O Medo Bate a Porta (Concluido)

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—Um prédio? — perguntei incrédula dentro do elevador.
— Eu não disse pra não dirigir a palavra a mim?
—Desculpa.

A cobertura é linda é muito sofisticada, toda em tons de cinza e preto, na sala um tom mais escuro predominava nas paredes e teto, um sofá cinza era o contraste perfeito,na mesa de centro enorme um tom de dourado com uma pegada meio rústica também tinha um enorme bar embutido numa parede todo iluminado e repleto de bebidas caras.

A sala com uma mesa enorme num vidro preto
Quem precisa de uma mesa tão grande, quando mora sozinho? Pensei comigo!
Uma parede toda revestida em vidro do teto ao chão com uma cortina cinza que o cobria por inteiro, em cima da mesa um lustre magnífico todo trabalhado em cristais tão lindo, tudo muito bem organizado...

— Você fica aqui! — ouço sua voz me chamando atenção,enquanto abre uma porta afastada de todas as outras.
—Tudo bem.
— Ouça bem, eu não quero que saia do quarto enquanto eu estiver aqui, não tem permissão para perambular pela casa limite-se a cozinha e o quarto e no máximo a sala, Josephine eu sugiro que encontre o que eu quero em suas tralhas o mais rápido, se eu te pegar andando pela casa, as consequências virão entendeu bem ?
—Sim— digo  já fechando a porta, o quarto era condizente com o restante da decoração ao restante da casa, o enorme vidro coberto por cortinas grandes e sofisticadas, trazia uma vista maravilhosa de todos os outros prédios, as luzes, Itália e suas maravilhas.

— Com licença — ouço uma voz me chamar.
—Sim, pode entrar.
—Senhora Martín eu sou Giovana é um prazer conhecê-la, vim avisar que o Senhor Martín já saiu, o nato a senhora poderá comer alguma coisa agora!
— Obrigada Giovana, eu estou sem fome.
— Se precisar é só me chamar— ela diz se retirando do quarto.

Imediatamente tranco a porta e vou arrumar meus pertences
Senhora Martín divago em meus pensamentos sobre meu destino trágico, estava quase terminando quando de alguns livros caiu um papel bonito, estava timbrado com o brasão da minha família.

As lágrimas imediatamente molharam meu rosto ao reconhecer a caligrafia de meu Pai...

Querida Josephine
Agora você já deve ser uma Martín,oi te peço perdon por esto, mas antes mesmo do seu nascimento nós fizemos um acordo com os Martín em que nossa família devesse estar sempre ligada, nos envolvemos com pessoas errada e muito perigosas filha.
Na organização entregamos nossas vidas, sempre lutamos para te manter fora de tudo, mas infelizmente alguém havia nos traído de dentro da mansão, estávamos empenhados em descobrir quem foi mas se está lendo essa carta em florença é sinal que fracassamos em descobrir quem foi... achamos que Ângelo ou outro alguém descobriu que vínhamos guardando provas para te livrar desse compromisso, provas essas que incriminavam Anthony, e toda sua família, mas descobriram e infelizmente quem trai na organização paga com a vida!
Desde pequena nos líamos um poema pra você dormir, dentro desse mesmo livro você vai encontrar duas chaves de um cofre em florença, assinar o contrato que entregava você nas mãos de Anthony foi nossa única saída para mantê-la viva.
Agora escute querida enquanto vice tiver para si as chaves e os códigos vice tem chance de sobreviver e de ser livre dessa família mafiosa, jamais os entregue aos Martín, e se achar que corre risco iminente de morte, e tiver ameaças contundentes contra sua vida, fuja!!
Na primeira oportunidade nos te deixamos passaporte e uma vida formada no nome de uma outra pessoa, ninguém desconfiaria de você nunca, mas também deixamos reservas, eles estão por toda parte e caso se sinta perseguida ou qualquer outra coisa, fuja novamente filha até encontrar a paz, temos parente nos negócios do México eu acredito que eles poderão te ajudar, mas tenho cuidado, se eles te encontrarem vice estará morta. Perdoe-nos, amamos você,nós não tínhamos saída!!

Dentro dos livros de poema estavam as chaves, limpei rapidamente as lágrimas grosseiras que ainda caiam e  guardei as chaves no prendedor do meu sutiã, pra levar comigo onde eu for. Tomei um banho e fiz minha higiene, me deitei.
Longos dias de tormenta virão é o que diz meu coração.

Os dias foram se passando, a casa estava tranquila como sempre, antes de sair eu sempre procurava saber onde ele estava, evitava de encontrá-lo, ele sempre me empurrava ou me assustava,então quanto menos nos víssemos seria melhor.

  A noite já ia caindo quando eu passava pela sala e resolvi me sentar um pouco no sofá, qual sabe mudar um pouco de ares, o quarto por mais fosse lindo estava me sufocando.

Estava sentada quando de repente ouvi  um grito forte como de alguém que estivesse desesperado,corri em direção mas parei assim que vi a porta do escritório do Anthony aberta, eu sabia que não podia chegar lá, mais o que é estar presentes a morrer ? Pouco curiosa que sou encostei bem na porta pra ouvir:

— Me perdoa chefe, isso não vai mais acontecer— ele gritava suplicando.
Chefe?
— Shiii, está tudo bem Nano, você não precisa pedir perdão, porque não vai adiantar!!

Três tiros disparados e o nome de um homem foi chamado, eu imediatamente corri para meu quarto sem olhar para trás, eu tinha certeza que ninguém tinha me visto então corri como se a minha vida dependesse disso.

Tranquei a porta do quarto e me deitei, já estava pegando no sono quando ouvi o barulho da porta sendo destrancada, fechei os olhos e fingi estar dormindo, a porta se abriu alguém entrou e pelo perfume forte eu sabia que era ele, se sentou na poltrona em frente acama e ficou um bom tempo observando e quando ia saindo pela porta e eu respirei aliviada ele voltou

— Sei que está acordada Jose— disse ainda de costas.

Eu nada disse, me mando inerte e imóvel aquele homem de quem só se via a sombra.

—Abra os olhos Josephine— ele falou se virando e vindo em direção à cama

Engulo em seco amedrontada, ele estava muito perto do meu ouvido quando declarou

—Diga uma palavra ou saia mais uma vez desse quarto enquanto eu estiver aqui ou ande pela minha casa sem autorias e eu farei pedacinhos de cada parte do seu corpo imundo!!

—Desculpe, eu não fiz por mal— disse chorando

— Tome— falou em entregando-me uma caixa de um celular.

— Um iPhone?— perguntei mostrando meu estranhamento.

—Mama quer falar com você!!— ele disse e ao chegar a porta se virou
— Amanhã teremos um jantar, todos acreditam que isso é real entre nós, tenho uma surpresa, você se arrependera do dia de hoje, vou adorar jogar com você Josephine, virão lhe arruma então esteja pronta as 20h. Eu não tolero atraso— E então a Port foi fechada.