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Lúcifer não esperava a reação que surtiu em Chloe quando ele a tocou. Quer dizer, ele nem sabia se ela tinha ou não notado, até que sentiu-a enrijecer ao lado dele. A princípio ele pensou em perguntá-la se havia algo errado, mas ao seguir o rumo de seus olhos, ele viu que sua atenção estava fixada na mão dele em sua coxa.
Como instinto, se afastar fora o que pensou em fazer também, mas algo o impediu. E ele não queria que tudo ficasse estranho. Eles eram amigos, e amigos, bem, eles se tocavam eventualmente.
— Chloe, está tudo certo? — perguntou ele, hesitante e num sussurro ao se inclinar perto da nuca, para alcançar o rumo de sua audição. Ela cheirava à essência de frutas vermelhas, doce e levemente sexy, porém um tanto atraente.
Ele notou a respiração entrecortada dela, o que, honestamente, o surpreendeu.
Mentiria para si mesmo se dissesse que nunca havia pensado nela de outra maneira, embora fosse respeitoso sobre isso. Chloe era linda, inteligente e arrebatadora em diversos sentidos, e apesar de ser seu amigo, ele não podia ignorar isso. Sentia-se profundamente atraído por ela, entretanto havia um limite que ele não ousava ultrapassar.
Lucifer nunca tinha tido um amigo com quem se sentisse confortável até para ficar em silêncio, apenas estando na presença dele. Mesmo assim, ele gostava da intimidade emocional neles, gostava de ser o único a saber quando ela estava magoada mesmo que fosse excepcionalmente boa em esconder isso, gostava de saber qual o café favorito dela no Starbucks, e que ela odiava usar vestidos ou qualquer outra roupa que a expusesse mais do que julgava necessário. E ele não trocaria isso por contatos físicos mais íntimos nunca se isso significasse que ele poderia perder a conexão que possuía com ela. Se isso colocasse a amizade deles em risco. Se isso a tirasse abruptamente dele.
— Estou bem — ela sussurrou em resposta, seu corpo se habituando ao toque quente dele ali, como se fizesse parte dela. Ela fingiu voltar sua atenção ao filme, porque não sabia explicar o que havia acontecido e com certeza não queria falar sobre isso.
O filme chegou ao fim e eles continuaram sentados ali, vendo uma infinidade de nomes rolando em créditos pelo telão. A mão dele se afastou em algum momento e ela sentiu falta daquilo no mesmo instante.
— Você, uh, gostou do filme? — Lúcifer quebrou o gelo, segurando o balde de pipoca vazio com os copos de refrigerante dentro, ele arriscou olhar para ela.
— Sim, bem, foi um ótimo filme — Chloe se limitou a responder, ela passou a língua pelos lábios, um pouco nervosa. — E você, gostou?
— Oh, sim. Foi um filme legal. Vamos dar uma volta, agora? — ele sugeriu, não a fim de prolongar o que quer que estivesse acontecendo.
Chloe assentiu, e ambos se prepararam para sair e o fizeram assim que descartaram as embalagens dos alimentos que permaneciam nas mãos. Nova York estava fria e o silêncio tornou a se instalar entre eles enquanto caminhavam sem destino pelo meio fio.
— Porque não me fala da Dalilah? — ela sugeriu, realmente curiosa. Talvez falar sobre a garota que ele estava pegando tirasse a sensação esquisita de querer beijá-lo.
Ele franziu o cenho, surpreso com a escolha do assunto. Lúcifer deu de ombros.
— Não há bem o que ser dito, a gente fica às vezes, e isso é tudo — ele elaborou, os olhos dele procurando os dela enquanto caminhavam.
— Ah, bem… mas vocês estão saindo há mais de uma semana, isso deve significar algo, certo? — Chloe o olhou de volta, ele não conseguia lê-la agora.
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Favorite Crime | 𖥻AU | Deckerstar ִ ۫
Hayran Kurgu𝖢𝗋𝗂𝗆𝖾 𝖥𝖺𝗏𝗈𝗋𝗂𝗍𝗈 | 𝖴𝗇𝗂𝗏𝖾𝗋𝗌𝗈 𝖠𝗅𝗍𝖾𝗋𝗇𝖺𝗍𝗂𝗏𝗈 | 𝖣𝖾𝖼𝗄𝖾𝗋𝗌𝗍𝖺𝗋 𓂃𓂃𓂃𓂃 𝖯𝗋𝗈𝗇𝗍𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗉𝖾𝗀𝖺𝗋 𝗌𝖾𝗎 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝗈 𝖼𝖺𝗌𝗈 𝖺𝗇𝗍𝖾𝗌 𝖽𝖾 𝗏𝗈𝗅𝗍𝖺𝗋 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖫𝗈𝗌 𝖠𝗇𝗀𝖾𝗅𝖾𝗌...