CAPÍTULO 43

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- Separem-se! -- Ela gritou com todos os pulmões para todos e os que lhe ouviram obedeceram e os outros que não ouviram apenas os imitaram.

As criaturas estavam a uns sete metros de distância quando Minho gritou para que atacassem. Todos eles correram na direção das criaturas. Maitê escolheu a sua e precipitou-se para ela.

Sem se importar em trocar a parte afiada da lâmina para a parte achatada ela golpeou a cabeça da criatura, cortando três protuberâncias com o golpe, a luz alaranjada delas foi embora e mesmo não tendo uma boca, a criatura emitiu um ruído dolorido. Sem esperar muito ela chutou a barriga do monstro que caiu no chão, então ela golpeou mirando o peito, porém ao invés de atingir o coração a lança atingiu algo rígido, como metal que fez as mãos dela vibrarem. Apenas não se estendeu para os braços porquê ela deu um golpe firme.

A criatura aproveitou seu momento de confusão e cortou sua panturrilha profundamente. Maitê gritou de dor, mas ao mesmo tempo, sentiu seu corpo ser tomado pelo ódio, então golpeou uma das protuberâncias da barriga dele, desejando que o monstro também sentisse dor e quando ele berrou Maitê atingiu outras últimas três protuberâncias da cabeça antes que o monstro revidasse com um golpe usando as lâminas.

Maitê recuou e prendeu um dos braços dele com um pé, o atrito do braço da criatura com o chão estourou a protuberância do cotovelo. Ela continuou a estourar os calombos enquanto desviava dos golpes da mão livre dele que ia ficando cada vez mais fraco, mais lento e menos constante. A criatura parou de tentar bater as pernas e chutar ela para longe até que chegou um ponto em que ela mal conseguia mais se mexer.

Saiu de perto da criatura limpando o sangue da boca. Haviam cortes pelo seu rosto, braços e a barriga de sua camisa tinha rasgos com sangue. O joelho, barriga e coxa doloridos que em pouco tempo ganhariam hematomas, mas por um milagre ela estava de pé. E sentia tanta raiva que queria continuar a matar aquelas criaturas demoníacas.

Então ela viu Minho, que segurava um braço com a mão livre, a outra segurava um facão, golpeou a própria criatura que desviou, ficando de costas para Maitê. Ela correu até o monstro e tomando impulso deu um pulo para golpear a cabeça da criatura com a extremidade oposta da lança. A criatura tombou com a barriga no chão.

Pisou nas suas costas e atingiu as luzes com a lança, fazendo com que se apagassem, golpeando uma por uma, Minho a ajudou e furou seus braços e sua cabeça.

- É a fonte de energia deles. Atinja até que não se mecha mais! -- Ela gritou por cima dos ruídos doloridos dele.

Quando a criatura parou de grita Maitê ergueu a cabeça e viu Harriet cair no chão e o seu monstro correndo para alcançá-la. Pelo canto do olho ela viu o brilho de uma lâmina no chão quando um clarão iluminou o Deserto. Maitê pegou a faca e correu na direção do monstro de Harriet e antes que ele chegasse até a garota a faca foi atirada.

Como, ela não sabia, mas teve a imensa sorte de acertar uma grande protuberância no canto da cabeça do monstro que se apagou. O monstro se inclinou para trás, soltando um ruído, no mesmo momento, como se Zeus quisesse dar um efeito dramático àquela cena um raio caiu no chão. O clarão iluminou o terreno e o barulho machucou os seus ouvidos. A tempestade começara.

Maitê correu mais rápido, quando chegou perto o suficiente derrubou seu monstro no chão e começou a estourar as luzes. Harriet entendeu o recado. Quando ela foi golpear o monstro outro raio irrompeu pelos seus ouvidos, causando um clarão as suas costas. Uma onda as empurrou, mas elas duas não caíram, continuaram a golpear o monstro que ainda tinha forças para bater as pernas, e assim, chutou Maitê a derrubando no chão.

Quando ela de pôs de pé, sentiu o mundo girar, mas tentou resistir aquilo e olhou em volta. Outro raio caiu em cima de uma garota e um monstro ela também viu Newt com problemas, recuando do seu monstro. Deu três passos para trás enquanto o monstro investia com as lâminas das mãos, Newt mancava enquanto tentava se afastar da criatura. Até que ele pisou com o pé ruim e caiu, Maitê e Harriet foram ajudá-lo.

Harriet derrubou o monstro e Maitê ajudou Newt a se levantar então ele começou a atingir as luzes do monstro junto a Harriet.

Maitê recuou ofegante, sua cabeça doía e os barulhos de trovões e raios não facilitava nem um pouco. Ela tentou limpar o suor da testa com o pulso, ele escorregou pelo seu rosto e quando passou pela sua boca sentiu um gosto de sangue ao lamber os lábios, seu pulso estava ensanguentado e agora seu rosto também estava. Então ela reparou nos corpos, haviam vários deles, tanto humanos contra os de monstros. Um Clareano tinha o rosto cheio de sangue e seus olhos abertos vidrados, porém sem vida. Ela ouviu um grito feminino, depois um clarão de raio e um cheiro horrível de carne queimada.

Maitê esperava que aqueles raios servissem para fazer churrasco dos monstros também.

Então mais outro raio interrompeu pelos seus ouvidos, junto a um clarão. Tudo que ela sentiu foi seu corpo sendo jogado para o lado e quando o seu rosto atingiu a areia tudo ficou escuro.

𝑬𝑼 𝑬𝑺𝑷𝑬𝑹𝑶 𝑵𝑼𝑵𝑪𝑨 𝑻𝑬𝑹 𝑸𝑼𝑬 𝑪𝑹𝑬𝑺𝑪𝑬𝑹 / 𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora