11.

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    Com a mão sobre os lábios, encarava o lado de fora da casa totalmente perdida em seus pensamentos. Sua perna tremia de forma ritmada, assim como sua outra mão que estava sobre a mesa.

  Milhares de pensamentos vinha sem parar, a cada segundo era um novo, um julgando a si mesma, outro a condenando ter beijado uma mulher e os outros diversos eram totalmente relacionado a como gostaria de beija-lá de novo.

     Só de lembrar da maneira que Soojin segurava seu rosto; de como os lábios cheinhos da garota se encaixavam nos seus, do gosto suave deles a fazia suspirar e se condenar mais ainda por pensar esse tipo de coisa.

   Após a Senhora Lee abrir com tudo a porta do seu quarto, Soojin teve que ir às pressas ajudar a mulher que estava quase tendo um infarto de tão estressada que havia ficado. A mulher mal respirava, se rosto vermelho mostrava a irritação e indignação de terem pegado sete pedaços de sua torta e ela não ter percebido.

   Enquanto isso Shuhua entrava em um colapso consigo mesma, vendo a garota de franjinha segurando cuidadosamente a mão da Senhora Lee e abaná-la, pedindo para a mulher se acalmar. Só seu deu conta do que estava acontecendo a sua volta, quando Soojin pediu para que chamasse uma das Ajudantes.

   Então, desde aquele fatídico momento não havia visto e nem falado com Seo, e não fazia ideia se isso era bom ou ruim.

"Céus, o que eu fiz?" Pensou ao mesmo tempo que sentia um enorme desconforto no peito. Se perguntava se Soojin já havia falado sobre isso com alguém.

Ela não faria isso, certo?

  Caso acontecesse não poderia imaginar o caos que seria. Além da expulsão do internato, teria que lidar com sua família, pessoas próximas e até mesmo com os desconhecido a julgando. A fofoca naquele lugar corria solta, era muito simples e pratico ficar sabendo de tudo, bastava comentar isso com alguém que no outro dia a cidade já sabia.

Céus, é tão errado eu ter gostado do seu beijo? Ou pior, de sentir essas borboletas no estômago, o nervosismo apenas por estar em sua presença?

Eram esse tipos de pensamentos que rondavam a pobre mente de Shuhua.

— Se continuar pensando desta forma daqui a pouco seu cérebro ira derreter. — Se assustou com a voz grave atras de si. — Ainda lembra-se de mim? — Riu suavemente dando uma bela mordida em sua maçã verde. Agora Shuhua conseguia ver o rapaz com mais clareza, e nunca iria admitir isso em voz alta, mas o garoto era de tirar o fôlego.

  Seus cabelos perfeitamente alinhados, a barba feita e um sorriso encantador, com certeza seria o par perfeito se sua mãe o visse.

— Você de novo? — Sussurrou revirando os olhos e voltando a observar o lado de fora.

— Gosta de olhar o céu? — Se aproximou, dando outra mordida em sua maçã. — Eu também gosto, é encantador olhar ele e saber que há tantas coisas para descobrirmos ainda. — Deu uma risada colocando a maçã sobre a mesa e se sentado ao lado de Shuhua. — Você parece mal humorada.

— Eu estou ótimo, Marquês Jinyoung. E mesmo se não estivesse, isso com certeza não é da sua conta.

— Na verdade meu nome é Jihoon, acho que você deve ter se confundido.. de novo.. — Inspirou fundo e sorriu largamente. — Você não acha interessante? Saber sobre o que tem lá fora?

— Céus como você fala! — Revirou seus olhos e empurrou a cadeira bruscamente, saindo andando pelo corredor.

— Ei! Espere! — Correu de forma desajeitada atras da morena que tinha os punhos cerrados, quem visse de longe poderia jurar que Shuhua a qualquer momento iria se virar e dar um soco no rapaz.

Love In 1850Onde histórias criam vida. Descubra agora