O Medo Bate a Porta (Concluido)

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     O dia estava frio, a chuva caía com brutalidade e se misturava com as lágrimas em meu rosto. Eu estava ali inerte, não ouvia nada, não sentia meu corpo, não conseguia me mover   E não era por conta do frio era minha alma que estava dilacerada ou enterrada junto com meus pais naquele túmulo recém fechado.

— Minha mãe era minha melhor amiga, minha confidente, estava lá por mim a todo momento, me cuidando e protegendo e meu pai ele... ele era protetor, meu ponto forte a minha rocha....
Eu nunca imaginei uma vida sem eles eu sabia que esse momento ia chegar,mas não dessa forma tão rápido e cruel, eu ainda não consigo imaginar o porque dessa brutalidade— digo ainda chorando quando percebo a presença de dona Pauline.

A única coisa em que consigo pensar é em como vou viver sem eles, estou sem rumo e sem direção, o que eu vou fazer da minha vida agora ?
Todas essas questões estão me assombrando-nos desde ontem à noite, quando recebemos a notícia do acidente.

— Querida — ouço a voz de dona Pauline á me chamar.
— É melhor entrarmos, você já está aqui faz horas e essa chuva, receio que possa pegar um resfriado.
— Eu .... — tento falar alguma coisa, mas minha mente está bloqueada.
— Eu sei que está difícil, nada do que eu diga vai amenizar sua dor, mas nós vamos descobrir quem de isso. Por favor venha comigo.

     Todos estavam reunidos na casa para comemoração do Natal, a reunião anual se repetia consecutivamente ao longo dos anos, meus pais trabalhavam para Senhora Pauline e o Senhor Ângelo há anos, eram bem mais que funcionários e patrões eles eram amigos antes mesmo do meu nascimento. A morte deles foi uma grande perca, mas eu vou descobrir quem fez isso e eu vou fazer justiça com minha mãos nem que pra isso eu precise morrer ou me misturar nas coisas erradas dessa casa!! Eu vou me vingar.

— Eu sinto muito senhorita Josephine— ao entrar na mansão ouço Charles dizer com ar de superioridade, desde que chegou não me passa confiança, está sempre me olhando como presa, como se fosse me devorar — Obrigada — digo baixinho.

Logo sou abraçada com tamanha força que a certo momento me alivia a alma, ao abrir os olhos vejo Ema minha loirinha bem a minha frente.
— ah Jô pode contar comigo pra tudo amiga!!

Emanuelle e eu somos muito próximas, estudamos na mesma faculdade, os Sr e Sra Martín sempre apoiaram meus estudos as melhores escolas, minha mãe e meu pai sempre priorizaram minha educação antes de tudo. Cuidaram pra que eu tivesse uma vida totalmente diferente, estou cursando há algum tempo na área de Direito fixação dos Martín eles veneram a advocacia por insistência acabei entrando na área no começo não gostava mas fui me adaptando e me achegando cada vez mais a profissão...
ah meus pais quanta falta já estão fazendo aqui comigo.
— Posso me retirar ? — pergunto já sem forças.
— Querida, aqui você não é uma empregada, faz parte dessa família, lembre-se sempre disso!! — dona Pauline fala com delicadeza — Descanse, vamos nos organizar como der, Emanuelle por gentileza peça a dona Julia que prepare inquieto de hóspedes para Josephine, não é bom que fique sozinha agora, avise que Anthony chegará no começo da noite para a ceia de amanhã, que ela também deixe tudo pronto no quarto dele, obrigada!

Só de ouvir esse nome meu coração dispara de meso, Anthony sempre teve alguma coisa errada, não sei ao certo mas lembro como se fosse hoje quando éramos pequenos, ele sempre brincava me machucando ou cortando, sempre me empurrando, mas na frente dos pais ele era como um Anjo ( Ora só se for um Anjo caído!!)

Chegueeeei 🥰 espero que curtam, e quero deixar claro que não apoio nenhum tipo de violência, nem que seja contra um mosquito 😘😘😘