Segundo Capítulo

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- Não se esqueça! As 9:30 eu quero você em casa. - Amélia diz indo atrás da filha que já ia saindo.

- Já escutei milhares de vezes, mãe. Eu estarei. - abre a porta e olha para o pai sentado na poltrona. - até mais pai.

- Até minha filha, se cuide. - desvia um pouco da atenção dada a televisão e passa para a filha.

- Até mais meu amor. - a mãe da um beijo na filha e a mesma sai, entrando no carro que buzinava a horas por ela na porta de casa.

- Cheguei, gente. - ela diz para as pessoas presentes no carro.

Nele estava Gabriela, os amigos dela, Bruno e Daniel, e Letícia, a prima da menina.

-  Mais um pouco e eu iria embora. - diz Bruno na direção.

- Calma, não é para tanto.

Tereza foi no banco de trás com Letícia e Gabriela, enquanto os dois meninos foram na frente conversando coisas aleatórias. Tereza descontraída, não percebia que Bruno a olhava as vezes pelo retrovisor do carro.
No salão de festas todos ficam numa mesa, até que Gabriela nota um moço e é atraída por ele.

- Letícia, olha que gatinho ali na pista. - Gabriela cochicha no ouvido do prima.

- Realmente, será que ele é daqui? - pergunta interessada.

- Não faço a mínima ideia. Que tal irmos conversar com ele? Bater um papo, sei lá. Quem sabe ele não é bem legal?

As duas dão risadas maliciosas.

- Tereza, vamos ali conversar com um menino, tudo bem? - Gabriela diz já de pé.

- Vai ser igual da outra vez, não é, Gabriela? - pergunta cruzando os braços.

- Claro que não, Tereza. Vamos apenas conversar, se quiser vim sinta-se a vontade. - chama já sabendo que ela não iria.

- Não vou. Eu sei no que isso vai dar. - fala bufando de raiva por dentro.

- Certo. Até daqui a pouco. - acena e afasta-se com a prima.

- Eu vou ali também. Quero pegar um pouco de energético. - Daniel sai e deixa Tereza com Bruno.

- Bom, como só ficou nós dois, vamos conversar um pouco melhor. - Bruno propõe maliciosamente.

- Tudo bem. - Tereza concorda sem perceber as intenções.

- Estou olhando para você faz um tempão lá no carro, sabia? Você parece uma deusa. Namora? - tenta pegar em sua mão, mas leva uma tapa no rosto.

- TÁ MALUCA GAROTA? - grita colocando a mão no local.

- Fica sozinho aí, seu idiota. - sai da mesa deixando-o.

" Que menina maluca " - ele pensa.

Tereza anda pela festa e se mistura na multidão. Queria encontrar a saída, mas era quase impossível no meio de tanta gente.
Num momento, esbarra em alguém, que a pega e não a deixa cair no chão. Era um rapaz alto, moreno de cabelo castanho escuro e de óculos. Os dois, se olhando, paralisam como se estivessem hipnotizados um pelo outro. Balançando suavemente a cabeça, segundos depois, sorrindo tímido, o menino fala:

- Está procurando alguma coisa, moça? - grita, entretanto ela não escuta por causa do barulho.

Ela faz o gesto de que não ouviu o que ele disse e ele pega na sua mão a levando para fora do festa.

- Assim está mais compreensível! - ele diz em tom alegre.

- Concordo. Eu queria era isso aqui, paz. - ela responde na mesma sincronia de sentimentos.

Amor de Outras VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora