32. Thau..

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Uma bela noite caia naquela sexta feira e Fausto que estava há 1 mês fora de casa por conta das reuniões mais uma vez estava ao telefone.

_ Eu não sei o que você vai fazer, mas dê um jeito!!! Eu quero o paradeiro dele até se ele estiver no inferno. — Ele encerrou a ligação vendo se havia falado alto demais. Sentou por alguns minutos e terminava de se arrumar, um terno preto bem alinhado como sempre, um bom perfume, foi ao espelho e deu mais uma arrumada na gravata até que alguém bateu a porta, ele estranhou pois não foi avisado pela equipe de segurança.

_ Júlio, quem está na minha porta? Eu disse que não recebo ninguém sem saber que é antes, ainda mais agora!

_ Desculpe, senhor ela disse que era importante... Magnólia!

_ Que diabos ela faz aqui?

_ Ela só pediu pra subir, como a conhecemos...

_ Ok, — Ele apenas desligou o celular e ficou irritado e também confuso pois não fazia ideía do que ela fazia ali. Foi até a porta e abriu. — O que faz aqui Magnólia? Deve ser urgente! Aconteceu algo em casa? Minha irmã está bem? Minha esposa?

Ela apenas o olhou e pode notar que pela elegância ele iria sair, e sentiu um pequeno arrepio de felicidade e excitação ao vê-lo. Ela apenas entrou devagar e estava elegante e bem vestida tbm, e sem a roupa formal de governanta.

_ Me desculpe o incomodo é que eu precisava falar com você urgente e longe de todos, principalmente da sua esposa, eu.. eu.. sinto que preciso ou iria ficar louca, e não estou aqui como sua governanta e nem como sua amiga de anos, estou como uma mulher que precisa desabafar o que sente...

Ele a olhava confuso e sem entender o que ela fazia ali vestida daquela forma e com o desespero em mãos.

_ Bom, fique calma seja o que precisa eu posso te ajudar, só fiquei surpreso com a sua presença, poderia ter ligado e dito.

_ Não, não poderia ser por telefone, tinha que ser pessoalmente, te olhando e e... — Ela puxou a mão dele pra perto e tentava achar as palavras corretas... -— Eu, é que, eu sinto por você...

_ Olha já estou pronta e maravilhosa pra você!! — A porta do banheiro se abriu e Sol saiu bela e usando um vestido vermelho, com uma bela fenda na perna, cabelos soltos e cacheados, um perfume que sentia de longe, ela olhou Magnólia de frente e com uma cara fingida. — Magnólia, que surpresa você por aqui? O que houve?

Magnólia sentiu que o chão se abria e caia dentro dele se perguntando o que ela fazia ali, ela apenas soltou a mão de Fausto sem graça e deu alguns passos tentando achar uma reação ou explicação lógica de estar ali e daquela maneira.

_ O que senhora faz aqui? — Disse ela tentando disfarçar e pensar em algo.

_ Ele é meu marido, tolinha!! Esqueceu? Agora o que não faz sentido é você aqui a sós com ele e tão longe de casa. — Disse ela em tom de brincadeira e finalizando mais séria.

_ Eu... Eu... É que pensei que a senhora estaria...

_ Em casa...  mas sabe é que eu estava morrendo de saudades dele e não aguentei... Tive que vir, e então sobre o que é tão urgente que não pode esperar a volta dele?

Magnólia ainda tentava achar as palavras enquanto tentava tbm segurar o ódio pois contava que essa seria sua oportunidade de ouro para abrir seu coração e dizer o que sentia há tantos anos e se perguntava como ela poderia ter chegado ali tão rápido... Fausto ainda a olhava com curiosidade também, Sol apenas sentou a frente dela e a encarava fingindo não saber de nada.

_ E, então Magnólia? Deve ser importante não é ? Eu tbm estou curioso...

_ Eu... Eu... Preciso de dinheiro emprestado... Uma grande quantidade e e... Eu não podia falar por telefone porquê... Era, é um assunto delicado... É, pra uma tia minha que está muito doente... — Disse ela apertando as mãos e tentando não gaguejar nas palavras mas era difícil inventar uma boa mentira de última hora.

_ Bom, vou deixar um pouco a sós já quê é pessoal, amor vou terminar a maquiagem sim?

Magnólia a olhou com ódio, e Fausto ficou sem entender. Por fim conversaram e ela tentou ao máximo parecer convincente, Fausto a olhava curioso e sem ainda entender muito.

_ Bom, eu ainda achei desnecessário você ter vindo aqui eu podia ter feito a transferência era só me pedir, têm minha confiança, mas fique tranquila o dinheiro vai estar na sua conta, algo mais? — Disse paciente e mexendo ao celular.

_ Eu queria dizer uma última coisa... É,

_ Amor, tô pronta podemos ir ou ainda vai terminar com a Magnólia? — Sol estava atrás da porta escutando e esperando a deixa certa para aparecer.

_ Não, minha vida. Magnólia já acabou. Peça ao Júlio pra providenciar sua volta, e fique tranquila tudo acabará bem.

Ela fez cara de poucos amigos e agradeceu a ele.

_Claro, bom acho que não me resta mais nada a fazer. Vão jantar?

_ Vamos sim, programa de casal você entende não é mesmo? Muito dias sem se ver dá muita saudade, não é? Bom, uma boa viagem de volta e espero que dê tudo certo.

Antes que ela se oferecesse para participar do jantar já que veio disposta a tudo, Sol mais uma vez acertava o tempo certo, e com muita fingimento passou seu braço pelo dela e foi caminhando até a porta com ela, voltou por alguns segundos e entregou a pequena mala de rodinhas a ela na porta.

_ Até mais Magnólia. — Fausto já estava ao telefone dando ordens para que Júlio providenciassem o regresso dela e a saída deles.

Sol apenas olhou de volta e disse:

_ Sei bem o que quer e não vai conseguir! Toma muito cuidado porquê numa dessas a sua máscara cai e ele vai vê isso! Thau querida! — Sol apenas bateu a porta e se encostou nela respirando profundamente.

Acho que a guerra foi declarada depois dessa  👀 👏🏾 Mas Dona Sol tá ficando esperta.

Deixem não comentários.

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