Só atividades mesmo?

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Narradora

Donghyuck tomou deu lugar no gramado, ao lado do canadense, aguardando que ele contasse o que parecia estar matando-o por dentro.

— Briguei com meu pai hoje mais cedo... — começou, entre suspiros cansados e movimentos negativos da sua cabeça. 

Contou sobre tudo que aconteceu na briga e o Dong ficou calado só ouvindo.

— A única coisa que sei é que não adianta argumentar contra. Eles sempre vão querer estar certos, então... sua única opção é tentar seguir até conseguir se sustentar só. — Hyuck,  esperando que Mark o olhasse, e assim que o mesmo fez, o primeiro citado sorriu pequeno.

Antes de falar algo, o Min olhou com muita atenção aos detalhes do rosto do mais novo. Ele é lindo. Está muito diferente do que costuma ser.

— Aconteceu alguma coisa pra você vim assim? — óbvio que ele não iria deixar de questionar.

Donghyuck sorriu soprado e Minhyung o achou ainda mais fofo.

— Sim. Eu acho que acordei. Tive uma epifania ontem... — suspirou pesado, olhando para frente e depois voltando seu olhar para Mark. — Acha que estou feio? — um pouco inseguro e corado.

— Não. Você está lindo. Muito lindo mesmo. — foi sincero, mas esqueceu que não devia ser tanto quando se tratava do mais novo.

— Ah, claro, né, sou eu! — sorriu grande, sentindo-se.

Mark revirou os olhos.

— Ei, quando vai começar meu treino? Hoje tenho dinheiro pra cobrar e não sei o que fazer se eles quiserem me dar um soco como pagamento. — riu sem humor.

— Primeiro temos que dar um jeito no seu físico... — comentou, se levantando.

Donghyuck fez uma expressão confusa.

— Você deve ser bem sedentário, né? — levantou uma das sobrancelhas.

Donghyuck fechou a cara.

— Sei que você é mais velho, mas isso não impede de querer te dar um soco. — simples. 

— Realmente... é só sua falta de coragem mesmo. Agora vamos. — batia na parte de trás das calças para tirar a terra que veio junto. 

— Então como diabos eu vou lidar com eles? Eles vão me bater... — comentava, franzindo o cenho enquanto caminhava ao lado do canadense.

O mais velho suspirou.

— Dá teus pulos. Foge. Sei lá... — deu de ombros.

Donghyuck ficou puto com aquelas patadas do mais velho. O deu um empurrão e saiu caminhando na frente.

— Vai se foder, brutamontes de merda! — proferiu, irado. 

Mark riu soprado antes de fazer a mesma coisa com o acastanhado. Fizeram isso só mais uma vez até voltarem a fazer o caminho para entrar na faculdade, onde todos já podiam os ver.

Donghyuck parou pra pensar um pouco nos elogios sinceros que recebeu do canadense e aquilo o fez sorrir, mas logo deu conta de cessar aquele sorrisinho.

Mark, por outro lado, acha muito lindo como Hyuck consegue ficar lindo em qualquer roupa. Pra ser honesto, sente certa tentação quando vê os lábios rosados do mais novo. Aí ele se pragueja por ainda estar tentando aceitar esse seu lado. E continuava tendo o mesmo questionamento interior de perguntar a Jeno ou Donghyuck sobre como foi a experiência deles em relação às suas devidas orientações sexuais.

Inopinadamente - Markhyuck. Onde histórias criam vida. Descubra agora