Cantando ao som de um artista famoso, Teresa Cristina vibrava em uma alegria intensa, mas é interrompida pelos gritos da mãe.- Terezaaaaaaa - grita de uma forma ensurdecedora. - hora do café.
Revira os olhos depois de finalmente escutar os gritos e desce rapidamente pela escada, parando no primeiro degrau.
- Já estou aqui, senhora Amélia. - beija a testa da mãe que a olha com orgulho.
- Venha, vamos para a cozinha. Seu pai e seu irmão já estão tomando café. - pega em sua cintura e juntas, lado a lado, vão para a cozinha.
Na cozinha, estava um homem calvo de bigode com óculos lendo um jornal e de frente a ele, um menino com cabelos negros, assim como os de Tereza, comendo Cereal.
- Bom dia filha. - pisca para a garota e dá um gole na xícara de café.
- Bom dia pai. - sorri e da um beijo na bochecha do pai, olhando para o irmão em seguida. - Bom dia, Daniel. - se senta ao lado da criança.
- Bom dia, pirralha. - diz dando um sorriso com a boca cheia de Cereal.
- Daniel, não chame a sua irmã de pirralha! - a mãe adverte servindo café para a filha.
- Bom dia, pirralho. - ela rebate zombando.
- Vocês dois, em. Não tem condições. - dá uma leve gargalhada.
O pai de Tereza, Adalberto, trabalhava numa farmácia um pouco distante da casa em que residiam. Diferentemente de Amélia que era bibliotecária e trabalhava perto de casa. Ele leva os filhos e a esposa para o trabalho todos os dias de carro. Primeiro deixava Daniel na creche, em seguida Amélia na biblioteca e por fim, Tereza no colégio.
Já no colégio, passando pela entrada e indo para o pátio, vê a amiga pousando para tirar uma foto junto com outras.
- O que você está fazendo, Gabriela? - ela pergunta ao se aproximar.
- É que as meninas querem uma foto bem legal para postar no jornal da escola. Elas vão falar sobre o nosso trabalho da feira de ciências e eu quero uma foto sem aqueles jalecos. - a amiga fala empolgada.
Gabriela era uma ruiva e filha de um milionário da cidade. Como já tinha alcançado a maioridade e tinha apetite para festas, todos os finais de semana eram baseados em passeios e em muito dinheiro desperdiçado na balada.
Mais para frente, encontraram Cláudia e Verônica sentadas debaixo de uma árvore lendo. Cláudia possuía a estatura alta e aparentava um pouco de seriedade para todas as coisas. Na contra mão, tinha a sua irmã, Verônica que possuía uma alegria imensa.
Apesar das diferenças, ambas se amavam muito como todas as irmãs unidas. As duas se sentaram para descansar ao ar livre perto das irmãs.- Meninas, que tal sairmos para uma festinha amanhã? - Gabriela propõe.
- Para um pouco. Você não cansa? - Cláudia fala em um tom leve.
- Não. Eu não gosto de ficar em casa ou na Igreja igual vocês. Dessa maneira vão virar freiras. - fica frustada.
- Gabriela, primeiramente, nós saímos sim, vamos a Igreja e a festas, mas você já sai demais com aquelas meninas que eu acho que não são boa influência. - Cláudia fala passificamente irritando ainda mais a ruiva.
- Gente do céu, vocês vão brigar por causa disso agora? - Verônica diz tentando acabar com aquele celeuma.
- Era só o que faltava mesmo! - Tereza diz.
O sinal toca e todas vão para a sala. Gabriela, ainda com raiva, se sentou em um lado da sala e Cláudia no outro, deixando as duas meninas nas fileiras do meio.
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Amor de Outras Vidas
EspiritualFrancisco Manuel e Tereza Cristina reencontram-se em corpos diferentes e "apaixonam-se novamente". O casal enfrentará preconceitos religiosos, inveja, entre outros desafios, e provará que o amor sempre vence e ultrapassa as mais diversas barreiras s...