1,27 Earthquake

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Narradora

Mark estava acostumado a acordar cedo, então não ficou surpreso ao despertar as seis em ponto da manhã. Estava muito frio e sentia suas pernas doerem um pouco, juntamente do seu quadril. Ao passar do tempo, ia tomando mais consciência do seu redor. 

Donghyuck estava o abraçando e com o rosto rente ao seu pescoço. Ajeitou com calma o lençol sobre seus corpos, se esforçando para não acordar o mais novo, mas não deu muito certo. O moreno sorriu simples, e o acastanhado retribuiu da mesma forma. 

Ficaram ali, agarradinhos, só descansando e aproveitando aquele aconchego tão bom. Tudo parecia tão devagar, tão calmo. Fazia muito tempo que sentia aquela paz. Em casa mal conseguia dormir a noite com medo, ou deixar de se preocupar com trabalho, comida que estava faltando... sempre estava com os nervos à flor da pele. 

— Você já tá com o pensamento longe de novo... tá pensando em que? — Donghyuck, remexendo-se ao lado do canadense para que pudesse o olhar melhor. 

Minhyung riu fraco, negando com a cabeça.

— Em nada. Só... olhando pro teto. — respondeu, se espreguiçando. 

— A gente tem que se arrumar e ir pro café da manhã... — Hyuck, fazendo a mesma ação que a do canadense.

— Aí, zero vontade de sair desse quarto. Se eu pudesse, ficaria trancado, nesse momento, pelo resto da minha vida. — aconchegou-se ao corpo quentinho do mais novo.

Donghyuck mentiria se dissesse que não estava gostando daquilo. Deixou um beijo rápido na testa do moreno.

— A gente se arruma, vai comer, depois a gente dá uma voltinha com os meninos. O que acha? — dava tapas leves no ombro do mais velho. 

— Só isso...? — insinuoso. 

O acastanhado levantou uma das sobrancelhas. 

— E o que mais você quer? 

Mark apoiou suas mãos uma de cada lado do rosto do mais novo, e posicionando seu joelho entre as pernas do mesmo com o mesmo propósito. 

— Que você me fodesse no banheiro, bem devagar... — deixou um beijo molhado no maxilar do acastanhado. Seu tom provocativo causou arrepios no corpo do mesmo. 

Donghyuck até tentou o impedir de sair, mas não conseguiu. Mark saiu gargalhando, travesso, diretamente para o banheiro. 

— Ele sabe que ele acaba comigo... — passou as mãos no rosto como se aquilo diminuísse sua empolgação interior, entre sorrisos abertos. 

...

Saíram normalmente do quarto depois de prontos, acabando por encontrar Kevin sozinho na sala, mexendo no celular. 

— Vocês tem sorte que eu só voltei ontem pra pegar algo e sair. Tomem cuidado, viu? — disse humorado, mas no fundo estava falando sério. 

Querendo ou não, Coréia ainda é um lugar muito homofóbico. 

— Foi mal, e valeu. — Mark, rindo de nervoso. — Se puder ficar só entre a gente... — olhava para o rapaz sentado. 

— Sim. Obrigado e desculpa. — Donghyuck, breve. Nesses momentos que lembrava da sua real situação com o canadense.

Contudo, não iria mais levar aquilo tanto para o seu coração. É uma escolha dele. Não tem muito o que se fazer. De qualquer forma também, é desnecessário espalhar essa informação por todas as duas instituições.

Inopinadamente - Markhyuck. Onde histórias criam vida. Descubra agora