Cᥲρίtᥙᥣo 4 | Evιtᥲr Esᥴoᥣhᥲs Toᥣᥲs

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       Quando a música parou de tocar, Chloe estava decidida a caminhar até ele. Ela não queria esperar ficar emocionalmente mais vulnerável para o fazer, então precisava, em primeiro lugar, deixar aquela casa noturna. E tudo bem se precisasse arrastá-lo dali junto.

 Seus pés se moveram quase que instantaneamente com o scarpin em evidência, apesar dos sons de pequeno impacto contra o piso serem encobertos pelas reações favoráveis e, merecidas, ao show que Lúcifer acabara de concluir. Ela levou ar aos pulmões, vendo a distância entre eles se encurtar cada vez mais.

Ele usava um traje formal, mesmo estando visivelmente longe de sua área profissional — Ou nem tanto, já que, parecia ter interesse em se tornar o dono do lugar. De todo modo, ele estava belíssimo e ainda mais atraente do que gostaria que fosse verdade. Isso estava a ser uma maldita tortura.

— Sr. Morningstar, — sua voz soou educada, e suave. Não tinha muito a ver com a expressão intensa que habitava em seu rosto. — Com licença, tem um minuto?  

Os olhos de chocolate brilhavam quando se moveram para nela, fixando-se, antes de, um vinco de surpresa e confusão tomarem conta do semblante dele. — Detetive? — Lúcifer perguntou, mantendo sua expressão. — O que faz aqui?

Atrás deles a música potencialmente alta voltou a ecoar no ambiente, as pessoas voltando aos poucos para suas bolhas de desejo em plena tarde de um dia de semana ensolarado.

— Ao que se parece; sua mãe pode te rastrear exatamente de onde ela está, e ainda compartilhar seu paradeiro com terceiros — Chloe pareceu preencher seu tom com humor, não queria mostrar empatia nem nada, mas estava um pouco emotiva e isso fora o melhor que conseguira para não mostrar. — Deveria tomar cuidado.

— Um conselho de quem se preocupa? — ele ergueu uma sobrancelha, sua expressão jorrando provocação. 

— Oh, não. Longe disso. Apenas me certificando de que não me sentirei culpada caso você seja morto por um fã maluco depois de seu show. — ela deu de ombros, se desvencilhando do joguinho dele. — À propósito, você mandou bem.

— Você assistiu? — a ruga na testa dele pareceu crescer.

Ela umedeceu seus lábios, e assentiu, um pouco desconcertada por não saber exatamente o que dizer a respeito.

— Bom, precisamos trabalhar — ela advertiu, retomando seu ponto principal. — Casa do piloto? — ela sugeriu.

Ele assentiu, erguendo seu corpo da banqueta do piano, e ajeitou seu terno ao sua postura ereta.

— Jake deve estar…

— Lúcifer! — eles foram de repente, surpreendidos por uma voz que o cortou. O tom melódico era especialmente difícil de esquecer para um deles, enquanto Chloe tinha certeza que jamais havia ouvido ou visto a loira com a persona de Barbie Girl que se aproximava.

Após tê-los tomado a atenção, a mulher com apliques exagerados e madeixas rosas chegou rapidamente com seus saltos de 15 centímetros no meio deles. Ela era bonita, apesar de passar um ar superficial.

— Olá, Candy — ele saudou, um sorriso esplêndido ao reconhecê-la. Um abraço caloroso foi visto por Chloe, ainda com o cenho franzido.

— Não sabia que você estava aqui, diabo! — O fato de chamá-lo daquele modo, com um suposto apelido, apenas indicava que eles eram íntimos, em algum grau.

Favorite Crime | 𖥻AU | Deckerstar ִ ۫  Onde histórias criam vida. Descubra agora