A casa estava funcionando normalmente mas hoje não era dia de show da deusa máscarada mas ela estava alí, limpando o chão, e alguns roxos eram perceptíveis no braço dela pois Bernard podia não fazer nada contra Sol diretamente, mas descontava de outras maneiras sempre que podia e assim todo serviço pesado ficava pra ela, e ela o fazia sem reclamar pois sabia que sua vida estava prestes a mudar pra sempre e nunca mais teria que voltar a esse lugar.
Hoje o contrato seria finalmente assinado, Fausto sumiu por alguns dias mas mantia Lucas se encontrando com Sol para que Bernard pensasse que ele havia se cansado dela, e logo o amigo também para demostrar que ela era apenas uma puta para eles dois.
Entraram um grupo de homens que pediram as melhores bebidas, altos fortes, e pareciam ter muito dinheiro.
Bernard logo se animou, e foi até eles que pediram um quarto somente para os 5 e 1 garota apenas. Sol que agora estava próximo ao escritório dele e terminava o chão, o viu bebendo e a olhando, ela se apressou para terminar e sair dali mas ele foi mais rápido.
_ Logo ele volta aqui e pega outra novinha, você foi só um presente que não tinha sido usado ainda! - Disse ele a provocando.
_ Com licença! - Disse ela tentando passar, ele não permitiu e a segurou empurrando pra dentro do escritório.
_ Você se acha, e precisa de alguém para tirar isso de você. - Dizia ele irritado.
_ Você está bêbado Bernard, por favor chega!
_ Chega pra você, cansei disso. Daqui a pouco vem o amiguinho dele assinar o contrato e ele nunca mais volta aqui! - Disse aumentando a voz e a agarrando com violência.
_ Me deixa em paz. Você está caindo de bêbado. - Ela tentou sair mais ele a pegou antes.
_ Vou te ensinar a ter respeito, vadia!
Ele a empurrou contra a parede fazendo ela bater a cabeça, e depois foi até ela a segurando pelo cabelo e a jogou contra a mesa, e forçava a cabeça dela várias vezes contra a mesa, e seguiu depois dando uma série de tapas no rosto dela, e com mais violência ainda a jogou no chão e montou em cima dela. Paloma que passava por ali se deparou com aquela cena pavorosa.
Ela por instinto, pegou uma cadeira e quebrou nas costas dele fazendo com que ele caísse desmaiado ao chão.
_ AMIGA, AMIGA! Responde por favor, responde. - Era inútil Sol estava apagada, foram vários golpes nela, e alguns direto a cabeça. Paloma começou a escutar gritos e viu que havia fogo em algumas partes da boate, ela continuou tentando acordar e a carregar a amiga mas não conseguiu e decidiu buscar ajuda.
Bernard que estava acordando naquele momento viu ela ali caída, e pegando uma tesoura na mesa foi na direção dela.
_ Você nunca foi minha, e não vai ser de mais ninguém! - Disse ele indo com a tesoura na direção dela. Por um milagre Sol despertou e por reflexo segurou a tesoura com o resto de força que pode e quando não aguentou mais a desviou da direção do peito dela acertando a perna dela o que a Fez gritar alto.
Uma barulho foi ouvido, e ele foi ao chão um tiro o fez cair. Paloma apenas gritava de longe, e Sol a partir daquele momento vinha apenas alguns flashes, vozes, alguns homens mascarados, ela sendo levada para algum lugar, de repente um hospital, e apagou.
Manhã do dia seguinte
Fausto chegava desesperado no hospital e viu Lucas e Paloma ao longe.
_ COMO ela está? Como? - Perguntava desesperado.
_ O médico ainda não deu notícias. Tenta, tenta se acalmar.
_ Mas que MERDA! Eu vou matar a todos.
O plano era simples e se ela corresse o menor perigo tinha que ser abortado. Incompetentes, eu os mato com às minhas próprias mãos! - Praguejava ele.
Paloma foi até ele.
_ Seus homens não tiveram culpa alguma! Tudo estava correto, mas Bernard havia levado ela para o escritório dele, quando eu passei pelo escritório vi ele espancando a Sol, estava bêbado, eu o golpeie e ele caiu desmaiado, quando vi o fogo fui pedir ajuda porque não conseguia carregar ela só, pensei que ele não acordaria antes ou que estivesse morto porque a pancada que eu dei nele foi forte, foi questão de segundos, eu não demorei, eu fui até o corredor e encontrei seus homens, eles nos procuravam, e quando voltei com eles ao escritório ele tentava matar ela com a tesoura.
Ela foi amparada por Lucas, e começou a chorar de despero.
_ Parentes de Solaris Santos? - Entrou o médico.
_ Nós, eu sou o namorado, e ela a amiga. - Disse ele que já a considerava assim.
_ Ela, está em observação. Recebeu muitos golpes principalmente na cabeça e por um milagre ela não teve traumatismo crâniano, está com duas costelas quebradas, um braço que por sorte teve apenas uma lesão forte mas sem maiores danos, escoriações, e por fim a perna que faltou pouco para não ser cortado nenhum músculo ou ligamento por conta do corte profundo, ela vai ficar em observação e sedada por um bom tempo por causa da dor. Mas vai se recuperar!
_ Obrigada, doutor! Eu posso vê-la?
_ Sim, poucos minutos.
Ele entrou no quarto dela, não podia crer que ela estava ali, ligada a aparelhos, com toda a cabeça enfaixada, fraturada, ferida, justo ela? Que já havia sofrido tanto na vida? Ela não merecia.
Ele ficou por alguns minutos ali, e a enfermeira veio avisar que ele tinha que sair mas antes disse.
_ Você é uma guerreira, sempre foi e vai sair daí. Eu te amo, Sol. Te amo, você ouviu?
1 mês depois e Sol havia tido melhora, mas não podia se mexer muito, sentia o corpo como se tivesse sido picotado. Ela apenas acordava, e apagava novamente.
Mas numa manhã ela acordou e viu Paloma sentada em um banco e com a cabeça na cama dela, ela passou a mão sobre os cabelos dela e disse.
_ Acorda, mulher!
E aí, o que acharam? Sol precisa mudar essa sorte dela não é?
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Beijão a vocês.
