Sinto Muito

Grávida Guadalupe vai trabalhar de babá.

Célio estava em frente a uma casa, muito bonita, com uma ampla área, estacionamento aberto, uma piscina na entrada, vários cômodos, arvores e flores, seria um verdadeiro paraíso, quem moraria naquela casa? Era a pergunta que se fazia, ele toca a campainha algumas vezes, mais ninguém vinha atender a porta, quando já cansado de esperar ele vai em direção ao seu carro, quando de repente vem se aproximando em um outro caro, Pamela e sua mãe, que estava dirigindo o carro e ela com a filha nós braços no lado de trás do veículo, Ele fica sem entender nada, o que elas também faziam naquele local? Val vai parando o carro devagar ao lado do genro, Pamela desce do veículo e se aproxima dele com a filha em seus braços, Célio logo abri um sorriso em sua boca ao vê a filha, e logo a pega em seus braços, beijando-a várias vezes. Ao entrarem na casa Pamela conta para ele, que decidiu está junto dele, que lhe fazia falta para ela e a filha, que compraram aquela casa para ficarem juntos como uma família, Célio no princípio não gostou muito, mais como estava com problemas com Pedro, estava já procurando um outro endereço para ele.

 Guadalupe senta no banco da praça, estava algumas mães brincando com seus filhos, logo ela se imagina também brincando com o seu, o banco em que ela sentou dava para olhar a loja que trabalhou, estava fechada, alguns dias que não se via ninguém trabalhando lá, será que se mudaram para outro endereço?  Uma folha de jornal chega trazida por um vento forte que deu ali, cai logo em sua frente, ela decidiu pegar a folha e vê um anuncio de vaga para babá em casa de família, seria outra oportunidade para trabalhar, e agora mais do que nunca, pois não ia seguir os conselhos de Joelma e lutaria sozinha para ter seu filho, não importa se é de Célio ou Pedro. 

 Val pergunta a filha o que Célio teria decidido e ela disse que ele adorou a ideia e que hoje mesmo estaria na casa, elas estavam tomando banho de piscina, em quanto a nenê estava repousando na rede debaixo da sobra das árvores.

 A campainha da casa toca, Pamela que estava já dentro da piscina pede para a mãe e ver quem é, e sua mãe vai se aproximando do portão de acesso da casa, ao abrir o portão ela dá de cara com Guadalupe que logo diz que veio para a vaga de babá, Val pede para ela entra e fecha o portão, elas vão até onde sua filha estava, Pamela ao vê-las se aproximando sai da piscina, e com um sorriso no rosto cumprimenta Guadalupe que estava meio sem graça pela situação.

 - Vim pela vaga de babá. Disse Guadalupe.

 Pamela olha para a sua mãe que balança a cabeça com um sinal positivo, no fundo elas teria gostado da moça, diferente das outras que poucas palavras trocaram quando foram entrevistadas.

 Célio está colocando suas roupas dentro das malas, algumas já fechadas e outras abertas sobre a cama que dormia, no apartamento que dividia com seu amigo Pedro, ele teria feito uma ligação para o amigo avisando que estava deixando o apartamento, que sua namorada tinha comprado uma casa e ele estava indo morar com ela e a filha que tiveram, como estavam brigados Pedro pediu que ele deixasse a chave na portaria do condomínio, e assim foi feito, logo que terminou de arrumar suas roupas, o rapaz trocou a apartamento, levando toda as suas malas, e deixou com o porteiro a sua chave.

 Guadalupe estava muito surpresa com a casa que ia trabalhar, era muito grande, com um jardim e piscina na frente, só tinha visto algo assim nos filmes ou nas novelas que sua mãe assistia.

 - Na casa mora somente um casal e a criança. Disse Val.

 - A senhora não mora aqui?

 - Não. Vim só acompanhar a minha filha e logo volto para a minha cidade, boa sorte.

 - Obrigada!

 Precisaria mesmo de muita sorte, mal sabia ela que iria ser babá da filha do homem que ama.

 Pedro entrega uma pasta com os relatórios documentados de toda a rotina do traficante Gustavo e de como as pessoas na comunidade respeitam ele, e o domínio de seu território, mais o delegado pede para ainda não fazerem nada, que avisaria quando fosse agir.

 Guadalupe está colocando a filha do seu amor no berço, que dormia o sono dos anjos, e ela imaginando quando teria a sua (o) em seus braços, mais seus pensamentos estavam confusos, nem ao certo sabia quem seria o pai do seu neném, Seria Célio ou Pedro? Como fez amor com os dois só saberia quando a criança nascesse, varia exame de paternidade mais não ia conta ainda para nenhum dos dois, nem ao menos para a sua família, a única que sabia era sua amiga Joelma.

 Joelma consegui um revolve, e decidi guarda-lo debaixo de sua cama, pensava em usá-lo, mais não agora somente no momento oportuno, nesse momento veio em sua mente o momento que foi estuprada por Gustavo, era o irmão de sua melhor amiga, mais não ia perdoa aquilo e como tudo aconteceu.

 Célio chega em sua nova moradia, a casa que seria feliz com sua família, mal sabia ele quem seria a babá de sua filha, entra no estacionamento da casa e estaciona o carro de frente para a porta principal, ele desce do carro e logo tira suas malas para poder levar para dentro da casa, estava ele carregando suas malas para dentro, quando vê saindo descendo as escadas da casa, Guadalupe, ela acabara de sair do quarto da pequena, era assim que chamava a forma cariosa a filha de seu amor, sem saber, ele deixa uma mala cair no chão, chamando a atenção dela que logo o vê e se aproxima dele, os dois se olham bem no fundo dos olhos, se via o brilho.

 - Guadalupe, o que faz aqui?

 - Sou eu que devo te fazer essa pergunta.

  - Essa é minha casa.

  - Não pode ser, mais uma vez sou sua empregada.

 Pamela que estava preparando uma comida na cozinha, vê pela janela o carro de seu marido, vai ao encontro dele, e chegando a sala vê ele conversando com Guadalupe, ela se aproxima de Célio e diz que Guadalupe é a babá de Luiza, Guadalupe pede licença e vai para a cozinha, Pamela percebe que os dois ficaram estranhos e logo começa a perguntar o que teria acontecido, e ele apenas pede para a esposa o ajuda com as bagagens.