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  — Vamos — Lucca puxa minha mão pra dentro da boate luxuosa — Você acha mesmo que eu pegaria toda essa fila? Nunca!! — Ele da dois ossos e estamos em uma entrada vip, haviam duas no local, a que entramos e outra com uma porta escrito reservado.

Não me importava hoje seria meu dia, meus cabelos estavam soltos e meu vestido prata avisava de longe que eu estava chegando, o batom vermelho estava esquecido em minhas gavetas mas hoje não, ele combinava perfeitamente com os olhos pretos e dava um destaque fortíssimo para minha boca no meio da minha pele pálida, meus pés calçavam um belo salto branco com strass era amarrado até próximo da panturrilha e isso dava um ar de sensualidade que eu estava adorando.

— Vocês riquinhos são medíocres e insuportáveis — Digo tentando parecer seria.

— Diga isso lá dentro, esse ingressos custaram uma fortuna, por isso hoje lá dentro você também será uma riquinha medíocre entendeu bem? — Sua voz já está alterada devido ao barulho.

Lá dentro nos esperavam Liz e Carla, ambas da faculdade de direto, haviam se formado também é estavam comemorando, éramos o quarteto fantástico da faculdade, elas conseguiam me arrancar os melhores sorrisos.

  Beijo as meninas e conversamos um pouco antes de sair para a pista pra dançar. Os vidros acima da boate eram todos fume, questionei o porque e Liz dissera que era reservado pra o dono da boate, ele só assistia aos shows de lá, e sempre sozinho.

Uma sensação estranha percorria meu corpo desde que entrei na balada. Embora sentir que estava sendo perseguida já havia se tornado comum, meu corpo ainda sim gritava que havia algo diferente. Era como se eu estivesse sendo observada diretamente, como se os olhos dele estivessem em mim,  minha carne queimava, eu estava ficando maluca de verdade, Anthony estava em Roma. E não atrás de uma deserdada como eu.

  Espantei qualquer pensamento ruim e fui em direção ao bar, ao lado um homem muito bonito com um terno feito sob medida para seu corpo estava sentado, senti um calafrio quando seus olhos percorreram todo meu corpo, minha insegurança gritou de imediato em meu cérebro pensando no quanto ele me achará gorda, eu avisei a Lucca que o vestido estava muito curto, minha bunda era grande para ele, não tenho o corpo escultural dessas modelos aqui dançando livremente.

Dane-se hoje era o meu dia, pedi um drink colorido e cheio de frutas que vi uma outra mulher bebendo, comecei com ele para esquentar, afinal era o meu dia.  A sensação de vigia não me abandonava e meu corpo já estava sem comando próprio devido ao drink, misturado com tequila e depois a vodka e também os outros drinks de três sabores diferentes que eu provei, passava das duas horas da manhã e eu já estava vendo estrelas no teto, meu cabelo não estava mais solto, Carla havia feito um coque pra que me sentisse mais leve, Lucca beijar por aí e liz estava indo o banheiro quando a avistei.

— Está muito cheio — Liz reclamou.

— Estou super apertada, acho que as bebidas não me fizeram tão bem. Já fazem alguns anos que não bebo assim.

— Amiga vai na frente, vou logo depois de você— liz diz tranquila.

Entro faço minhas necessidades e saio rapidamente para liz, mas a mesma já não está mais por lá.
Do lado de fora arrumo meu cabelo e retoco o batom, espero que não esteja borrado, estou mais tô tá do que o normal.

O corredor é estreito e então encontro o homem que estava sentado no bar, seu polegar direito está tocando seus lábios carnudos e os olhos cinza me olham com lascívia, peço licença e tento passar mas ele não se move.

— Sabe há algum tempo estou a procura de uma mulher assim como você, jovem com carne, seios farto, isso me deixa maluco de tesão. — O homem diz olhando diretamente nos meus olhos.

Talvez sua tentativa de me intimidar daria certo antes de passar por tudo que passei, mas agora não, eu conheci o diabo pessoalmente e dormi em sua cama, e o pior eu gostei.  Olhei diretamente em seus olhos e disse que era melhor que me deixasse sair.

— Deveríamos sair daqui para uma suíte de luxo, aposto que você — Apontou o dedo em minha direção — Não está acostumada. Não tem ideia do que eu faria com todas essas curvas em minha cama. — disse guiando sua mão para minha cintura.

O espaço apertado facilitava o contato deixando meu corpo sentir sua ereção, seu membro   estava duríssimo por baixo da calça

— As mulheres daqui não me apetecem em nada, já você me deixa maluco imaginando tudo que faria com essa bunda na cama, eu te foderia a noite inteira até que você não aguentasse mais e me pedisse para sair de dentro.

Juntei toda minha coragem e altura( que não tenho) olhei furiosa para ele e chutei sua canela com toda força que pude reunir, um pequeno espaço se abriu e passei por ele imediatamente em busca dos meus amigos.

Avistei Lucca que dançava descontroladamente e avisei que iria par casa, o que para ele foi um insulto, ele se negou de imediato, contei-lhe o que havia acontecido e fui em direção ao bar novamente, pedi uma água com gás e sai para a pista, tentei ignorar o maligno pervertido do banheiro e também a porcaria da sensação de estar sendo observada diretamente.

  Enquanto dançava peguei mais algumas bebidas, as músicas já não faziam sentido em minha cabeça, estava realmente bebada, movia meu corpo de acordo com o ritmo, pelo menos na minha cabeça funcionava assim.

  Estava muito entretida com a música, mas isso não me impediu de me assustar quando duas mãos posicionaram em minha cintura, acreditando ser Lucca  dancei um pouco mais e me virei, assustei-me quando percebi que era o maluco do banheiro, suas mãos estavam em mim e imediatamente senti uma repulsa.

— Eu exijo que tire imediatamente suas mãos sujas de mim — Gritei com ódio e o miserável apenas riu.

Tentei me desvincular do seu toque e ele apertou mais forte.
— É assim que mulheres cheinhas como você gostam de ser tocadas? Com vontade? — Gritou enquanto apertada meu quadril me apertando próximo a ele.  — Nos dois vamos sair daqui agora, e vou lhe dar a noite mais prazeroso da sua vida.

  Seu toque apertou e ele alegou me levantar meu corpo estava frágil por tanta bebida mas ainda sim tentei dar-lhe outro chute, porém o miserável
Foi mais rápido e segurou minha perna levando a a sua cintura e levantando a outra em seguida me erguendo, senti seu membro em minha parte íntima e quase vomitei.

Iniciei tapas em seu rosto e em seu peito ordenando que me colocasse no chão e o mesmo apenas seguia para fora da boate, o desespero começou a tomar conta do meu coração e eu não queria mais encarregar o que aconteceria comigo. Mas num momento tão rápido quanto um raio o homem simplesmente caiu. Sim, ele caiu comigo em cima eu tentava entender o que havia acontecido ali mas não enxergava bem. Meu peito acelerou quando senti aquele cheiro, era o cheiro dele. Alguém estava com o mesmo perfume de Anthony.

  Ainda sem entender o que havia acontecido me apoiei em seu peito para levantar e foi quando escorreguei em algo líquido porém viscoso, meu cérebro sabia o que era só não queria processar.

Era sangue, o homem estava sangrando, minhas pernas basearam e perderam o controle foi imediato quando vi as luzes irem se apagando uma a uma, meus sentidos já não funcionavam mais, meu corpo era sugado em direção ao chão quando mais forte me seguraram, senti um colo macio e meus olhos já não viram mais nada, eu sabia que tinha perdido a guerra contra minha mente. Havia desmaiado.

 

O Medo Bate a Porta (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora