O Medo Bate a Porta (Concluido)

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Meu estômago e as minhas costas ainda doem da pancada, ele me olha como se eu fosse um brinquedo daqueles que você ganha nas mas não gosta, o olhar frio e impassível de sempre me observa com ódio, não me sinto intimidada, e me recuso a continuar olhando a cena drástica e então saio correndo como se minha vida dependesse daquilo.

Passo os olhos no salão procurando uma saída, pedir ajuda não vai adiantar, Anthony é conhecido e temido por todos aqui dentro, percebi isso só pelos olhares que lançavam quando ele passava, toda reverência é dada a esse desgraçado.

Avisto um rapaz que estava de olho em mim a todo momento, é um alvo fácil pois não me viu entrando com Anthony, me achego a ele e delicadamente sussurro em seu ouvido

— Estou com frio, pode me emprestar seu casaco ?

—Claro Princesa.

— Podemos sair daqui, seria mais agradável pra conversar.

Quando estávamos próximos da porta noto certa movimentação dos seguranças me apresso em disfarçar uma tontura e me apoiar nos braços do rapaz até então desconhecido e jogar meus cabelos agora soltos por conta do impacto do meu corpo no chão caem sobre meu rosto e então passo desapercebida, enquanto caminhamos disfarço que esqueci algo no salão de festas do evento e me despeço de Rui o nome do outrora desconhecido.

Me apresso em correr assim que viro a esquina mas os saltos estão me impedindo, retiro os Louboutin legítimos do pra comprados pelo mesmo e me ponho em movimento sem olhar para trás a única coisa que ocupa os meus pensamento agora é chegar nesse banco e conseguir as provas contra esses malditos Martín e chegar ao México viva, saio dos meus devaneios quando piso em alguns cacos de vidro, meus pés doem e lágrimas começam a brotar em meus olhos.

— Merda Jo , não pare— digo para mim mesma.. — Seja corajosa garota, você está por si própria no mundo!!

Continuo a andar ainda com os pés doendo não sei se tem cá os dentro mas não posso parar, não pra pensar nisso, agora não !! Me assusto quando percebo que há um carro vindo em minha direção, não me atrevo a olhar para trás mas logo sua voz se faz presente

Entre no carro e sua punição será apenas por fugir — ele diz com muita calma.

— Eu prefiro morrer ao ter que ficar mais um dia perto de você— grito impaciente com toda essa situação, a dor em meus pés não me impede de correr com mais força para me salvar.

Me jogo em frente aos carros na avenida pedindo ou melhor implorando por socorro mas eles passam direto, percebo que Anthony saiu do carro e então meu coração dispara, o medo que corre em minhas veias é como ácido corroendo meu corpo, ele sempre me amedrontou, me coagiu com suas experiências macabras.

Olho para o lado e vejo que um carro parou, ao menos alguém nesse lugar teve piedade de mim..

— Moço por favor, tem um homem .. ele.. ele é louco,me ajuda eu preciso chegar ao banco central é urgente— tento falar ainda em meio às lágrimas ao rapaz.

— Se acalme moça, se precisa chegar ao banco eu te levo, está tudo bem agora, você está fugindo há muito tempo?— ele pergunta.

— Não, por favor moço eu só te peço isso.

— Tudo bem eu só preciso dar uma rápida para resolver alguns problemas, não se preocupe eu sou policial — ele diz mostrando o distintivo, o que acalma o meu coração instantaneamente me passando uma sensação de segurança.

Logo paramos em uma delegacia e Lucas como ele se apresentou diz que em alguns minutos ele estará de volta... Aqui me sinto um pouco mais segura, tem muitos policiais, ele mãos atreveria avir até aqui.. Alguns minutos depois me pego absorta em meus pensamentos quando a porta do carro é aberta e antes que pudesse gritar uma arma foi apontada em minha direção

— O que.. Como.. você... como me achou aqui ?

— Essa cidade é minha querida, não só essa como todas as outras.

— Anthony por favor.. me deixa .. me deixa ir embora eu não quero mais , eu não quero isso.. — digo receosa enquanto as lágrimas insistem e não parar e sim em mostrar meu desespero.

— Se você não calar a porra da boca agora, eu vou estourar os seus miolos nesse carro, não eu eu tenho pra basta o tanto de coisa que eu tenho pra fazer, agora tenho que ficar indo atrás de esposa fujona.

—O que..O que você vai fazer comigo? —falo entre os soluços.

—Você já vai saber querida, vou te dar um tempo pra pensar ou não pensar, quem sabe assim você aprende a ser uma boa esposa.

Um sorriso sínico brota em seus lábios e então um calafrio percorre todo meu corpo.

— Por favor Anthony não... não faz isso comigo, eu to implorando— grito entre os soluços enquanto sou arrastada por ele pelos corredores de um prédio que a princípio parecia um simples prédio empresarial, mas apenas no primeiro andar.

Suas mãos firmes me arrastavam como se eu fosse uma pena e a cada andar que o prédio subia meu meso aumentava as paredes pintadas de vermelho e preto tinha um cheiro fétido, pelo chão se via marcas como de sangue o lugar era muito nojento e escuro, senti seu aperto mais firme quando chegamos a porta de um dos apartamentos.

Estava tudo escuro mais eu podia ouvir gemidos de pessoas e cachorros latindo muito alto, meu coração errou uma batida quando a luz foi acesa por um dos seus seguranças.

—Não..não.. não, eu não posso ficar aqui, que tipo de pessoa é você? Você é um monstro me solta—gritei com todo meu ser.

A cena era estarrecedora, minha alma dilacerou em ver aquilo tudo minha mente entrou em estado de choque e meu coproduções paralisado.

— Isso bela Jo é o que acontece com os meus traidores — ele diz observando cada traço do meu risoto agora em estado de choque completo....

O que será que a Jô viu nesse apartamento????

Até eu já to duvidando que possa rolar algo entre esses dois  kkk

Anthony é tão  maldoso a ponto de fazer algo que machuque a pequena Jo?