado com as mãos e senti meu coração disparar, meu lobo de repente se agitou como louco, repetindo varias vezes ( é ele, é ele, é realmente ele).

_ você esta bem?

Enrico_ me perdoe senhor, f-fui descuidado, isso não devia ter acontecido.

_ Não se aborreça por isso, suas desculpas deixaram meu lobo triste.

Enrico_ triste? porque esta triste por minhas desculpas?

_ Porque ele esta a muito tempo esperando por isso....

me levanto e vou em rumo a porta, a abro com tudo fazendo as irmãs de enrico cair no chão, sorte que não citamos sobre oque estávamos conversando, olhei para  Enrico que começou a exalar feromônio e a tremer, e as encarei novamente, suas roupas vulgares como sempre, mostrando grande parte do corpo, mas desta vez mais do que as outras vezes.

_Oque fazem espionando minha privacidade?

Virgínia_ perdoe-nos senhor, viemos trazer seu desjejum e não escutamos, pensamos que poderia estar doente....

_ Como podem ver estou bem e não era para vocês estarem aqui, esse não é o trabalho que lhes ordenei, aonde está a senhora Francisca?

Jesebel_ ela se acidentou ontem ao anoitecer e nos pediu que trouxesse...

 _ somem da minha vista imediatamente...

Jesebel_ mas e a comida senhor?

_Leve-a com vocês.

Falo e fecho a porta em seus rostos, sempre que as vejo meu lobo se irrita, sinto uma energia sóbria e incomoda sobre elas, quando me viro Para enrico vejo seu olhar de medo, ele estava com as unhas nas cochas as machucando, fui até ele e me sentei a seu lado colocando minhas mãos sobre as suas o vendo se acalmar aos poucos.

_ Se acalme.

Enrico_ Como o senhor consegue fazer isso.

_ Isso oque?!

Enrico_ o senhor me acalma com apenas um toque, e meu corpo lhe obedece, sinto-me seguro com o senhor, o  senhor é bom.

sorri daquilo e em seguida o fiz se arrumar, o tempo hoje está diferente do dia anterior, está com um aspecto chuvoso, os céus estavam cinzas e o ar cheirava a magia, o levei para vermos Francesca que realmente estava mal, tanto que nem ao menos conseguia pronunciar uma palavra se quer, estranho já que isso nunca aconteceu antes por aqui, ela era serva de meu avô dês de os dezesseis, agora com apenas cinquenta e oito e isso jamais aconteceu em todo este tempo. Depois de dar instruções para os mordomos  o levei para a cozinha e nos sentamos em pequenas cadeiras, comemos  frutas e bebemos chá já que  Enrico os prefere, após isso o levei para o escritório comigo.

Enrico_ meu senhor, oque tanto escreve neste papel?

_É um pedido de ajuda a minha mãe. Quer ver?

Enrico_ se não for um incomodo eu gostaria de ver, apesar de não saber ler.

_ venha, se sente em meu colo. Não sabe ler? suas irmãs sabem e você não?

 Enrico_ sim.

fala se sentando em meu colo e passa os dedo pelas letras que escrevi sorrindo,  toco em seus cachinhos o fazendo voltar sua atenção para mim, ficamos nos encarando por alguns segundos e quando aproximo nossos rostos para beija-lo ele desvia, mas isso não me impede, já que rosto estava virado o pescoço estava livre, depositei um beijo úmido no local e escutei o pequeno suspirar, com isso dei outro mas dessa vês seguido de uma leve mordida, depois fiquei roçando meus lábios ali sentindo o calor, a textura e o cheiro da pele dele, aquilo era bom, muito bom!.

Enrico_ hmm i-isso é bom.

_ você gosta?

Enrico_ S-sim senhor, seus lábios são quentes e macios.

Vincent_ que bom que gosta.

ele vira o rosto para mim novamente me encarando e cora, não entendo oque esta acontecendo e quando abro minha boca para o perguntar oque ouve, o mesmo se encolhe escondendo o rosto em meu peito.

Enrico_ Mamãe fala que não devo ceder as minhas vontades mas, senhor Vincent, posso sentir seu feromonio?

_Meu feromonio?

Enrico_ perdão senhor, eu não deveria fazer isso e nem se quer pensar, mas estou curioso.

_ Tudo bem, não se preocupe de mais, prenda a respiração e só solte quando eu falar.

assim ele fez, Me concentrei e liberei uma quantidade que seria hipoteticamente segura para ele, meu pai alfa me ensinou a controlar a liberação de feromonios para que eu não ferisse as pessoas.

_ pode soltar a respiração, mas respire de vagar e com calma.

Enrico_ uau, da para velo no ar também, o do senhor é diferentes, tem um tom dourado.

_ Sim, os dos outros são normalmente vermelho, laranja.

Enrico_ cheira a rosas, os outros cheiram a madeira.

ele fala fazendo uma careta fofa e rio dele, depois ele fecha os olhos e suspira dando um pequeno sorriso, ele é tão lindo que me deixa sem folego apenas de o olhar, seu rosto já completamente curado graças a poção que dei a ele agora deixava sua beleza mais nítida ainda. A noite depois de um tempo conversando o levei para conhecer o quarto dele, o deixei ali depois de me despedir e fui para o meu, não me senti confortável ali sozinho, tentei dormir mas não consegui, já me acostumei a dormir com ele que mesmo tendo  a maior parte da cama quer dormir com as pernas em cima da minha barriga e abraçado com meu braço, sorri ao perceber o quão rápido me acostumei a ele. E assim se passou algumas semanas,  não conseguia dormir direito então passava a noite trabalhando, meus únicos momentos de conforto era quando nos encontrávamos para ir a feira juntos, quando comíamos juntos e era sempre uma tortura se despedir ao anoitecer.

Na  quinta semana não pude o ver pois tive que  resolver problemas em uma cidade vizinha, então decidi que depois que terminasse minhas coisas, iria no quarto dele o ver, era final de semana então assim que cheguei ao castelo e o vi, falei que queria jantar com ele, ele concordou sorrindo e cada um foi para seus aposentos.   Algumas horas depois escuto alguém me chamar bem baixo, seres normais não escutariam então me levanto, quando abro a porta vejo Enrico chorando com as mãos em seu pescoço, me aproximei o abraçando e esperei ele se acalmar para perguntar o porque de estar chorando, quando ele tirou as mãos do local vi uma marca roxa envolta de seu pescoço, era como se ele tivesse amarrado uma corda e a apertado ali, mas até minutos atrás isso não estava ali.

Enrico_ isso dói, dói muito para mamãe não consigo respirar! ( cochicho )

_ oque? sua mãe? oque ela fez ?

Enrico_ senhor Vincent, t-tire isso por favor, quebre-o, esta me sufocando. ( cochicho )

_ Oque, não entendo o que diz.

Ele levanta sua cabeça me encarando com os olhos cheio de lagrimas e se inclina selando nossos lábios, nesse momento vi oque achei que nunca chegaria perto, a coleira de disciplina dos anjos, a que os anjos usavam para punir demônios, a coleira no pescoço de Enrico é uma coleira que foi roubada dos anjos a muitas décadas passadas por um demônio louco que servia a uma feiticeira terrível, a mesma que jogou o feitiço em minha mãe para ela não gerar descendentes,  ela só sai do pescoço da pessoa se ela morrer ou se casar.

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