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Coringa

Como alguém muda assim?tá que eu mudei rapidamente também.
Mais o que me encanta na Babi, é a alma dela,a pureza e a delicadeza. Porém esse encanto já se foi,e tudo por minha culpa
>só minha<

Chegamos em um galpão abandonado,onde eu custumava vir pra pariar a cabeça,descansar a mente e esquecer de tudo.
Ela desceu do carro levando sua arma e eu desci junto, pegando minha M4.
Ela andou saltitando até a grande porta e a abriu.
Eu entrei em seguida e vi tudo como sempre esteve;
Sujo.

—aqui é imundo.-ela disse rindo e eu revirei os olhos e sorri.
—vc morava aqui?-ela pergunta e eu nego.

—na verdade eu nunca tive um "lar"-fiz aspas com as mãos.-de verdade,sempre morei por aí. O único lugar permanente que eu tenho, é minha casa. No caso a ex casa do meu pai.-eu digo e ela sorri, envergonhada.

—oh,ah,eh. Ata sim é,vamos?precisamos achar um lugar e eu acho que tem gente que já descobriu onde a gente tá.-ela diz se aproximando de mim e eu assinto,dando um selinho leve nela.

Saímos pelos portões e entramos no carro,dando partida para a antiga casa do meu pai.
Ninguém nunca nos acharia lá, ninguém sabe sobre meu passado,ou sobre meu pai. Apenas eu e ela.

Saimos do carro e eu pude ver a casa,do mesmo jeito.
Quando meu pai morreu,ele deixou uma grande fortuna em meu nome,e eu apenas doei os 25 milhões para um orfanato qualquer.

Quando ela fechou a porta,eu acendi meu isqueiro e joguei dentro do carro, derramando o litro de álcool puro.
A fumaça subiu e o fogo se alastrou pelo carro.

—eu gostava desse carro.-ela revira os olhos e eu ri, abraçando ele de lado.

—vamos?-eu pergunto e ela assente.

Entramos na casa e tudo estava do mesmo jeito,desde a marca de sangue,até a chaleira de café.

Quando meu pai faleceu,eu fui morar em um orfanato, horrível.
Não tinha comida que dava para todos e nem roupas boas,com 14 anos eu cansei dessa vida e comecei a dar meus próprios pulos.
Mesmo indo pelo caminho ruim,eu nunca machuquei nenhuma criança,mulher ou idoso;com exceção de alguns,rs.

Eu sou tenebroso,tenho sangue ruim jorrando nas minhas véias.
Eu vivo por mim,somente por mim. Isso pode soar como alguém que não tenha coração,porém eu tenho.
E a única pessoa que domina ele,e meche com meu psicológico é ela.

Somente ela!

—vc nunca vem aqui?bom vc sabe,antes.

—não,desde o acontecimento,eu nunca vim aqui.

—okay...

Ela arrumou uma vassoura antiga e começou a varrer.
E eu apenas olhava ela.

—toma.-ela me entrega a vassoura e eu reviro os olhos, começando a varrer.

Acho que agora minha vida muda,eu acho.

Psicopath.Onde histórias criam vida. Descubra agora