CAPÍTULO 34

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Sentiu ainda mais raiva do CRUEL ao lembrar daquilo. E a memória em que estava sendo torturada? O que ela estava escondendo? Será que o CRUEL achava que ela fosse contar a eles? Depois de tudo que haviam feito ela passar?

Maitê caminhava em silêncio ao lado de seus amigos. As montanhas crescendo lentamente a medida que se aproximava e ela não parava de pensar em todas aquelas questões. Tentava afastar aquilo e até conseguia por poucas horas, mas depois voltavam a tona.

Depois de um tempo ela apenas deixou que seu corpo fosse levado pelas próprias pernas. Mirando o horizonte com a cabeça vazia e triste. Vários minutos depois, ela sentiu alguém dar batidinhas em seu ombro, Newt.

- Tá tudo bem? -- Perguntou ele com o cenho franzido quando ela se virou. Maitê forçou um sorriso e concordou com a cabeça.

- Maitê -- Chamou Thomas ao seu lado - Ouviu alguma coisa enquanto estava naquele hospital? -- Ela parou de andar e esperou que os garotos chegassem até o encontro dela.

- Não sei de nada. Apenas que me consideram problemática.

Guardou o fato de que escondia algo do CRUEL para si mesma. Contava esse tipo de coisa apenas para os Onze. Afinal de contas aquilo não deveria ser algo que envolvesse todos.

- E o que você ouviu? -- Indagou Maitê para Thomas.

- Que só alguns de nós eram bons o bastante pra ser Candidatos. E falou que eu era o melhor Candidato, e que não queriam que eu morresse por algo não planejado.

- Mas você não disse que aquele garoto foi controlado para matar você? Queriam que você morresse alí, mas agora resolveram voltar atrás porquê é um bom Candidato...

- Pois é. Isso tudo é bizarro de estranho -- Disse Newt mas Maitê o ignorou.

- Se o nosso dever é sobreviver acima de tudo, segundo eles. Então você se mostrou um bom sobrevivente, Thomas.

- E você também -- Retrucou ele e Maitê concordou com a cabeça embora tivesse uma teoria diferente a seu respeito.

- Acho que não vale a pena torrarmos os miolos com isso -- Argumentou Newt - O que tiver de ser, será -- Maitê concordou com a cabeça e caminhou por um tempo ao lado deles e depois se precipitou para a frente do grupo, onde Minho e Jorge estavam.

- Cara. Pode me explicar o que foi aquilo com a faca? -- Perguntou Maitê a Jorge.

- Desculpe por aquilo -- Respondeu com sinceridade - Se soubesse que o CRUEL viria buscar vocês, não teria feito.

- Como foi que o CRUEL me levou?

- Chegaram cheios de armas, entraram e arrastaram você e o Thomas para dentro de um Berg.

- Berg?

- Uma nave que eles tem. Serve como um helicóptero só que é muito mais fácil de dirigir e não tem aquele barulho e ventania tão chatos como os helicópteros.

- Certo. Teve um intervalo muito grande desde que o Thomas acordou? Entre nós dois.

- Muito grande. Horas depois. Devem ter usado uns três tubos de sedativo a mais em você.

Maitê franziu o cenho. Por que precisaria de mais? Entendia que Jorge estava exagerando em relação ao número mas... Se ela havia tomado mais sedativo e dormido o tempo inteiro então Thomas que tomou menos acordou algumas vezes e deveria ter escutado mais coisas também... Ela mirou Thomas por cima do ombro por alguns segundos, quando tornou a olhar para frente percebeu que Minho a olhava confuso. Mas ele não chegou a perguntar nada então Maitê deu meia-volta e se posicionou perto dos Onze, outra vez.

𝑬𝑼 𝑬𝑺𝑷𝑬𝑹𝑶 𝑵𝑼𝑵𝑪𝑨 𝑻𝑬𝑹 𝑸𝑼𝑬 𝑪𝑹𝑬𝑺𝑪𝑬𝑹 / 𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora