Maya LeBlanc — Pov.
Eu estou nervosa quando entro na casa de Justin o acompanhando. Não sei o motivo, mas parece que vou acordar desse sonho a qualquer minuto e ele terá evaporado. Estou ansiosa para conversar com Justin, porém, ao mesmo tempo, há coisas que eu apenas gostaria de adiar. Lembranças que nunca teriam ocorrido se eu tivesse escolhido apenas seguir o meu coração e acreditar no homem que eu amo.
Minhas mãos estão tremendo e acho que Justin acaba percebendo isso, ele sempre foi bom em me ler.— Você está bem? — pergunta jogando as chaves do carro sobre a mesa de centro. Ele me encara ansioso. — Não precisa ficar nervosa, Maya. Sou apenas eu!
— É exatamente por isso que estou nervosa. — murmuro. — É você! — Ele parece não entender o que digo, porque me olha confuso.
— Como assim? — questiona querendo saber.
— Estar com você me causa um frio na barriga. — dou de ombros tímida. — Sempre foi assim e parece que nada mudou. Você é o único capaz de trazer essas sensações.
Um sorriso largo se abre no rosto de Justin . Eu poderia olhar ele sorrir por horas seguidas, sem parar. Ele tinha o tipo de sorriso que fazia você sorrir junto, mesmo nos seus piores dias. Quem sorria desse jeito? Capaz de desmontar você inteira? Esse homem sempre foi tudo o que eu sonhei. Como eu consegui sobreviver todos esses anos longe dele? Parando para pensar agora, parece a coisa mais difícil do mundo. Justin era tudo o que mais importava para mim, eu nunca mais quero perdê-lo de novo, não queria sentir tudo outra vez, aquele sentimento horrível de dor.
— Eu acho que talvez isso se chama amor. — ele sorri se aproximando de mim e tomando meu rosto em suas mãos.
— Talvez? — arqueio minha sobrancelha em questionamento.
Ele apenas ri antes de juntar seus lábios aos meus. Eu aprofundo o beijo colocando minhas mãos por cima da sua. É insano como todos os sentimentos parecem nunca terem sido dissipados, muito pelo contrário, parecem cada vez mais forte, dominando cada parte minha.
— Nós precisamos conversar. — sussurra contra minha boca. Não quero soltá-lo, mas sei que realmente precisamos ter uma conversa, então me afasto. — Vem aqui! — me puxa para sentar ao seu lado no sofá. Justin passa um de seus braços ao meu redor e eu me aconchego em seu peito. Só consigo pensar em como senti falta de estar assim com ele.
Brinco com a barra da camiseta de Justin não querendo ser a primeira a falar, acho que ele percebe, como sempre percebia quando as coisas parecem vagar pela minha mente. — Eu sei que é difícil falar sobre isso. — começa pigarreando. — Mas nós precisamos resolver a situação. — fala.— Sim, eu sei. — concordo com ele. — É apenas doloroso. — sussurro. Doloroso voltar ao passado, quando não tinha nada de atraente nele nos últimos anos da minha vida.
— Você não precisa falar nada que não queira, Maya. — diz. — Eu jamais obrigaria você à isso.
— Eu sei, Justin . — sussurro emocionada. Isso era uma das coisas que eu mais amava nele. Justin não pressionava a fazer as coisas, ele me deixava fazê-las no tempo que eu julgava ser o certo. — Não sei nem por onde começar — suspiro. Justin faz carinho em meus cabelos me esperando continuar. — Quando eu conheci Marcus, ele era alguém diferente do que se tornou depois. — começo. — Eu estava fora de mim, acho que aceitaria fazer qualquer coisa na situação que eu estava. — digo. — Então, quando Marcus propôs o casamento, parecia um escape, entende? — digo baixinho, mas não espero sua resposta. — Uma maneira de tentar seguir minha vida sem constantemente sofrer. — nego quando me lembro de meus pensamentos. — Eu fui tão estúpida! Eu quis tanto que a dor fosse embora, que tudo o que eu fiz foi contribuir para que ela aumentasse. Sinto Justin beijar o topo da minha cabeça e isso é mais que um incentivo para que eu continue falando. — No começo, ele começou a querer que eu mudasse o jeito que me vestia, falava, agia. — fecho os olhos tentando não me deixar levar pelas lembranças. — Você se lembra dos meus sanduíches de atum? — questiono Justin . Eu sempre fazia esses sanduíches para Justin depois que ele treinava na escola.
— Eram os melhores do mundo. — fala como se estivesse se lembrando.
— Para Marcus, eram horríveis — sussurro me encostando mais em Justin . — Tudo o que eu fazia não era o suficiente para ele. Se eu tentasse preparar o jantar, ele sempre dava um jeito de dizer que não estava bom. Quando eu comprava roupas para tentar agradá-lo, ele insinuava que mulheres casadas não deveriam se vestir daquele jeito. — pisco os meus olhos tentando controlar as lágrimas. É tão doloroso voltar nisso, mas meu coração se derrete quando sinto Justin me apertar. — Nada que eu fazia era bom para ele, a pessoa que eu era não parecia boa o suficiente. Parecia que eu era apenas um fantoche enquanto ele comandava os fios.
— Você sempre foi boa o suficiente, Maya! — Justin retruca. — Céus! Você não tinha que mudar nada, nada! Maya, você deve ser amada pelo seu jeito, se alguém não pode lidar com a pessoa que você é, então o problema não é com você.
— Eu sei disso. — assinto. — Eu sei disso e o motivo é você. — digo. — Você me amava, não importava os defeitos que eu tinha, você os aceitava. Com você, eu sempre queria ser uma pessoa melhor, mas se eu não fosse, tudo bem, porque você me aceitava como eu era. Com ele, eu simplesmente não queria nada. — dou de ombros. — Ele não fazia borboletas rodopiarem no meu estômago ou meu coração acelerar, eu não desejava nada com ele. Acho que quando ele percebeu isso, tudo piorou. — sussurro.
— Maya... — a voz de Justin agora está séria. — Ele te machucou? — pergunta. — Eu não quero que você tente me poupar de nada, porque se ele te machucou Maya...
— Justin ! — chamo sua atenção. — Nada do que ele fizesse tinha mais efeito sobre mim. — revelo. — Eu não me importava mais com o que acontecia.
— Ele te machucou, Maya? — volta a perguntar.
— Algumas vezes. — admito fechando meus olhos.
Sinto Justin ficar rígido no mesmo instante e quase me arrependo de ter revelado. Mas ele tem razão, não podemos mais esconder nada um do outro, e se dependesse de mim, isso jamais voltaria a acontecer.— Continue. — é tudo o que posso ouvi-lo falar.
— Havia vezes em que ele ficava tão ciumento em relação a quem se aproximasse de mim, que ele me mantinha presa no quarto. — minha voz parece sair em um fiapo. — Às vezes ele concordava em me deixar sair no jardim por alguns minutos. — engulo em seco. Justin ainda está em silêncio e me parte o coração a ideia de que ele se sinta culpado, porque ele não era. Justin era diferente de Marcus de todas as maneiras e, graças a Deus, era para melhor. — Estava tudo bem, Justin . — sussurro tentando confortá-lo. — Eu aprendi a conviver com ele.
— Essa é a questão, Maya! — grunhe furioso. — Você não precisava ter lidado com ele, porra! A minha vontade é de quebrar todos os dentes que ele tem. Fazê-lo sangrar por ter machucado você!
— Não, Justin ! — exclamo nervosa. — Você precisa ficar longe de tudo que envolva ele. Eu prometo que vou dar um jeito nisso, mas por favor, mantenha-se afastado dele. — Eu não temia por Marcus, mas sim por Justin , porque o medo dele ser prejudicado era grande.
— Não me peça isso, Maya. — fala com dor. Eu levanto meu rosto para encará-lo e encontro uma expressão de tortura. Acaricio sua bochecha e deposito em seguida um beijo em seu pescoço.
— Eu não quero que você seja prejudicado, Justin . — digo chateada. — Você tem uma filha agora, seria horrível se algo acontecesse com você. — tremo apenas em imaginar essa hipótese.
— Ele vai te deixar em paz, Maya! — Justin afirma. — E se ele não fizer isso por bem, eu sinto muito, mas será por mal.
— Justin ...
— Eu não vou encostar em um fio de cabelo dele, Maya. — Justin me assegura. — Não será preciso. — fala pensativo.
Isso começa a me preocupar. O que estava se passando pela cabeça dele?
— Do que está falando, Justin ? — pergunto nervosa.
NOTAS FINAIS
Eu realmente já estou nos nervos por saber oque vai acontecer, meu Deus a ansiedade é nítida.
Espero que vocês estejam gostando tanto quanto eu, mesmo não sendo fanfic criminal essa é uma das melhores fanfics do Justin, na minha opinião!!
Deixa aqui seu comentário oque vocês estão achando.
E como sempre até amanha!
Demorou um pouco hoje porque foi um dia corrido.
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Cacos Quebrados
Fiksi Penggemar"Quando tínhamos oito anos, você prometeu que no momento certo, se casaria comigo. Aos treze anos, demos o nosso primeiro beijo, e foi a melhor sensação do mundo. Com dezesseis anos, eu disse que te amava, e você respondeu que me amava também. Fomos...