Psicopath.

006

Coringa.

Ela se sentou na minha frente e eu fiquei a olhando,ela mantia uma expressão tão calma, ninguém nunca fica Assim próximo a mim.

Sempre estavam assustados,com medo de que eu possa fazer algo,mais ela.

Ele é diferente, totalmente diferente.

—oi,hoje eu vou fazer uma experiência diferente com você.-ela diz e eu tranco o maxilar.

—tudo bem.-respondo.

—olha,eu fiz algumas pesquisas e com isso veio a conclusão de que vc precisa de uma distração,algo que faça vc se acalmar sem forças ou uma arma de choque,isso talvez neutralize sua raiva.-você,talvez.

—e oque seria isso?-me faço de Kátia.

— yôga, música,um esporte,ou talvez uma comida,não sei mais vamos tentar,isso seria um passatempo pra vc se distrair.-ela diz enquanto olha sua prancheta.

— você me acalma,eu gosto de você.-passo o meu polegar pela sua bochecha.

—como assim?-olha pra mim.

— você me faz bem,eu gosto  de estar aqui com você.

—-é eu não sei oque falar.

—tudo bem,vamos começar?-falo grosso,afinal isso me deixou desconfortável.

—não se sinta mal,eu gosto de vc,está sendo uma experiência legal,mais eu não poderia me envolver com pacientes.-ela diz e desvia o olhar.

—pq? simplesmente pq?

—pq seria errado e...

—eu sou louco,tudo bem.-desvio o olhar e começo a estralar os dedos.

—ei.-ela puxa minha mão e massageia ela.—você não é louco,vc precisa de ajuda,só disso.-olho para ela.

—eu não quero uma ajuda,EU QUERO VOCÊ NAO ENTENDE ISSO?TODO MUNDO ME TRATA DIFERENTE,EU ERREI EU SEI MAIS EU TO TENTANDO CONSERTAR AS COISAS,PORQUE VOCÊ NÃO SE JUNTA A MIM?PODEMOS ASSALTAR BANCOS E VIVER FELIZES!-sorri para ela.

Ela vem até mim e faz carinho na minha bochecha, tentando me acalmar.

Me sento denovo e começo a encarar o teto.

—tá tudo bem,tudo bem.

—me desculpa,eu não queria te assustar.

— amanhã começamos a terapia,chego mas cedo okay?tchau.-ela pega suas coisas e sai.

Eu estou triste,pq eu faço tudo errado?

Eu queria poder conversar com ela sem ela estar martelando na cabeça que eu sou horrível,uma pessoa medrosa e horrível.

Eu sempre tenho que errar,burro burro burro!