7• Não vá

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Alguns minutos depois eles continuaram ali o tempo parecia não haver passado. 

_ Porquê fez isso?  — Perguntou ele.

Ela o olhou surpresa.

_ Ninguém nunca fez isso antes?

_ Não, jamais e não sei como, sei lá esse jeitinho seu me dobrou muito, estou sem pose de mal agora.  — Disse ele imitando os gestos que ela fez ao toca-lo e eles riram.

_ Então como você fazia sexo com outras mulheres?

_ Sem toques, sem carinho, sem amor, apenas tesão e sempre dava um jeito de imobilizar as mãos delas por isso.

Ela ficou em silêncio.

_ Que coisa mecânica! Daquela maneira como você fez quando chegou?

Ele riu dela.

_ Sim, mas com consentimento.

Ela deu ombros.

_ Acho que uma pitada de doçura e carinho pela pessoa pode deixar isso menos mecânico, mas... —  Ela viu que estava falando demais nunca tinha transado na vida como ia saber o que é bom ou não.

_ Eu nunca pensei por esse lado nunca achei necessário essa doçura mas todo dia se aprende uma coisa nova, não é?  — Disse ele, enquanto passava seus dedos por dentro do paletó que ela usava para cobrir a parte de que ele havia rasgado e tentou fazer da mesma forma que ela havia feito com ele, ela apenas fechou os olhos e se deixou levar.

Seu corpo começou a dar pequenos arrepios, a pele inteira demonstrava isso, era algo novo, prazeroso e excitante e por alguns instantes ela pensou que aquilo podia se prolongar ele apenas a observava e desfrutava das expressões dela a cada toque e foi chegando próximo de forma delicada e depositando beijos leves e carinhosos no pescoço dela que o abraçou e travou mais ainda as pernas na cintura dele que precisou se segurar pois queria se manter calmo e nada selvagem.
Ela o beijou um beijo calmo, lento, apaixonado, com desejo e doçura como ela queria e foi se aprofundando cada vez mais até que ele cessou o beijo caso contrário não ia conseguir parar.

Ficaram ali se olhando com os rostos colados.

_ Por favor, me diz que você não é Virgem? — Perguntou ele buscando fôlego e esperanças que ela houvesse mentindo antes e não fosse.

_ Como uma puta pode ser virgem?

_ Você não é uma! Puta, não beija na boca ao menos que combine isso mas depois desse beijo quem é virgem sou eu! Não tô sabendo lidar com você...

Eles riram:

_ Você é engraçado!

_ Fico feliz, o bom humor é sempre uma boa arma.

Eles se olharam era muita emoção pra uma noite como aquela. Haviam se conectado de uma forma única e não sabiam como explicar isso apenas sentiam, ele pegou a mão dela e com ela ainda sentada em seu colo disse:

_ Esse é meu número um número único. Três pessoas têm ele apenas, e se você precisar de mim me liga e quero que saiba que pode confiar em mim não sei o que passa aqui dentro mas pela tristeza do seu olhar é muito mais do que privação.

_ Eu não posso te ligar precisaria de permissão pra isso.

Ele ficou assustado como em pleno 2018 alguém ainda estava em cárcere privado.
Ela não comentou muito e iria investigar aquilo sem alarmar ela.

*vamos ter um corte de tempo futuramente por isso essa data de 2018 meninas *

_ Dê um jeito! Qualquer coisa que eu puder fazer pra te ajudar confia em mim Sol.

Ela apenas o abraçou.

_ Talvez eu nunca mais volte a ver você com frequência e com certeza depois de hoje ele vai me colocar pra atender todo tipo de gente mas ainda assim, obrigada!

Foi tudo que ela disse antes de começar a chorar.

_ Olha pra mim Sol. NINGUÉM, NINGUÉM vai estar com você a partir de agora além de mim entendeu?  — Disse ele segurando o rosto dela com as duas mãos. — Esse número que você tem é pra isso se ele o fizer você me liga e eu venho sim?

_ Não sei se sou uma idiota ou uma desesperada mas eu quero acreditar em você.

_ Eu só tenho um palavra mulher! E ela não volta atrás.  — Disse ele abraçando ela.

A porta bateu já haviam vindo buscar ela.

_ Tenho que ir e espero que você cumpra mesmo sua promessa pelo meu próprio bem.  —  Disse ela colocando a máscara de volta e saindo.

No quarto dela

_ Não acredito, ele te disse isso tudo mesmo?  —  Ela estava incrédula.

_ Sim, Paloma eu ainda acho que tava num sonho louco.

_ Amiga, não seja pessimista! Tenha fé, talvez seja um sinal da Virgem pra você.

_ Não quero me iludir amiga, até que eu possa confiar que ele não está com Bernard não posso, embora eu talvez tenha feito isso tudo e me ferrado...

_ Amiga, vêm cá! Junta as peças, se fosse um plano dele você acha que ele deixaria esse moço transar com você depois de tantos anos? Claro, que não e ainda pagar essa fortuna pra quê? Não, nada faz sentido. Ele sempre foi louco com você e sempre rejeitou todos os clientes que faziam propostas altas e mais, talvez ele não tenha tido outra opção, ouvi o amigo comentar que ia investir na boate mas esse tal de Fausto eu não sei.  — Paloma queria juntar as peças desse pequeno quebra-cabeças. 

Sol estava parada e pensando no que havia ocorrido e por algum motivo sentia que Fausto podia ajudar ela, mas precisava saber mais e poder de fato confiar nele. 

_ Sol, quando ele me pediu a pomada eu assustei, mas ele me deixou entrar quando percebeu minha preocupação com você e eu vi você dormindo e coberta na cama, Nenhum cliente se importa dessa forma com nenhuma garota daqui, eu não sei te explicar também mas eu vi ele preocupado com você... — Antes que ela concluísse foi interrompida.

Bernard entrava naquele momento no quarto.

Ele a olhou, puxou a toalha dela e analisou o corpo dela e viu as marcas de unhas em suas coxas perto do pescoço dela e alguns arranhões ele apenas riu triunfante.

_ Acho que agora você sabe do que sou capaz não é mesmo? Ele acabou com você e amanhã o que pagar mais caro te leva de novo e vou garantir que seja mais selvagem e imundo.  — Apenas riu e saiu.

Ela sentou na cama chorando.

_ Calma amiga se ele disse que cumpre a palavra dele de não deixar ninguém te tocar ele vai cumprir. — Abraçou a amiga na esperança que ela ficasse calma e com uma pequena esperança mesmo achando aquilo impossível. 

Fausto estava em casa e havia contado tudo para Julia que é sua irmã e confidente.

_ Não posso acreditar Fausto, como é possível tudo isso? O que essa moça não deve ter passado lá todos esses anos. —  Júlia estava incrédula.

_ Sim, Júlia e outra coisa eu me mostrei a ela mais do que em anos de terapia e o pior eu quero ajudá-la mas quero ela na minha cama também e isso não pode.

Julia riu de lado e foi até ele.

_ Fico feliz, você precisa de alguém doce na sua vida porque depois do acidente você ficou amargo e se fechou faça o que puder pra tirar ela de lá e depois veja como fica seus sentimentos. 

Ele apenas e riu se levantou da mesa.

_ Júlia, tô velho pra isso. 24 anos! 24!

_ Para com isso, deixa o preconceito de lado e ela te correspondeu e é um sinal que não liga pra isso e nós vamos acionar nossos contatos e tirar ela de lá, ok? Vou te ajudar nisso.

_ Obrigada irmã, obrigada! Assim espero.

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