Little Do You Know

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Narradora

Mark tratava os machucados do mais novo com cuidado, enquanto este se aproximava aos poucos do canadense. 

— Me fez lembrar da gente na praça... — comentou como quem não queria nada, mas o sorriso malicioso em seus lábios fez com que o Min corasse um pouco mais.

— Foi seu delírio, provavelmente.

— Jamais. Impossível. Acho interessante que consigo te deixar sem estruturas assim... — gesticulou seu indicador de forma suave ao insinuar a situação do mais velho como exemplo.

— Você não me deixa sem estruturas, só não gosto da sua fruta. Simples. — falava, mas logo lembrou da sua situação com Joshua, em pequenos flashs.

Se sentiu um cara de pau.

Donghyuck negando a cabeça.

— Que cara lisa, hein!? Eu sei que você só não tem interesse em mim, Mark. Não sou bonito como aquele carinha... como era o nome? — se perguntou, olhando para cima rapidamente, mas deixou de lado e retornou para Mark. — Enfim... está tudo bem. — recuou seu corpo e relaxou seus ombros após um suspiro.

Mark não gosta de ser mal compreendido, então instintivamente rebateu a fala do acastanhado.

— Você não é feio. Também não é assim... — logo foi interrompido.

— Então quer dizer que eu tenho chance? — voltou a encarar mais velho, como se pudesse ver sua alma.

Mark odiou conhecer aquele lado extremo do Lee, que colocava palavras em sua boca, propositalmente.
Mas Donghyuck adorou fazer isso, justamente por perceber que Mark gostava de se explicar, aparentemente. 

— Cala a boca! — Mark, franzindo o cenho e apertando o machucado do mais novo ao pressionar a bolsa de gelo, que agora o acastanhado quem segurava.

Donghyuck gemeu de forma dolorosa, mas exagerou de um jeito considerável.

— Só calo com um beijo seu. — fez bico.

— Nem em seus sonhos. — debochou, fazendo careta de desgosto, mesmo que vermelhinho.

— Você não pode querer controlar meus sonhos. Que tipo de ditadura é essa? — fingiu esbravejar.

Min rolou os olhos. 

— Não vou beijar você. Qualquer outro homem, menos você. — sua convicção fez o Dong se sentir desafiado.

— Você ainda vai se arrepender de dizer isso. Tenho certeza. Nem que eu mesmo faça você se arrepender. — semicerrou seus olhos, ou na verdade, só um olho, considerando que o outro já estava assim pelo inchaço. 

A conversa se encerrou não pela falta de determinação do canadense em provar que ele estava certo, mas por Jeno que adentrou o cômodo.

— Donghyuck-aah? Você está bem?? Ah, que alívio! — concluiu com um suspiro ao ver o mais novo sorrindo e assentindo para si. 

Caminhou até estar perto o suficiente do Dong. O acastanhado se levantou assim que Mark encerrou os cuidados e curativos. 

— Seria muito inconveniente pedir seu número agora? — Jeno, rindo fraco. 

Donghyuck riu também.

— Bom, de certa forma... mas não acho isso. Me dê seu celular. Irei passar. — estendeu sua mão. 

Minhyung seguiu quieto, apenas devolvendo o kit médico para seu devido lugar e jogando as embalagens no lixo. Pensar nas atitudes do acastanhado o fazia sorrir de forma debochada. Quem ele pensa que é para querer saber tanto assim de si quando mal se conhecem?

Inopinadamente - Markhyuck. Onde histórias criam vida. Descubra agora