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-- Hora da fisioterapia, menina Elly. -- o médico chega no quarto.

-- Ok. -- respondo e o mesmo me leva para a fisioterapia.

(...)

-- Quanto tempo vou ter que fazer isso? -- pergunto depois de beber um pouco de água.

-- Durante mais ou menos um mês. -- arregalo os olhos.

A médica me entrega umas moletas mas ou tentar andar caio por conta do braço partido.

-- Não dá. -- choramingo e ela sai da sala por uns instantes, logo voltando.

Me sento na cadeira de rodas e a senhora me leva para o quarto.

-- Oii. -- Vinnie sorri e retribuo.

-- Oi. -- me sento na cama.

-- Eu trouxe umas coisas para você. -- me entrega uma sacola. -- Eu levei as chaves da casa e busquei algo para você...

-- Obrigada... -- sorrio.

Abro a sacola e lá tinha um fidget toy que eu amo, aquelas bolinhas de stress, tinha meu ipad, meu diário e uma caixinha retangular e outra quadrada.

-- Onde você encontrou meu diário? -- pergunto curiosa e ele coça a nuca. -- Vinnie?

-- Eu espreitava você guardando, só isso. -- coloca as mãos no ar se rendendo.

-- Tá. Oque é isso? -- pergunto pegando nas caixinhas.

-- Abre né. -- faz cara debochada e abro sem pressa.

-- Vinnie... -- pego no colar de ouro extremamente lindo. -- Eu não posso aceitar...

-- Aceita por favor. Por mim. -- olho em seus olhos.

-- Isso deve ser muito caro.

-- Não se preocupe com o preço! Só aceite por favor. -- sorrio e abro meus braços para ele me abraçar e assim ele faz.

-- Muito obrigada!

-- Abre a outra caixa. -- sorri e se senta novamente.

rasgo o papel e uma caixa de iPhone se revela.

-- Vincent. -- arregalo os olhos. -- Não!

-- Elly por favor.

-- Eu não posso aceitar! -- lhe dou a caixa cruzando os braços.

-- Pelo amor de Deus, Ellyson. -- arregala os olhos e ele faz o mesmo.

-- Nunca mais me chama isso. -- engulo seco.

Ellyson é meu nome verdadeiro. Quando eu era pequena meu pai me chamava assim, ninguém gostava de meu nome, daí o nome Elly. Normalmente meu pai me chamavam isso quando se chateava comigo ou quando abusava de mim... Por isso tenho más recordações de esse nome, eu odeio ele!

Eu não sei como Vinnie sabe esse nome.

-- Me desculpa... -- ele encara suas mãos.

-- Como você sabe? -- fecho os olhos para segurar as lágrimas.

Eu esses dias tô chorando muito.

-- Sua mãe me contou... -- suspiro. -- me desculpa mesmo! Eu não devia ter te chamado assim.

-- Não Vinnie, você não devia ter me chamado assim. -- lhe entrego os presentes.

-- Por favor Elly me perdoa... -- seus olhos ficam marejados e suspiro.

O clima estava horrível e só se ouvia nossas respirações.

-- Nunca mais me chama isso. -- ele assinte concordando e me abraça.

-- Mas por favor aceita isso. -- faz cara de tédio e rio.

(...)

-- Tô com fome. -- resmungo.

-- Que novidade né. -- Anna revira os olhos e a encaro indignada.

-- Me traz comida por favor? -- faço beicinho com olhos de cachorro abandonado.

-- Ah não, El. -- bufa. -- Tá.

Sorrio e ela ri.

Um tempo depois ela chega ee dá um chocolate e doritos.

-- Nossa como eu te amo! -- mando um beijo no ar para ela.

-- Olha eu vou ter que ir tá. -- ela diz e a encaro triste. -- As aulas estão quase começando, tenho que preparar já algumas coisas né, o material, passagem e isso tudo. E também quero ir um pouco mais cedo para conhecer a cidade.

-- Já tinha esquecido que você ia para Londres... -- ela me abraça.

-- Vai passar rápido e além disso eu volto nas férias e isso.

-- Eu sei...

-- E olha, você foi aceita em Hardvard?

-- Não... -- olho para minhas mãos. -- Mas fui aceita em Yale.

-- Parabéns!! -- me abraça. -- Só vai ser pena ter que começar as aulas assim.

-- Pois... -- faço cara de tédio e rimos.

Continua...

𝖑𝖎𝖙𝖙𝖑𝖊 𝖇𝖎𝖙𝖈𝖍Onde histórias criam vida. Descubra agora