13° - I'm sorry, Justin

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Justin Bieber — Pov.

Sabe a sensação de finalmente ter respostas que você buscou durante tanto tempo? Imagino que seja como finalizar um livro para um escritor. Ter a música que escreveu tocando em todas as rádios para um compositor ou cirurgia bem-sucedida para um médico. Mas porque a sensação parecia não ser o suficiente para mim? Como se eu descobrisse o que finalmente estava formado no quebra-cabeça e ainda assim, parecesse faltar peças.
É claro que eu estava aliviado, mas, algo dentro de mim insistia em não estar feliz por finalmente saber a verdade. E eu não sabia o quanto isso poderia mexer com a minha cabeça.
Eu tentei me sentir alheio à presença do marido de Maya.

Não é como se eu tivesse o direito de qualquer coisa, mas porque meu coração parecia não se convencer disso? Por que eu não gostava do modo possessivo que ele se referia a ela? Como se ela fosse um objeto pertencente unicamente a ele.

— Deixa eu ver se entendi. — Ryan segura a garrafa de cerveja na mão. — Quer dizer que a Maya disse para você que engravidou, mas perdeu o bebê, mas na verdade, ela achou que engravidou e o bebê que ela disse que perdeu nunca existiu? — me encara.

— Se você ir para o lado detalhado, é basicamente isso. — concordo tomando um gole da minha cerveja.

Depois da conversa com o marido de Maya, resolvi que eu precisava espairecer um pouco. Contei tudo a Ryan, detalhe por detalhe, porque além de meu melhor amigo, ele sabe o inferno que foi minha vida nos anos que se passaram.

— Cara, isso é uma merda! — nega se encostando na poltrona. Anna, sua mulher, levou as crianças para visitarem a avó, o que nos permitiu um tempo para conversar. — Já ouvi falar de pessoas assim, mas nunca imaginei que Maya fosse uma. — fala pensativo. — Quer dizer, pra mim ela é perfeitamente normal.

— O mais estranho é que eu concordo com você. — respondo. — Na hora, eu confesso que acabei acreditando em tudo o que ele disse. Mas é muito estranho...

— O que você acha estranho? — pega o controle para colocar a televisão no mudo.

— Se ela estava realmente com problemas de saúde. — digo. — Os médicos não seriam obrigados a chamar a família? Quer dizer, mesmo que ele fosse o noivo, ele não tinha poder legal sobre ela.

— Isso faz sentido. — Ryan faz uma careta. — Eu vou te falar a verdade, Justin , eu não conheço esse Marcus, mas não confio nem um pouco nele.

— Por que você diz isso? — questiono curioso.

— Você sabe, a fruta nunca cai muito longe do pé. — dá de ombros. — E ele é filho de um político, o talento deles é mentir.

Olho fixamente para minha garrafa de cerveja. Eu estava tão atormentado por uma resposta, que quando eu a consegui, não questionei sua veracidade. Apenas a aceitei e fui embora. Mas agora quase me arrependo disso. Minha mãe me ensinou a ser crítico em relação a tudo o que era dado. Não aceitar apenas por aceitar, mas saber a importância daquilo.
Me sinto envergonhado agora. Eu deveria ter me comportado melhor e não aceitar merda nenhuma que vinha com aquele cara.

— Por que você simplesmente não admite, Justin ? — Ryan me tira dos meus pensamentos. Meu olhar agora está nele.

— Admitir o quê? — pergunto confuso.

— Que você está mexido com tudo isso. — explica, engulo em seco.

— É claro que eu estou! Primeiro eu descubro que quase tive um filho, para depois descobrir que ele nunca existiu. Isso mexe com qualquer pessoa, hm?

— Não, cara! — nega bebericando sua cerveja. — Você não pode me enganar, Justin . Eu vi você amar aquela garota durante toda a sua vida, e agora você quer que eu acredite que está simplesmente tudo bem? Que você não está mexido com ela?

Cacos QuebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora