Soojin havia dormido extremamente bem e continuava com um humor ótimo. Normalmente escondia sua carranca mal-humorada por baixo de um sorriso e ele so sumia quando encontrava com Shuhua ou a via distraída nas aulas.Tinha sido acordada quase às sete horas da manhã por uma ajudante. A mulher entrou em seu dormitório como um furacão, falava tantas coisas que Soojin ao menos conseguia acompanhar por conta da velocidade e por estar ainda sonolenta. No final descobriu que aquele desespero todo, era por conta que alguns familiares dos Nishimura e Nam decidiram passar pelo reformatório quando estavam a caminho de um evento chique.
Mesmo sabendo disso, Soojin não se abalou. Andava pelos corredores com um sorriso adorável no rosto, ao menos se importava que teria que passar horas ao lado de Riki, ou que provavelmente teria que fingir estar confortável em meio aquelas pessoas que conheciam apenas superficialmente.
Soltou um suspiro abobalhado e um sorriso repleto de paixão nasceu em seus lábios. Apertava de modo sutil o papel com o pequeno bilhete que a morena de olhos lindos tinha deixado sobre sua mesa ao lado da cama.
" Às vezes com alguém que amo, me encho de fúria, pelo medo de extravasar amor sem retorno. — Walt Whitman.
Assim como Whitman, também tive muito medo de amar ardentemente alguém e não obter o mesmo retorno ou nenhum, porém com você, sinto que posso me entregar de corpo e alma que você irá fazer o mesmo."
Shuhua era incrível, extraordinária, simplesmente magnífica. Não tinha palavras suficiente que pudesse descrever tudo que aquela mulher é. Sempre conseguia dar um jeito de impressioná-la e fazer com que Soojin se afundasse mais naquele amor tão puro.
— Quem diria, a filha dos Seo tão apaixonada. — Ouviu uma voz atrás de si. Sentiu no mesmo instante seu corpo congelar, e dobrou o papel o colocando no bolso do vestido do uniforme.
— O que disse? — Perguntou com um sorriso nervoso nos lábios, se virando para ver quem havia falado aquilo.
— Andei percebendo algumas mudanças suas. — Sorriu de lado, negando com a cabeça e se aproximando da menina. — Sempre muito aérea, sorridente e as vezes fica dando risada sozinha ou suas bochechas começam a corar do nada. — Engoliu em seco a medida que ouvi as coisas saindo lentamente dos lábios da Ajudante Rosé. Céus, estava tão na cara?
— Acho que você está vendo coisas onde não há.
— Deixa de besteira! — Riu e a puxou pelo braço, andando agora lado a lado. — Não precisa mentir para mim! Riki com certeza é um homem incrível para fisgar seu coração desta maneira. — Aquela tensão que havia consumido todo o seu corpo, foi esvaziando aos poucos ao ouvir o nome do rapaz. Por um segundo, acho que mais alguém tinha descoberto do seu caso com Shuhua.
— Com certeza.. — Murmurou, desviando o olhar dos rosto alegre de Rosé para focar na janela.
O dia estava muito lindo, era possível ver a sol brilhando entre as nuvens, o vento suave balançando os galhos e flores.
Ajeitando sua postura para ficar um pouco mais alta, se inclinou a medida em que ainda caminhavam para ver se encontrava Shuhua andando pelo jardim, o que infelizmente não aconteceu. Encontrou somente Minnie e Miyeon próxima a uma árvore. As duas estavam de frente uma com a outra, sérias e pareciam estar conversando sobre algo.
Com aquela visão, se lembrou da pequena briga que teve com a mais velha no dia anterior. Sabia que talvez tivesse sido muito dura, jogou as palavras com tanta força em seu rosto que só percebeu quando a mulher já tinha partido para fora do quarto. Mas, de certa forma, não mentiu em nada do que disse.
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Love In 1850
FanfictionEm 1850 mulheres denominadas rebeldes e mal educadas pela sociedade são obrigadas e irem para um reformatório de reeducação, onde terão que passar por cinco logos anos para aprender a serem Damas dignas de conseguir um futuro prospero com seus marid...