O Medo Bate a Porta (Concluido)

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Não revisado, pode conter erros..

   Mais de 24 horas se passaram e nenhum sinal se quer de que ela acordaria, passei o dia tratando dos homens que ousaram encostar nela com muito mais muito " carinho", mas minha mente volta e meia me traia pensando nela, em como estava e se já havia acordado..

— Senhor?
— Martino..
— O doutor David está aguardando no QG para avaliar a Sra Martín.

Mandei que um dos meus soldados a levassem ao QG nos andares de baixo do prédio para uma avaliação médica visto que a mesma passou a noite com febre alta, delírios e os pés estão com aspecto de infeccionados, não quero mais ninguém no meu apartamento essa invasão feminina já foi o suficiente.

Sigo para o terceiro andar com Martino em minha companhia,aciono o elevador com minha digital que rapidamente se põe em movimento, em segundo estamos no terceiro andar, ordeno a Martino que soltem os cães na sala e tenha certeza de que vão aproveitar da carne nova!!

Já dentro da sala cumprimento Dr. David, um dos homens mais antigos na instituição, o sub mundo do crime está em seu sangue por gerações, a Família Rivera sempre fora uma das maiores aliadas a máfia italiana, com seus médicos sempre nos servindo. Suas grandes empresas no Brasil e Bolívia foram nosso ponto de partida na extensão do Narcotráfico Italiano.

— David Rivera, quanto tempo não ?

— Anthony, já faz algum tempo que não solicita meus cuidados, qual o problema?

Aponto o dedo indicador para Josephine que se encontra sobre o sofá ainda desacordada.

— Essa é Josephine Martín Já faz mais de 24 horas que não acorda. — digo enquanto ele a observa com cuidado.

Os olhos do David passam sobre o corpo e rosto de Josephine parando em seus pés que agora também percebo o quão inchados estão.

— Hum, a provável causa da febre são os pés, estão infeccionados, ambos contém pedaços de vidro sujo dentro, alguns cortes são profundos, eu recomendaria uma sutura porém os cortes não são recentes então não é mais o melhor a se fazer, de imediato vou administrar alguns antibióticas intravenosos, e fazer a retirada dos vidros dos pés, a limpeza vai ser essencial juntamente com repouso, ela sofreu algum pico de stress? — ele me observa atentamente quando se dirige a minha pessoa.

— Digamos que tivemos alguns problemas e ela foi ensinada em como agir comigo!!

— Certo quanto a isso me parece que ela está em estado de choque pós traumático, mantenha em um lugar calmo e arejado, quando ela acordar pode ter um comportamento estranho por um tempo, vou receitar um soro para que fique hidratada e será o suficiente.

— Mande para a mansão, estaremos por lá em duas horas.

— Certo... Ah e Anthony?

— Sim— falo já de costas com a mão no trinco da porta.

— Ela é linda!!

— Mais uma palavra e você terá que atender seus pacientes com sinais pois não terá a língua para falar.— dito isso me retiro da sala para resolver o que preciso antes de ir embora.

Passava das nove quando chegamos na mansão, os soldados a colocaram em seu quarto e rapidamente uma enfermeira fez todos os procedimentos e deu as recomendações a Giovana sobre como prosseguir com os curativos e as medicações..

                            10 Dias depois.....

me sinto perdida no tempo meus olhos pesam e como em todas as outras madrugadas em que acordei tenho a estranha sensação de que estou sendo observada, e como sempre o medo toma conta de mim, viver nessa casa com um assassino é como viver num filme de terror.

Como em todos os outros dias tento me levantar, mas meus pés ainda doem, procuro fazer tudo durante o dia para não precisar me levantar pela madrugada, Lucca um "Segurança" de Anthony é Giovana ficam a minha disposição pelo dia inteiro... Infelizmente hoje minha bexiga resolveu não obedecer, estou muito apertada preciso de um banheiro urgente.

Tento me apoiar nos móveis pra chegar ao Banheiro da suíte sem forçar tanto os pés mas a tentativa é frustrara-se, e ao firmar meus pés a dor ainda é tanta que vacilo por um segundo e me desequilibro, fecho os olhos temendo a queda mas ela não vem, pelo contrário sinto mais fortes me segurando firmemente, ele me coloca no colo e rapidamente seu perfume forte amadeirado invade minhas narinas, sei que é ele mas custo acreditar que estava aqui nesse escuro total, e que conseguiu evitar que eu quebrasse literalmente a cara, porque ? Me pergunto.

— Precisa tomar mais cuidado — sua voz rouca invade meus sentidos, me deixando trêmula.

—Porque não me deixou cair? Oque faz aqui, no escuro? Ia me matar enquanto eu dormia ? — Questiono sem titubear.

— Doce Jo, estava apenas esperando para que pudéssemos conversar.

—Não tenho os códigos ainda... eu .. estou muito confusa... não consegui entender nada.

— Tranquilize esse coração querida, vou levar você ao banheiro.

Agradeço mentalmente por ter saído de seus braços fortes, faço minha higiene termino o que tenho que fazer e ele bate à porta

— Terminou?

—Si...Sim.

Novamente em seus braços sinto uma estranha sensação,espanto os malditos pensamentos da minha cabeça, como posso pensar algo bom a respeito de um assassino cruel que quase me de como presa aos cães.

Anthony me põe na cama e quando est preste a sair ele se vira sutilmente

— Não se engane Josephine, você só não morreu semanas atrás ou caiu agora, porque custa muito caro... suas informações valem ouro, e é a única coisa que um homem como eu iria querer em uma mulher como você!! — dizendo isso Anthony se retira do quarto e suas palavras são como faça de dois gumes perfurando a minha pele.

Anthony não tem coração, e eu estou perdendo o meu, ele está matando meus sonhos, barrando minha vida me mantendo como uma prisioneira aqui dentro desse apartamento, minando toda minha alegria.

Mas isso vai acabar, no México eu vou ter minha vida de volta, segundo as cartas do meu oi a patente mexicana é muito forte e Anthony não vai dominá-los...