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Coringa

Terminei meu almoço e o segurança abriu o cadeado e veio até mim,pegou a bandeja e saiu.

Fiquei fitando o teto até a enfermeira que me dá os remédios entrar,ela retirou a seringa da maleta e aplicou algo em mim, provavelmente algum remédio.

Não sei pra que me dão isso,nem tô doente.

Todos aqui me tratam como se eu fosse um maluco,bom eu sou mais esse não é o fato.

O fato é que deveriam me tirar desse caralho,e deixar eu viver minha vida.

Me deitei sobre a cama dura que tinha ali e fiquei olhando fixamente para o cadeado.
Eu tenho força o suficiente para arrebentar aquilo ali,nem pra colocarem um dos bons,euem.

Depois de um tempinho uma moça se aproximou da cela,ela não estava vestida como enfermeira,estranho.
Ela tem cabelos castanhos escuros,veste uma calça jeans e um moletom,suas bochechas são levemente rosas e seus olhos são mel escuro.

Bonitinha, até.

Ela mostrou um papel para o segurança e ele autorizou a passagem dela,deve ser mais uma que acha que vai tirar alguma informação de mim,está totalmente errada.

Ela arrastou uma cadeira até a mim e se sentou,encarei a mesma que tinha uma prancheta em mãos e uma caneta,ela olhou para mim e eu continuei a encarar,olhei para a ficha e vi que seu nome também estava ali, bárbara passos,hm.

—ok,isso é constrangedor.-ela fala baixo enquanto se arruma na cadeira.


Não respondo,apenas fixo o olhar sobre ela.

— não irei te forçar a nada,apenas tenho que cumprir minhas obrigações,caso não queira responder,não responda.-ela anotou algo no papel e voltou seu olhar para mim.

Continuei em silêncio,não ia baixar a guarda só pq ela é gostosinha.

—posso começar?é só afirmar com a cabeça ou algo assim,sei lá.-ela disse e eu rio baixo.–vou considerar isso um sim.

E assim ela ficou quieta até um certo ponto,eu estava amando isso.

—está incomodada,mocinha?-falo em um tom um tanto quanto,intimidador.

—posso fazer isso o dia todo!-ela sorri e eu desvio o olhar.–mais não posso, então faz o favor.

Permaneci calado,tô foda-se pra ela.

Ela se aproximou e tocou meu ombro,meu corpo gelou.
Ninguém nunca havia tocado em mim,a não ser para se arrastar pedindo para eu não o torturar;

Meu corpo se encheu de calafrios,minhas pernas falharam e borboletas se formaram pela barriga,um no se formou na garganta e que porra é essa?!

Tirei a mão dela dali e ela coçou a garganta.

—eu só estava arrumando,grosso.-ela se finge de ofendida.

—vc não deveria fazer perguntas,igual as outras universitárias gostosas?-arqueio uma sombrancelha.

—Depende,se vc não se sentir bem,não irei obriga-lo.

Ótimo,pelo menos eu polpo saliva.
Não sei porque ficam me fazendo mil perguntas!
É só me deixar mofar aqui,eles sabem que quando eu sair eu irei matar quem eu quiser,tô pouco me fudendo.

Ela saiu e eu voltei a encarar o teto.

Aquelas coisas que eu senti quando ela me tocou não é normal não,se fude.

Menina infernal,não sai da minha cabeça.

Parece chiclete,caralho!
Deitei novamente e fiquei me mexendo até achar uma posição confortável.

E eu só pensava nela,tô precisando fuder alguém mesmo em.
Hm ela deve ser apertadinha...
Caralho coringa para com isso,que inferno também.

Vou é dormir que eu ganho mais.

Psicopath.Onde histórias criam vida. Descubra agora