Sai do escritório e fui á sua procura, encontrei ela deitada na grama do jardim em meio algumas flores, nunca gostei de cores tão extravagantes, confesso que pensei em mandar tirar o jardim, mas algumas vezes pude ver josephine observando com tanto carinho o mesmo, que desisti do plano.
Não sei ao certo o porque, mas caminhei lentamente até ela e deitei ao seu lado, ela abriu os olhos marejados e me observou em silêncio virando apenas o seu belo rosto pálido para me olhar.
Passei a mão em seus cabelos e não esperei que ela falasse nada. Apenas beijei sua testa, em seguida sua bochecha, e ia caminhando em direção a sua boca quando ela me parou com sua mão trêmula, devido o esforço que fez para erguer a mesma.
- Qual é o veredito? - Ela perguntou de forma delicada.
- Porque me pergunta isso? - Indaguei olhando em seus olhos escuros.
- O contrato se vence por esses dias, no sábado mais precisamente, além do mais agora tem um herdeiro, não precisa mais de mim!
Enquanto falava ela pegou em suas mãos um pendrive..
- Aí está tudo que precisa, para governar a máfia mexicana, todos os negócios dos Ressel agora estão em suas mãos, eu não abri mas sei que tem tudo de errado que meu Pai fez a vocês. Qual é meu veredito Senhor, onde irão me jogar agora? - Perguntou decidida.
Engoli em seco, mas precisava reagir e acalmar seu coração. Tenho um plano em mente.
- Você só sai daqui quando eu deixar, e isso só vai acontecer se nós morrermos. - Falei em um tom de voz pouco alterado.
Seus olhos fixaram nos meus e ela então se permitiu chorar por alguns minutos, como uma criança indefesa e sozinha, mas ela não estava sozinha, eu estava aqui por ela, jamais permitiria que meu pai tirasse meu anjo.
- Vamos entrar já está a tempo de mais aqui, está esfriando, e você precisa descansar. - Disse em tom calmo, tentando não parecer autoritário.
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A semana parecia minha inimiga, correu como meus inimigos quando estou a sua procura, eu busquei estar próximo dela e observando todas as suas necessidades, de um jeito mas agradável possível, embora não seja algo que me agrade, se eu for um ogro jamais a convenceria para completar o plano que preciso.
Essa era a sexta-feira menos esperada por mim em anos, mas segui adiante com o plano, pedi a josephine que dormisse no seu antigo quarto, nós estávamos dormindo no mesmo desde que chegou do hospital, queria poder ajudar em tudo que ela precisasse, mas hoje não poderiam haver falhas meu Pai viria pela manhã, e sabia como seria exatamente, já era madrugada quando Sophia chegou na mansão, escondida foi mandada para meu quarto, Sophia era muito parecida com josephine, os cabelos o corpo, mas não me atraia como ela.
Nenhuma mulher tinha esse poder depois que ela entrou em minha mente e controlou tudo por lá, mas era necessário, Sophia era filha de um dos soldados que havia na Família, a pobre se apaixonou e tentou fugir, para viver uma vida normal, em outro tempo eu mesmo a mataria, mas depois de conhecer esse tal sentimento eu já não posso mais viver negando que ele realmente existe e é avassalador.
Fiz uma proposta á mesma, por ser virgem poderia me servir, então dei a ela a opção de dormir comigo em sua primeira noite, expliquei que ela não era obrigada, mas ela sabia que seu destino era ser uma garota de bordel e que serviria vários homens em uma só noite, até que tomasse coragem como muitas outras e se matasse. Sophia sabia disso, então se ela me entregasse sua virgindade eu mesmo forjaria sua morte, já que para fugir da Família, só estando morto!
Uma vez que se nasceu dentro dela, o morte é a única que pode nos separar. Mesmo em relutância Sophia aceitou, para mim não seria tão fácil estar com uma mulher idêntica a ela.
Pedi que Sophia se preparasse, iríamos apenas amanhecer juntos e então ela poderia sair depois que meu pai encontrasse os lençóis manchados sobre o chão, ofereci a liberdade e o Amor visto que Augusto também seria passado por mim como morto, para que pudessem recomeçar suas vidas.
Sophia era linda, mas não era doce como ela, e sim calculista mas a entendo ela precisava fugir, seu destino não era tão agradável, ela nada disse e então subiu o corredor em direção ao quarto principal, tomei alguns goles a mais de uísque e me preparei para a noite que teria, eu sabia que não seria algo tão fácil de fazer, afinal na minha mente eu estava traindo, traindo a mulher que amo, mas pelo bem dela será nescessário!
Quando entrei no quarto tudo estava escuro, tirei a roupa e me deitei ao lado dela, quero encerrar de uma vez por todas esse maldito contrato, não passará de hoje.
Deitei ao lado de Sophia mas estranhei, a mesma estava dormindo, não entendi muito bem mas o álcool foi sentenciando a minha mente a acreditar que eu estava com ela, o cheiro do quarto e do cabelo de Sophia, por mais incrível que pareça, era o cheiro dela, e isso me deixou inebriado, acariciei seu cabelo beijando com carinho, abracei seu corpo e o meu estremeceu, eu sentia com toda minha alma que era ela, ou pelo menos queria com toda minha que fosse josephine.
- Vamos acabar logo com isso!! - falei em tom ameno.
Ela se virou para mim e me beijou, surpreso com o momento e com o sabor do beijo, era idêntico ao beijo dela, tinha um gosto doce e um movimento suave como o de josephine, eu já não aguentava mais então tirei a camisola branca que envolvia seu corpo e abracei com força, sussurros saiam dos seus lábios, eu já estava fora de mim quando nossos lábios desgrudaram e então sua respiração ficou ofegante, estava no ápice e não imaginei que seria tão maravilhoso assim com Sophia, era surreal nossos beijos, a alma e o corpo respondiam um ao outro.
Era loucura de se pensar mas o álcool com certeza estava me pregando uma peça, era ela que estava ali, Josephine era a mulher que estava em.meis braços eu sentia isso, eu queria isso.
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O Medo Bate a Porta (Concluido)
Mystery / ThrillerEu vou ser seu pior pesadelo, eu vou arrancar sua Alma com minhas mãos e pendurar os restos como uma exposição!! A exposição do medo. Anthony Martín - Eu nunca me apaixonaria, as mulheres são apenas brinquedos quebráveis. Todos os seres humanos s...