Finalmente recebi alta!
Eu estava tão anciosa para finalmente sair daquele inferno.
-- Pronto menina Elly. -- o médico diz depois de eu acabar de assinar uns quantos papéis. -- Já se pode ver livre desse lugar.
-- Obrigada, doutor. -- sorrio. -- Tchauzinho.
-- Tchau! Volte sempre.
-- Espero que não. -- falo para mim saio do hospital.
Eu tava usando uma só moleta, no braço não partido né, e era bem cansativo, só estava usando a 5 minutos e já estava cansada.
Ouço uma buzina e olho para a frente e vejo Vinnie.
Um sorriso se abre em meus lábios e caminho até ele e quase tropeço inúmeras vezes até que Vinnie se faz de cavalheiro e me ajuda a entrar no carro.
-- Tava dando agonia ver você demorando tanto tempo. -- diz e o olho revoltada.
-- Você ficou parado me olhando e nem ajudou, Hacker. -- fecho a porta na cara dele e tento cruzar os braços e grito um "Au".
-- Eu fico louco quando você me chama Hacker. -- ele entra no carro e morde o lábio inferior. -- Para onde a Madame desejar ir? -- faz uma voz formal e rio.
-- Para casa... -- suspiro.
Era impossível ir num carro com Vinnie sem ficar enjoada. Sério, ele vai numa velocidade alta depois abranda, sempre assim, depois faz as curvas super rápido me dando náuseas e ainda ri de mim.
Quando chegamos em casa Vinnie estaciona o carro e me ajuda a sair.
-- Muito obrigada. -- sorrio e ele faz um olhar orgulhoso.
O porteiro abre o portão para a gente e logo entramos.
O elevador demorou um século para abrir e ainda tivemos de esperar dois idosos sairem de lá, oque demorou 1 ano.-- Porra, demoraram para caralho. -- reclamo e ele ri.
-- Você não foi muito diferente para entrar. -- ele ri e sorrio sarcástica, em seguida lhe mostrando o meu magnífico, mágico, necessário, dedo do meio.
E o elevador demorou mais um eternidade para subir até o 2° andar.
Quando o elevador abriu estive quase para gritar um aleluia mas achei que seria escusado.
-- Caralho. -- Vinnie me pega no colo com cuidado para não machucar e me levou até dentro de casa.
-- Merda Vinnie, tu demora a porra de 1 ano para abrir uma porta. -- falo impaciente.
-- Hoje tá raivosa né. -- diz. -- Já tomou a vacina da raiva?
-- Vai te foder. -- cruzo os braços. -- Sou um cachorro não.
-- Com certeza não, você é minha cadela. -- lhe dou um tapa no braço e ele ri.
Entramos em casa e me admirei ao ver o local.
Estava brilhando, não havia mais vidros partidos nem as coisas que atirei.Ele me colocou no chão delicadamente e entrei completamente.
Pego em minha moleta e exploro o lugar como se fosse a primeira vez que o via.
-- Você fez isso tudo? -- olho para Vinnie com os olhos brilhando.
-- Acha? Eu contratei uma empregada.
-- Nossa, eu realmente achei que você faria algo fofo por mim.
Entro no quarto de Dylan e abro um leve sorriso.
-- O que a gente vai fazer com as coisinhas dele?
-- Eu não sei, vender? -- Vinnie responde e olho para baixo.
-- Não. -- falo firme. -- Se a gente tiver outra criança podemos aproveitar né...
-- Então estamos juntos? -- ele sorri esperançoso.
-- Eu não disse isso, Vincent.
-- "Se a gente tiver outra criança..." isso meio que soou que sim, né Ellyzinha.
-- Ellyzinha? -- o olhei debochada.
-- Prefere putinha? -- lhe dou um tapa no rosto e ele geme com a dor. -- Brincadeira, linda.
-- Não fala mais comigo. -- tentei sair correndo mas tropeço porque sou burra ao ponto de esquecer que estava com perna e braço partido.
-- Oh santo Deus. -- Vinnie me ajuda a levantar. -- Nem um obrigada?
-- Você não merece. -- Drama Queen.
Volto à postura normal e saio do quarto.
Vou para meu quarto e me jogo na cama.
-- FODA-SE! -- grito com a dor e Vinnie rapidamente aparece no quarto.
-- CARALHO MULHER TU TEM DEMÊNCIA?!
-- EU ESQUEÇI, DENOVO.
-- VOCÊ PRECISA DE MEMOFANTE, PERA AÍ QUE EU VOU COMPRAR. -- começo a rir que nem uma hiena e quando olho para porta não vejo mais Vinnie.
-- Ele foi mesmo comprar, meu deus. -- pego em meu novo celular e ligo para Vinnie mas ele não atende. -- Pelo amor de Deus -- rio.
Continua...