08, histórias (crepúsculo)

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Ela me conduziu para um quarto, que ela disse ser o escritório de Carlisle. Ela parou no exterior da porta por um instante.

-Entrem. - A voz de Carlisle convidou.

Alice abriu a porta para um grande quarto, alto na parte das janelas. As paredes, as portas... Eram de uma madeira escura, onde nelas eram visíveis. Na parte de cima das paredes tinha muitos livros.

Carlisle sentou-se atrás de uma enorme mesa de mogno, numa cadeira de couro. Ele estava colocando um marcador de livro, numa pagina de um grosso volume que tinha em suas mãos.

O quarto era como eu sempre imaginei para um pequeno colégio. Carlisle tinha aparência muito jovem para se adaptar a região.

-O que eu posso fazer por vocês? - Ele nos perguntou agradavelmente, sobre o seu acento.

-Eu queria mostrar a Bella a nossa história. – Alice disse. - Bem, sua historia na realidade...

-Nós não pensamos que isso iria perturbar você. – Eu me desculpei, já ansiosa por medo de estar atrapalhando.

-Nenhum problema com isso. – Ele sorriu de forma tão gentil que quase me derreti. - Quando você quer começar?

-Do carro. – Alice respondeu, colocando sua mão levemente sobre o meu ombro, o que me fez olhar na direção da porta, quando nos estávamos entrando.

A parede que vimos agora, era diferente das outras, no lugar de livros, ela estava cheia de pinturas, de todos os tamanhos, algumas com cores vibrantes outras escuras. Eu procurei alguma lógica, algum motivo para o que essas coleções tinham em comum, mas eu não encontrei nada no meu rápido exame.

-Essas pinturas são de Jasper e Edward. Algumas são de Carlisle – Alice disse, piscando para mim. Agora entendia porque ela achava que iriamos nos dar tão bem.

Alice me puxou para a direção oposta, eu estava de pé, de frente pra um pequeno quadro pintado óleo, com a borda feita de uma madeira plana, ele não estava fora do grande centro e brilhava. Estava pintado em vários tons, ele descrevia a miniatura de uma cheia cidade, com um abismo oculto no telhado de uma casa, com espirais no topo, com algumas torres com espelhos, com um longo rio enchendo o fundo com uma ponte o atravessando e pequenas catedrais.

-Londres nos anos cinquenta. – Alice disse.

-A Londres da minha juventude. - Carlisle acrescentou, alguns pés atrás de nós.

Eu recuei, não tinha escutado ele chegar. Alice apertou minha mão.

-Você quer contar a história? – Alice perguntou. Eu me retorci ao ver a reação de Carlisle.

Ele sorriu.

-Eu gostaria - Ele replicou - Mas eu estou atrasado. O hospital acabou de me notificar alguma emergência, e, além disso, você sabe essas histórias melhor do que eu. - Ele adicionou sorrindo para Alice agora.

Depois disso ele me deu um sorriso caloroso, depois nos deixou na sala, olhando de forma cúmplice para Alice. Após ele sair não me limitei em perguntar:

-O que foi isso?

Ela riu.

-Agora você é uma ótima observadora, hum? – Ela me puxou para si, beijando minha bochecha. – Há alguns dias, vi uns visitantes se aproximando. Eles sabem que estamos aqui, e estão curiosos para saber o que 'tá acontecendo.

Tremi novamente. Ok, além da família agora tinha uma trupe de vampiros querendo me jantar.

-Eles não são como nós nos seus hábitos alimentares, eu mato pessoas às vezes, e eles estão frequentemente fazendo isso... – Ela fez uma careta. – Eles provavelmente nem vão aparecer na cidade, mas eu certamente não vou tirar os olhos de você de jeito nenhum, até que eles tenham ido embora.

crepúsculo (bellice)Onde histórias criam vida. Descubra agora