Capítulo 10

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Mila DeLoughrey

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Mila DeLoughrey

   A próxima som que ouço é alguém gritando a Maldição Cruciatus. Meu corpo desaba no chão - parece que milhares de facas estão sendo enfiadas em mim - repetidamente.

   Gritos escapam de meus lábios - a ponto de eu perder minha voz. Grito por ajuda, mas ninguém o faz.

   A maldição foi retirada - meu corpo desabou no chão, relaxando. Eu estremeci um pouco, devido à dor.

   Bellatrix foi quem a lançou. Se aproxima de mim para me levantar, de frente para Voldemort. Merlin, ele é assustador de perto.

— Você nunca se opôs a estar viva, eu deveria ter matado você naquele dia. — ele sorri como se tivesse algo que ele quer — Mas eu vou deixar você viver, mas por agora vou arranjar alguém para... machucar você.

   Bellatrix e alguns outros Comensais da Morte riem. Nunca me senti mais assustado na minha vida. O que ele quis dizer com aquele dia, ele iria me matar antes?

   A porta atrás de mim se abre para revelar Mattheo. Ele está vestindo um terno todo preto, seu cabelo bagunçado como sempre está, e não demonstra emoções.

   Seus olhos suavizam quando ele me vê, mas fica com raiva quando vê o estado em que estou.

— Meu filho, venha. — faz um gesto para que Mattheo caminhe até ele. Porém permanece onde está.

— O que você está fazendo? — pergunta, agressivamente. O sorriso dos Lordes das Trevas fica mais largo.

— Só estou mostrando à Srta. DeLoughrey como é se machucar. — ri, o resto segue.

— Por que você está fazendo isso? — meu corpo ainda está nas mãos de Lestrange.

   Seu sorriso desaparece e a risada para. Se levanta e vem até mim, Mattheo quer fazer alguma coisa, mas decide não fazer. Ainda estou chateado com ele.

— Você não sabe, me diga, seus pais alguma vez lhe contaram sobre o tempo que passaram em Hogwarts? — pergunta, bravo e a poucos metros de mim.

— N-Não, eles nunca me disseram nada, por quê? — ele não tem expressão, mas mostra um pouco de raiva.

   O Lorde estala os dedos, sinalizando para os Comensais da Morte saírem, apenas ele, eu e Mattheo.

— Eu fui para Hogwarts no mesmo ano que seus pais. Eu nunca gostei muito de ninguém lá. — se sentou em sua cadeira, com Mattheo bem ao lado dele, parecendo assustado. Eu estou onde estou.

— Todas as garotas tentavam chamar minha atenção, mas nunca funcionou, a única pessoa que não se importava comigo era sua mãe, Rose. Ela era a mulher mais bonita de Hogwarts, todos os meninos queriam estar com ela e todas as garotas queriam ser ela. Mais tarde naquele ano, nos tornamos próximos, mas seu pai Oliver teve que intervir e estragar tudo. — explica ele, enojado quando mencionou meu pai.

— Seus pais passaram mais tempo juntos, e isso me irritou. Depois de visitar os Potter, eu fui até seus pais, queria matar seu pai por roubar Rose. Não queria machucá-la, apenas Oliver, mas quando eu vi você em o carrinho de bebê, eu queria matar os dois. Tentei matar você, mas seu pai resistiu. Eu fui embora, e até hoje- — se levantou da cadeira e se aproximou de mim. Eu estava com medo do que ele faria comigo.

— Eu ainda quero você morta. — sacou sua varinha e apontou para mim, lançando a maldição Cruciatus me fazendo cair no chão, gritando de dor, mas a dor parou.

   Olho para cima e vejo a varinha de Mattheo desembainhada, apontada para seu pai, e em sua mão a varinha de seu pai.

— Você não pode machucá-la, pai. — se aproximou de mim. Acariciou minha bochecha, enquanto a outra mão mostrou a seu pai algo no meu pescoço.

   Ele engasgou e parecia farto.

— Você deu a marca à garota, como pôde?! — o Lorde das Trevas falou, puro veneno em sua língua.

— Você não pode machucá-la, pai. E se você fizer ou mesmo tentar, vou enfeitiçar, obliviar, torturar e matar você e qualquer outra pessoa.

   Ele agarrou minha mão, me levando para fora da sala de jantar. Nos aparatou em seu quarto.

   Uma vez que estávamos seguros, colocou a mão na minha bochecha, mas eu empurrei sua mão, deixando-o confuso.

— Não faça isso, depois que eu te vi com Parkinson, nem tente.

— Se você realmente quer saber, ela quem veio até mim. Mas não é como se eu não pudesse tocar em outra garota. E por que você se importa? Eramos apenas um lance, DeLoughrey. — afirmou, rindo no final.

   Aquilo doeu, ele se abriu para mim, sobre o passado dele, me ajudou lá atrás com o pai dele, e agora está agindo assim.

   Isso me lembra de como Draco me tratou em nosso relacionamento no ano passado.

— Certo, não somos nada. — olho para baixo, sem ter nada a dizer. Ele fica em silêncio, deitado em sua cama.

— O que, você pensou que eramos, Merlin? — falou asperamente.

   As lágrimas ameaçavam cair, apertando minha mandíbula. Ele estava apenas me enganando?

   Eu não disse nada e apenas deixei seu dormitório. Fui para o meu quarto, para ver Violet e Stormi sentados em suas camas.

   Elas ouvem a porta se abrir e olham para mim. O alívio as envolve. Elas saem da cama e correm para mim, me envolvendo em um grande abraço.

— Merlin, Mila aonde você foi? — Violet pergunta.

   Merda. Quanto tempo fiquei na Mansão Malfoy?

— Desculpe, eu só precisava limpar minha cabeça... Eu fui para o lago negro. — menti, porém elas acreditaram em mim.

   Mentir para elas estava me comendo viva, eu tinha que dizer a elas.

— Gente, eu tenho que contar uma coisa.

   Expliquei a elas onde realmente estava. Contei a elas sobre mim e Mattheo, sobre Draco, sobre o que o Lorde das Trevas me contou e meus pais.

   Elas ficaram chocadas, mas me fizeram prometer que lhes contaria tudo, e não deixaria nada de fora. Conversamos a noite toda. Foi ótimo conversar com elas, ouvir o que elas têm a dizer.

𝐎 𝐏𝐨𝐝𝐞𝐫 𝐃𝐨 𝐀𝐦𝐨𝐫 | Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora