19° - Taking maya

155 4 0
                                    

Justin Bieber — Pov.

— Eu não acredito que essa coisinha linda tem DNA do Justin. — Ryan falava com uma voz fina enquanto segura Jully. Reviro meus olhos para a sua piada e vejo Jully choramingar.

— Você irritou minha filha! — acuso tirando-a do colo dele e a ajeitando no meu. Nicolly apenas assiste com um sorriso nos lábios enquanto termina de arrumar seus pertences. Ela e Jully serão liberadas hoje e mal posso conter minha empolgação.

— Você sabe que Cole e Jully tem um ano e meio de diferença, certo? — se refere ao seu filho caçula.
Uma carranca se forma em meu rosto imaginando onde Ryan quer chegar com isso.

— E o que importa isso? — pergunto mantendo a tranquilidade enquanto Jully agarra o meu dedo.

— Que sua filha provavelmente se apaixonará pelo meu menino. — sorri orgulhoso. Meus olhos deixam Jully por um instante e encaro Ryan com um olhar sério.

Ele estava louco se achava que seu filho seduziria a minha garotinha.

— Pode esquecer! — falo firme. — Mantenha seu filho longe da minha menina, Ryan! — esbravejo. Ryan gargalha e é acompanhado por Nicolly. Meu olhar retorna para Jully que boceja.

Eu estava em perfeita harmonia com o mundo. Parecia que cada detalhe parecia se encaixar em seu lugar, como se cada gaveta estivesse organizada quando se abrisse. O dia anterior havia sido um dos melhores em muito tempo. Nada se comparava ao fato de ter Maya junto a mim. Tê-la parecia o suficiente, como se fosse o combustível que eu precisava para enfrentar qualquer coisa.
Me doeu ter que deixá-la essa manhã, mas eu sabia que isso não seria por muito tempo, eu resolveria toda a situação.

— Você trouxe a cadeirinha, Justin? — Nicolly questiona quando termina de arrumar a sua mala e de Jully. — Não podemos sair com ela sem uma cadeirinha.

— Eu trouxe! — assinto, passando Jully para o seu colo e pegando as malas cada uma em uma mão.

Ryan desapareceu antes mesmo que eu pedisse ajuda com as malas. Esperto! Nicolly segura Jully em seus braços quando saímos do quarto e vamos em direção ao corredor. Estou empolgado para aprender a cada dia mais sobre Jully, mas confesso que um medo de apodera de mim. Por mais que eu tenha lido vários livros sobre bebês, sinto que eu posso cometer um deslize a qualquer minuto.
Depois que demos baixa na recepção, uma voz grita quando estamos prestes a passar pela saída.

— Nicolly! — me viro no mesmo instante que ela, observando o médico que a atendeu se aproximar.
Ele carrega um sorriso no rosto ao olhá-la e minha sobrancelha se ergue no mesmo instante. Quando volto meu olhar para Nicolly, vejo sua pele atingir um tom rosado. Imediatamente sei que algo está acontecendo, apenas não sei exatamente o quê.

— Olá, Louis. — murmura. — Quer dizer... — pigarreia. — Doutor Dan!

— Sem formalidades. — ele revira os olhos todo sorridente para ela. — Você recebeu alta, não precisa mais me chamar de doutor. — dá de ombros. — Apenas Louis está bom.

Nicolly se remexe ajeitando Jully em seu colo parecendo nervosa. Meu olhar fica entre ela e o médico quando finalmente resolvo me pronunciar.

— Então. — atraio a atenção de ambos, mas encaro ele. — Algum problema? Está tudo bem com elas? — pergunto curioso.

— De forma alguma, as duas parecem ótimas. — sorri. Ele encara Nicolly por alguns segundos fixos antes de continuar. — Você já tem minha resposta? — cruza os braços.

No mesmo instante entendo o que está acontecendo. Ele está flertando com Nicolly e ela parece boba com a situação. Se eu fosse qualquer outra pessoa, eu ficaria irritado por ver minha futura ex-mulher com outro homem, mas eu não era. Essa era Nicolly, a mulher que abria mão de tudo se fosse preciso pela felicidade dos outros, a mulher de coração mais puro que eu já conheci. Se existia alguém que merecia a felicidade, sem dúvidas era ela.

Cacos QuebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora