7,21 Earthquake

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Narradora

Haechan teve que ligar para a mãe e escutar muita coisa que não queria, como "eu te dou casa, comida, todo conforto, e você fica me tratando assim?", ou seu pai lhe esculachando, com palavras ainda piores: "você fica torturando sua mãe, sendo que ela só quer ficar do seu lado! A gente ficou sabendo que esse garoto também foi para essa viagem. Espero que você não faça nada do que se arrependa nesse lugar, Donghyuck. Sua mãe está já infartando aqui!".

A coordenadora não durou muito, ficou só até ouvir ambos trocando as primeiras palavras com a chamada no viva-voz. Obviamente o acastanhado não deixou no viva-voz quando ela saiu. Bateu no lado da cama que estava mais perto do moreno, com sua perna, chamando sua atenção e gesticulando para que ele fosse tomar banho.

— Por que você mentiu? Tá acontecendo alguma coisa? — Mark confuso, sussurrando enquanto passava nu na frente do mais novo.

Donghyuck sorriu fechado, negando com a cabeça. Proferiu sua resposta sem nenhum som, considerando que ainda falava com seus pais.

— Tá tudo bem. Depois a gente conversa. Vai logo.

O canadense não insistiu, seguiu pensativo ao banheiro. Seu banho foi um pouco demorado e silencioso, queria ouvir a conversa para tentar entender melhor a situação.

Só escutava Donghyuck suspirando, ou soltando estalos frustrados da boca, ou concordando com alguma coisa. Lavava o cabelo e se perguntava qual o motivo do mais novo se sentir tão angustiado assim.

Quando encerrou, secou seus cabelos parcialmente e prendeu a toalha envolta da cintura, saindo e dando de cara com o acastanhado super sério encarando o celular.

— Por que mentiu? — foi direto, parando em frente do mesmo.

Dong elevou o olhar.

— Só não tinha necessidade que você soubesse. Ela só está atordoada com o fato de que eu estou discordando de muitos dos pensamentos dela e fica me enchendo o saco.

— É só isso mesmo, Donghyuck? — cruzou os braços em frente ao peito, encarando bem o mais novo.

— Já disse quão gostoso você é quando fica sério assim? — óbvio que ele iria mudar de assunto, se levantando e trazendo o corpo do mais velho para mais rente do seu. 

— Hyuck, para de querer me enganar, responde logo. É isso que realmente está acontecendo? — segurou nos ombros do Dong, mantendo o contato visual.

— Sim. Vai deixar eu te beijar agora? — a voz nem tremia.

Mark quem deu início ao ósculo, segurando no rosto do mais novo com sua destra e jogando seu outro braço sobre o ombro do mesmo.

Donghuuck apenas agarrou a cinturinha do mais velho. Novamente, aquelas sensações de paz e tranquilidade tomavam ambos os corpos. Infelizmente não puderam continuar, pois tinham que se trocar e ir para o evento dos fogos.

— Vai logo tomar um banho. Daqui a pouco tem os fogos... — Minhyung, alisando a região debaixo do queixo do Dong com o indicador, ao mesmo tempo que ainda se olhavam. 

Haechan assentiu e desvencilhou-se dos braços do mais velho, seguindo para o banheiro. Mark foi secar o cabelo e dar um trato na sua aparência.

O mais novo sentia-se desolado, parecia que tinha cometido um crime. Estava desanimado e não sabia como reagir àquilo tudo. Odiava quando sua mãe agia assim e seu pai também. Será que era mesmo um monstro? Aquela não era a primeira vez.

...

Depois do incidente mais cedo, o Dong ficou quieto. Mark se encontrava tão preocupado que quando chegaram no local que marcaram de se encontrar, suas mãos coçavam de tanta vontade que tinha de fazer algo em pró de melhorar o humor do mesmo.

Inopinadamente - Markhyuck. Onde histórias criam vida. Descubra agora