Inopinadamente - Markhyuck.

Killing Our Way To Heaven.

Leiam escutando Needy da Ariana Grande e Are You That Somebody da Aaliyah.
Boa leitura! 💚
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Narradora 

Donghyuck vestiu só um conjunto moletom qualquer para o proteger do frio da madrugada. Estava um pouco nervoso. Conseguia ouvir a Olivia Rodrigo cantando Dejavu dentro da sua cabeça de tão similar que era aquela situação, porém, quem estava desesperado na outra situação era ele.

Queria o Huang a todo custo. Não importava como. Parando para pensar enquanto chamava um uber e pegava sua carteira, será que tentava algo mais diferente com o canadense? 

Quando estava com Renjun, morria de medo de o assustar com suas peculiaridades mas descobriu que gostava de dominar a situação, brincar com cordas, ver seu parceiro implorando para si e só de imaginar Minhyung em situações assim, sua respiração ficava pesada.

Não gosta de ser passivo. O irrita de um jeito que não sabe explicar. Do seu ponto de vista, é bom quando se tem um namorado fixo pois é melhor para penetração. Independente de quanto cuidado tivesse, sempre doía muito e ele não conseguia aproveitar nada. Era um inferno. 

Donghyuck prometeu a si mesmo que quando se tornasse de maior, iria tentar dar início no BDSM. É uma prática que lhe atrai muito mas sempre se achou muito novo para isso. Os caras que via em alguns sites eram sempre mais velho ou no mínimo na casa dos trinta.

De modo geral, ser dominador ajudaria bastante na sua autoconfiança, contudo, o maior problema está aí: a falta de confiança em si. Ainda está aprendendo a se amar, respeitar e ter mais consideração. Não é como se os dominadores já nascessem sabendo como amarrar alguém de ponta-cabeça e um Kama Sutra decorado na cabeça, mas além da raiva por se diminuir perante pessoas mais experientes, ele se sente frustrado.

Agora já está de maior. Mesmo que Mark não ache interessante, pode tentar com outro cara e assim segue.

O uber chegou e lá estava o acastanhado, sendo levado para a casa do canadense. Seu coração batia forte, porém precisava se conter. 

...

Mark perguntava para si mesmo se ia pro banheiro depilar-se ou só surtava esperando o coreano no sofá da sala. 

Nossa, como se sentia indecente...

Conferia o celular a todo momento. Apertava fortemente a barra da regata preta que usava. Estava adorando o fato de que só ganhava mais corpo com a dieta que Donghyuck fez para si. Finalmente conseguia olhar com mais carinho para o espelho e se sentir melhor consigo mesmo.

Decidiu não passar os bois na frente dos carros e ficou quietinho no sofá até o mais novo chegar. Só tinha a luz da sala acesa. Seu coração aumentou de velocidade quando ouviu o som de um carro parando em frente sua casa.

Ouviu ele pagando e se despedindo do motorista. 
Passos ficando ainda mais próximos ao decorrer dos segundos. 

Três batidas na porta. 

Seu coração estava já parando mas criou coragem e se levantou para ir abrir a porta. Puxou ar para seus pulmões e encarou o mais novo quando a porta foi aberta. Dava pra sentir o olhar dele por todo meu corpo. Fazia com que cada célula sua queimasse. 

Finalmente seus olhos se encararam. Estava esperando um elogio... mas não iria admitir aquilo. Talvez aquele fosse o momento mais transparente entre eles.

— Então é essa a obra de arte que você esconde debaixo de tanta roupa... — comentou, aproximando seus corpos, sentindo suas respirações se atravessarem.