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Babi

-babi,eu confio em você, de olhos fechados,como nunca confiei em ninguém,eu gosto de estar com você e quero conversar.

Ouvir essas palavras foi tão,bom.
Olhei para seu rosto,e ele estava tranquilo,um sorriso estava em seus lábios.
O que eu mais queria era devora-los mais,sabia que não podia.

Me sentei novamente e olhei para ele,que olhou para mim.
Sorri envergonhada e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Olhei novamente para ele,ele estava atraente,seu físico muscular era simplesmente perfeito,seus músculos eram fortes e sua camisa os realça.
O sorriso em seu rosto é perfeito, suas covinhas são lindas e seus olhos... são perfeitos eu diria.

-tudo bem?-ele me pergunta, fazendo eu sair de meu transe.

-claro, você queria dizer?

E assim começamos nossa consulta.
Como todos os dias,bom quase todos;
Ele disse e prometeu que iria tentar mudar,e eu disse que apoiaria qualquer escolha sua,oque era meio verdade.

O tanto que ele guardou para ele mesmo, o tanto que ele sofreu,me dá dó de nunca ter ajudado ele,bom eu não poderia.

Terminamos a terapia e eu pensei em passar na sala do Sr.Vasconselos para arrumar um certificado para poder passear e levar ele a um lugar.

Bati na porta da sala dele e ouvi um "entra".

Entrei e ele me olhou.

-barbára! sente-se por favor.-Sr.Vasconselos diz.

-olá.-sorri para ele que folheava uns papéis.

-Bom,oque te trouxe aqui?soube que vai muito bem,com seu paciente.-ele larga os papéis e olha pra mim.

-queria dizer sobre o desempenho do coringa,ele está bem,está se acostumando e se envolvendo na terapia e nas consultas, realmente ele mudou bastante e evoluiu desde a primeira visita.

-que ótimo!ele nunca esteve realmente bem.-sorri.

-Bom...

-desembucha babi.-ele ri.

-eu quero um certificado para poder sair com ele,só uma vez,por favooor,acho que seria bom para o...

-tudo bem,filha não precisa de tanto esforço,confio em você.-ele sorri e me entrega um papel assinado por ele.

-obrigadaaa,te devo essa.

Sai da sala saltitando horrores,passei pelos corredores e os seguranças me olharam feio,mandei o famoso dedo do meio e segui até o quarto do coringa.

Bati na porta e não ouvi ninguém, então entrei só pra ver se estava tudo bem.

Mais,oh que horror.
Coçei a garganta e eles me olharam,no caso Victor e a enfermeira.

Ela me olhou envergonhada e eu sai do quarto.

Ver ele com ela é estranho, muito estranho.
Fui até o banheiro e fiz minhas necessidades,lavei minhas mãos e sequei elas.
Sai do banheiro e bati de cara com a enfermeira, muita sorte pra um dia só.

Pensei em deixar para contar a Victor amanhã,mais minha curiosidade de ele não aceitar ficou maior.

Me dirigi até o quarto dele novamente,e bati na porta, obviamente.

Ele abriu e me olhou abrindo um sorriso sem graça.
Entrei no quarto e fiquei em pé na frente dele.

-Eh, você gostaria de sair?tipo ir em algum lugar fora daqui?-pergunto pra ele.

-claro,já faz meses que estou aqui.-ele suspira.

-então, amanhã a gente vai ir em um lugar,se vc quiser,claro.-sorri.

-serio?como?-ele pergunta curioso e franzi o cenho.

-consegui um certificado com o Sr.Vasconselos,ele é legal, conheço ele a um tempo,é amigo do meu pai.

-obrigada,babi.-ele me abraça e eu retribuo.

-denada,vic.

-me desculpa por hoje mais cedo.-ele abaixa a cabeça.

-ha,eh, não deveria ter entrado sem avisar,culpa minha.-digo.

-na verdade,eu não beijei ela,ela se jogou quando vc abriu a porta.

-você não me deve satisfação,tudo bem.-balanço a cabeça em confirmação.

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