Décimo Primeiro Capítulo

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Francisco vestiu uma camiza social com um shorts. Ele se encontrava ansioso e ao mesmo tempo esperançoso e confiante. Iria jantar na casa de Tereza para pedir a permissão de seus pais para um início de namoro. Por mais que aquilo fosse novo para ele, o mesmo tinha a intuição que aquilo já tinha se repetido antes. Isso era o que fazia ele ter calma e saber, de alguma forma, que com certeza aceitariam.
As 7:30 da noite, foi para a casa de Adalberto. Chegando lá, ele foi recebido com muito carinho por Amélia e Tereza e logo adentrou na casa. Ela não era muito grande, mas era bem organizada. Na entrada da porta, via-se a mesa de jantar e a televisão que passava um programa de perguntas e respostas. Adalberto, estudando na poltrona no canto da sala, levantou-se e o cumprimentou.
Antes do jantar ser servido, Tereza e Francisco sentaram-se lado a lado em um sofá e Amélia e Adalberto ficaram em outro do lado.

- Senhor Adalberto e senhora Amélia, eu vim aqui para conversar com vocês sobre um assunto que Tereza e eu começamos a discutir a uns dias. - ele inicia com a voz um pouco falhando por causa do nervosismo, mas prossegue. - Ela e eu percebemos que nós não nos gostamos apenas como bons amigos, mas que temos sentimentos um pouco mais fortes e que são recíprocos. Eu vim aqui para...- gagueja um pouco.

- Ué, Francisco, você que fala tanto lá no centro e agora esta gaguejando? Fale de uma vez! - ele ordena contente por já prever do que se tratava.

- Eu vim para pedir a permissão de vocês dois para namorar com a sua filha. - ele disse e os olhou nervoso.

- Por mim, estou satisfeita! - Amélia exclama feliz.

- Eu fico muito feliz que Tereza tenha um bom gosto. É claro que eu deixo. - Adalberto diz alegre.

O casal não se beijaram por respeito aos pais de Tereza, mas se abraçaram felizes.
O jantar foi servido e eles conversavam sobre muitas coisas. Falavam sobre coisas da vida e sobre coisas do centro, foi quando Adalberto perguntou:

- Você já participou de alguma reunião mediunica, Francisco?

- Não, senhor Adalberto. Nunca participei.

- Tem curiosidade?

- Um pouco, como o senhor sabe? - o rapaz se intriga com a pergunta.

- Vejo, sempre que saio da reunião, você encarando a porta da sala e por isso conclui que você tivesse algum interesse. Quando quiser participar, me avise.

- Eu posso participar mesmo não sendo médium?

- Claro. Se assim fosse, só os espíritos desencarnados participariam da casa espírita.

Eles riram do comentário e continuaram o jantar conversando animadamente. Depois do jantar, Francisco agradece e sai para fora com a sua namorada, ficando sentados no muro da varanda. Ele a beija com fervor e depois que cessa diz:

- Estava tão ansioso para esse dia. Eu imaginei isso desde o nosso primeiro encontro.

- Também senti a mesma coisa, Francisco. Será que nós já nos encontramos em outras vidas?

- Provavelmente. No nosso primeiro contato, eu me perdi no seu olhar e no seu sorriso. Eu escrevi toda a nossa história em uma fração de segundo. Lhe conhecendo melhor, percebi que o que eu sentia não era apenas uma paixonite, mas algo mais forte do que isso.

- Ah, Francisco. Também senti e ainda sinto inúmeras coisas por você. Eu lhe amo muito. Eu tenho certeza que se você soubesse o tanto já falei de você para a lua teria ao menos ideia do que eu sinto.

- Não preciso disso meu amor, seus olhos já me contam tudo. - ele pega na face delicada da amada enquanto falava.

Eles beijam-se novamente e continuaram conversando sobre a luz do céu estrelado.

Amor de Outras VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora