Capacho não; gente boa!

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Narradora

Donghyuck terminava de amarrar os cadarços do seu tênis já um pouco desgastado, pensando que a faculdade era uma nova fase da sua vida que estava o deixando bem próximo de uma indigestão. Respirava profundamente, tentando encontrar coragem para enfrentar mais uma instituição de ensino. Suspirou pesado. Não é muito fã, ainda que tenha vários certificados de aluno prêmio numa pasta separada em seu guarda-roupa.

Usava uma calça jeans num azul claro, não muito apertada, blusa moletom de coloração amarela, óculos de grau redondinhos que deixavam seu rosto um pouco mais redondo também. Seu cabelo estava no estilo Mullet. Penteou um pouco os seus fios acastanhados, passou perfume e pegou sua mochila no modelo carteiro. 

Descia calmamente as escadas enquanto checava se tudo que precisaria estava dentro da sua mochila.

Ao passar pela sala, podia escutar sua mãe cantando Lilac da IU, na cozinha.

E quando chegou à cozinha, tomou seu lugar na mesa de quatro lugares. Ficou no segundo assento da esquerda, pendurando sua mochila pela alça nas costas da cadeira.

— Dona Seungyeon... — assustou a mais velha, que parou de cantar e se concentrou em não deixar a espátula cair da sua mão.

— Menino! Você ainda vai me matar do coração! — exclamou, franzindo o cenho na direção do filho e puxando levemente a orelha do mesmo depois de passar a omelete para o prato com torradas e salada. 

Só faltava Donghyuck tomar o café da manhã. Ele ria baixinho, começando a comer sua refeição.

— Cadê o pai? — questionou, colocando a canhota na frente da boca já que ainda mastigava a comida em sua boca.

Seungyeon respondeu enquanto colocava suco de laranja — o preferido do seu filho — num copo de vidro. Devolveu a jarra à geladeira e pousou o copo do lado do prato do mais novo.

— Na padaria. As segundas são mais agitadas pela manhã e ainda que ele seja dono, gosta muito de frequentar lá, então... sabemos que qualquer motivo mínimo ele vai estar lá. — comentava despreocupada, riu soprado no final, olhando satisfeita para seu menino que comia sem preocupação. — Está nervoso? — optou por confirmar, sorrindo pequeno.

Donghyuck sorriu simples.

— Sim, mas nada fora do comum... — deu de ombros.

O sorriso da mais velha aumentou um pouco.

— Só seja educado e gentil que tudo ficará bem, certo? Você vai finalmente cursar gastronomia. O que você queria tanto fazer há tanto tempo. Não tem motivo melhor para se sentir motivado, hum? — acariciou os cabelos do acastanhado, tocando suavemente o nariz do mesmo de forma rápida. 

Hyuck sorriu, assentindo. 

— Não vai ajudar ele hoje? — fez uma expressão confusa.

— Sim, irei, estava só esperando você descer. Acha que seu pai vive sem mim? Que nada. Aquela padaria não existiria sem mim, viu? — convencida, cruzando os braços e piscando para o mais novo.

Dong teve que rir. 

— Não discordo. Agora vou indo. — terminou de comer as pressas e deixou um beijo no topo da cabeça da sua progenitora. 

Deixou o prato vazio na pia, saiu caminhando às pressas para escovar seu dente rapidinho e dar início à uma nova fase da sua vida.

Inopinadamente - Markhyuck. Onde histórias criam vida. Descubra agora