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Segui com o plano, se para meu Pai preciso consumar a relação com josephine ele terá isso, não dormirei com mas Sophia era muito parecido, com a sua chegada apenas abriria porta para que visse que dormimos realmente juntos, depois disso ninguém poderia ser contra nosso casamento seria validado definitivamente.

Eu não deveria nem beijar Sophia, mas não sei o que aconteceu, o beijo era intenso como o dela, eu não deveria ter bebido mas sóbrio não conseguiria tocar em alguém que não fosse Josephine.

Peguei em seus braços e fui descendo mas quando cheguei em seus pulsos ela estremeceu e deu um grito abafado de dor, o susto foi inevitável, bati palmas e a luz se acendeu imediatamente, me assustei quando olhei seu rosto.

Era ela, não sei dizer o que estava acontecendo mas eu deveria estar tão bêbado que estava enxergando josephine no lugar de Sophia, sai do estado de choque quando olhei em seus pulsos e vi sangue pingando em meio aos pontos recentes, eu sabia que tinha apertado de mais.

O efeito do álcool passou imediatamente, e então corri em direção ao banheiro para pegar o kit de primeiros socorros, quando voltei para a cama ela já tinha enrolado um dos lençóis nos pulsos para conter o sangramento, estava vermelha como um pimentão.

Peguei em seus braços e com algodão e soro fui realizando a limpeza dos braços.

- Deus, me desculpe, essa não era minha intenção Jô - tentei parecer firme.

- Tudo bem Anthony, eu percebi que bebeu, eu errei por me deixar levar - seu rosto estava virando quando falou comigo.

- Não é isso Jô, eu só não achei que fosse vo...

- Achou que era outra pessoa ? - josephine franziu o cenho e disse com a voz embargada.

- Perdão... Eu não sei como explicar...

- Sinto muito se não sou ela - suas lágrimas agora caiam em meio as palavras - Eu fiquei com medo de dormir sozinha e vim parar aqui, não fiz por mal, espero que me perdoe e não me puna por isso.

- Josephine eu jamais, escuta bem - Posicionei minhas mãos em seu rosto e enxuguei as lágrimas insistentes - Eu jamais tocarei em você de novo, e estou fazendo de tudo para te manter segura, eu juro por tudo que você não vai passar por nada que possa te afligir, estou aqui por você e para você - falei em tom desesperado.

Não consegui me conter e beijei delicadamente seus lábios, com ternura, saber que não era um miragem, que eu estava realmente beijando a mulher que amo me trouxe uma paz inenarrável.

- Então me deixe ir embora, ir embora da Itália, me dê a minha liberdade Anthony, deixe que eu viva de verdade a minha vida - Ela suplicou interrompendo o beijo.

Não sei dizer ao certo o que acontece mas de repente algo novo me invadiu, desespero, dor, não me dei conta mas as lágrimas já corriam em meus olhos, eu queria gritar quebrar algo mas não pude, já havia feito muito mal para ela, não poderia continuar agindo assim, não com ela.

- Se você quiser ir... eu permitirei apenas com um acordo, não pode ser de homem algum. E precisa saber disso, você vai estar me matando por dentro.

Seus braços passaram por minha cintura e me apertaram, ainda doía era perceptível em sua feição de dor, mas ela se esforçou, eu não podia mais aguentar calado então falei.

- Eu... Amo você, Josephine Martín, você tomou conta do meu coração e da minha vida. Eu te amo, e em todos os dias que estive preso no México eu só queria voltar pra você... Te Amo, Te Amo como nunca amei nem a mim mesmo, quero que leve isso para a vida. Você entrou aqui - Coloquei sua mão em meu peito e olhei em seus olhos - Morrerei sem você pouco a pouco, mas eu te devo isso em nome desse amor. Só peço que vá depois que o meu pai comprovar que consolidamos nossa relação.

O Medo Bate a Porta (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora