O Medo Bate a Porta (Concluido)

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Posso ver além do que seus olhos refletem, e eles refletem medo, porque você sempre sente medo daquilo que não conhece, então seja forte, Agora!!

  Dor.
Era a única coisa que eu conseguia sentir, muita dor. Nem a fome, nem a sede ou sono,superavam o tamanho da dor. Não só em meu corpo mas também em minha Alma.

   Eu já não faço ideia de quanto tempo estou aqui nesse porão, uma semana depois que o Anthony saiu de florença, tudo aqui ficou estranho, estava me sentindo sozinha mas o mais estranho era que me sentia vigiada a todo momento e fui proibida de sair da mansão, o que segundo alguns soldados eram ordens do chefe.

   Um mês e meio depois eu escutei dois soldados conversando entre si e dizendo que Anthony á essa altura já estaria morto, meu coração errou imantados e então eles perceberam minha presença, corri o mais rápido que eu pude, estava sozinha e rodeado de pessoas que não eram confiáveis.

   Tentei subir as escadas mas o fôlego me faltou e então eles me puxaram com brutalidade, me arrastaram pela casa até chegar em uma porta, Giovanna pensei em gritar por ela mais fui impedida quando a porta se abriu e me jogaram escada a baixo aproximadamente uns 25 degraus, a dor me consumiu imediatamente, meus braços e minhas pernas doíam, senti algo quente escorrendo em meu rosto, constato que é mesmo sangue, tudo aqui está escuro, além da porta não tem nenhum outro tipo de saída.

  Um ar condicionado e uma mesa, eram as únicas coisas que haviam ali. As noites em florença eram friorentas por sorte estava com meu moletom e suéter.

Não sei quanto tempo fiquei ali na mansão, Giovanna uma vez ao dia me jogava alguma coisa pra comer, mas ele me arrastou até aqui como um saco de lixo, jogada no porta malas de um carro o cheiro podre de suor misturado com perfume caro do Charles ainda está impregnado em mim. Com certeza depois da morte do Anthony ele voltou pra tomar o lugar dele em tudo.

Ah Anthony, porque você me abandonou? Mesmo com tudo que me fez, ele tinha respeitado meu corpo, poderia ter feito tudo me violentado, mas não fez. Meu coração dói a sua perca, eu não consigo parar de pensar em como seria entre nós se tivesse sido diferente desde o começo esse casamento.

Desidratada, com fome e frio minha última esperança, ainda que frio e sombrio era Anthony e ele se foi...

  Assim que chegamos nesse calabouço Charles tirou minhas roupas me deixando apenas de roupa íntima, num quarto com apenas um banheiro sujo e um colchão. Sinto uma dificuldade enorme para respirar, a tosse é constante e parece cortar minhas vias aéreas secas, por vezes tenho que beber água suja que sai da pia, na verdade eu queria morrer, mas estou tapetava que nem isso consigo fazer, há um fio de esperança que sussurra em meu
ouvido Bela mia fique viva , Mas não sei se suporto mais, não consigo se quer abrir os olhos.

Josephine NÃO!

Abro os olhos lentamente pois me causa dor e me dou conta de que novamente foi apenas um sonho, entre todas as torturas os espancamentos que venho sofrendo, a falta de água, comida, higiene básica, nada se compara ao sonhar com ela morrendo em meus braços todas as noites, meu coração aperta ao imaginar que não está segura, não que eu à Ame, não! Eu sou incapaz de sentir isso por alguém, mas é minha responsabilidade, precisa estar bem bela mia, fique viva.

Sou arrancado dos meus devaneios com um estrondo muito alto, seguido de rajadas de tiros um pouco distante de onde estou, percebo grande movimentação e tento me concentrar em algo mas a dor de cabeça que tenho há diasme faz gritar, por fome ou pelos golpe que sofri na cabeça, não sei ao certo,uma voz muito conhecida por mim era ouvida a todo momento

— Onde está o chefe seu desgraçado!! — Martino grita repetidas vezes

   Rápido como um raio vejo o movimento da porta do sótão e lá está ele Marco Ressel tem uma arma apontada em minha direção, não consigo pronunciar uma palavra se quer, tamanha fraqueza em que se encontra meu corpo agora, apenas escuto uma guerra no andar acima do sótão e observo meus últimos momentos com vida

— Se eu cair, você vai comigo Anthony — Marco grita desesperado destravando a arma.

— Eu disse que eles chegariam, seu.... grande filho da ... puta.. — uni o resto de forças que me restam para falar enquanto ele se prepara para atirar.

— Seja como for Martín, nós vamos chegar juntos no inferno, hoje!!

Fecho os olhos esperando o disparo mas ele não vem, então percebo que Marco começa a tremer incontrolavelmente, o cheiro do medo o qual eu conheço muito bem, emana pelo sótão e então percebo o rosto de meu único amigo, Martino está aqui

— Achou ele? — Ângelo pergunta a Martino

O que? O que meu Pai faz aqui? Veio por mim?

— Papa... não o mate... — digo antes de apagar e sentir minhas forças se esvaírem.

Meu povo, próximo cap tá um pouco pesado, espero que gostem

Ps nosso dêmoAnjo vai buscar a pequena Jô 🥰

Será que ele vai chegar a tempo?