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Quando finalmente chego no prédio, subo o elevador, vou até a porta de casa e procuro as chaves de casa em meus bolsos.

-- Ah não, não, não... -- arregalo os olhos ao não sentir as chaves e retiro tudo em que estava em meus bolsos.

Chaves do carro, Marijuana, carteira, celular e nada de chaves. Coloco tudo novamente e minha visão fica turva novamente, meu corpo fica fraco, me fazendo sentar no chão.

-- Que porra aquela Marijuana tinha? -- sussurro e em seguida apago.

(...)

-- Acorda desgraça. -- alguém grita enquanto me sacode e abro os olhos assustada.

-- Que susto garota! -- digo ainda me recuperando e reparo que estava sentada no chão encostada na parede do lado esquerdo do corredor, do lado da porta da entrada de casa.

Credo que confuso.

-- Como você veio aqui parar? -- Anna pergunta me ajudando a levantar do chão.

-- Eu saí ontem de madrugada. -- respondo entrando em casa juntamente com ela.

-- Para fazer o quê? -- ela pergunta e engulo seco.

-- Ah, eu fui dar uma volta, precisava de sair um pouco. -- encolho os ombros e coloco rapidamente o saco com a marijuana dentro de minhas calças. -- Olha eu vou tomar um duche tá.

-- Tá bom. -- Anna sorri.

Caminho até o meu quarto e vejo Vinnie sentado na cama mexendo no celular.
Me aproximo dele e espero ele olhar para mim, mas Vinnie não tira o olhar do celular.

-- Oi? -- cruzo os braços indignada e ele se levanta, não olha para mim, e vai embora. -- Foda-se? Que criançinha.

Eita será que eu fiz algo na festa? Eu não lembro de praticamente nada! Só lembro de fazer trisal com Vinnie e uma morena, de beber e ver Pietro. Espera, o Pietro?!

Ele desaparece e volta assim do nada? Eu nem sei se a gente conversou, mas espero que não, eu jamais me perdoaria por ter gastado minhas saliva falando com ele.

Deixo meus pensamentos de lado e vou tomar o duche como tinha dito.
Tiro minhas roupas e escondo o saco na minha caixinha no armário. Quando volto novamente para o banheiro me assusto com o reflexo no espelho do meu corpo.

-- Meu deus. -- falo pausadamente desacreditada. Eu estava cheia de chupões e marcas de dentes, já para não falar que eu estava toda dolorida.

O que será que eu fiz ontem? Será que tem algo a ver com a reação de hoje do Vinnie? Tô fodida e hoje é meu aniversário.

Isso martelava em minha cabeça. Aliás, tudo martelava em minha mente, o sequestro, a Helen, a peruca loira, o facto de eu ter roubado um traficante, agora a festa...

Suspiro lentamente acabando de despir  minhas roupas e quando estava só de calcinha e sutiã, uma visão de eu disparando aquela arma e acertando em Helen passa pela minha mente.

Quando reparo, lágrimas já rolovam soltas pelo meu rosto e minhas mãos tremiam freneticamente. Me sento no chão na tentativa de me acalmar e coloco minhas mãos no meu peito.

Eu matei a porra de uma pessoa. E se me descobrirem e eu não arranjar um bom advogado? Minha vida ficará destruída, mais do que já está!

Meu peito subia e descia tentando ganhar ar mas parecia impossível. Minhas unhas cravam em minhas mãos me fazendo chorar mais.

Eu não queria que ninguém ouvisse, ninguém precisa de saber.

-- Elly? -- ouço Kio e ele bate na porta. -- Posso?

-- Sim... -- falo com a voz marejada.

-- El... -- ele vem até mim e se senta de frente, segurando em minhas mãos. -- Olha para mim.

Olho para ele lentamente.

-- Olha vamos contar os dois até dez devagarinho, tá? -- assuinto e ele então começa a contar. -- 1...

-- 2... -- tento acompanhar ele.

Ao fim de contarmos tudo minha respiração já estava controlada.

-- Kio, o que eu fiz ontem na festa? -- pergunto.

-- Você... quer mesmo saber? -- ele faz uma careta e assinto. -- Então, você subiu no bar e começou a dançar rebolando e tal, depois tirou sua roupa e derrubou bebida em você, depois deixou todo mundo lamber seu corpo... e Vinnie viu e ficou com ciúmes.

-- Puta que pariu! -- coloco a mão na testa. -- A gente também não tá junto né, eu acho.

-- Eu de certeza que não sei. - ele encolhe os ombros.

-- Bem, eu vou tomar banho... -- digo e ele assente, se levantando e saindo.

Me levanto e tiro o resto de minha roupa e entro no box, ligo a torneira e a água gelada entra em choque com minha pele fazendo um arrepio descer por minha espinha.

(...)

Eu já tinha vestido minha roupa e agora estava acabando de arrumar meus cabelos meus cabelos.

A roupa:

Eu tinha que começar a fazer as malas porque em 2 dias eu vou para a Universidade de Harvard em Cambridge

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Eu tinha que começar a fazer as malas porque em 2 dias eu vou para a Universidade de Harvard em Cambridge.

Meu sonho é ir para Harvard, e agora que o momento finalmente chegou parece que não estou muito feliz.

Deixo os pensamentos de lado e saio do quarto. Eu estava ouvindo muita movimentação por isso me apresso para chegar na sala.

-- Meu deus. -- sorrio e todo mundo se vira para mim e arregalam os olhos.

-- KIO EU FALEI PARA VOCÊ TRANCAR A PORTA! -- Anna começa a correr atrás do garoto e ele foge dela. -- Agora a surpresa ficou arruinada! -- ela choraminga.

A sala estava decorada com balões, tinha um cartaz escrito "Parabéns Elly, te amamos muito!", tinha fotos da gente, o chão tinha pétalas, e muito mais.

-- Isso tá incrível. - faço beicinho.

-- Parabéns. -- Eles dizem todos me abraçam.

-- Obrigada. -- sorrio. --Hum, cadê o Vinnie?

-- Ele saiu, mas falou que já voltava. -- Jordan diz e assinto.

Entro completamente na sala e fico analisando cada detalhe sorrindo.

-- Minha bebê está crescendo. -- Kio coloca seu braço sobre meu ombro.

-- Pelo o amor de Deus, Kio. -- rio.

Continua...




𝖑𝖎𝖙𝖙𝖑𝖊 𝖇𝖎𝖙𝖈𝖍Onde histórias criam vida. Descubra agora