Ayla
Os meses de junho e julho foram os mais corridos para mim, eu nao consegui pagar a conta do caminhão de alimentos e nem o de remédios, entao até o final desse mês tenho que pagar de junho e julho mais o agosto, três meses pra pagar assim e avista, nao vou conseguir.
-O que eu faço meu Deus?! -falo comigo mesmo no meu escritório olhando o monte de papel de cobrança. Fico desanimada e começo a ficar desespera, nao posso ficar pensando no pior, nao posso, o terreno é meu e nao pode ser fechado, mas se eu nao tiver dinheiro para pagar as despesas da casa e remédios eu mesma que vou fechar, mas nao quero isso, quero que tudo de certo e eu tenho certeza que vai, vai ficar tudo bem, eu garanto! Tenho que parar de pensar nisso e ir buscar a Jo na academia de dança. Gardo todos aqueles papeis e contas, levanto e vou em direção ao meu carro para buscar a Jo. No caminho fico pensando em Théo, eu sabia que ele era um cara legal, mas eu me sinto estranha perto dele, me sinto...eu mesma, nunca senti isso perto de um homem depois de Yago, esse Yago é o cara que destruiu a minha vida no memonto que ele entro na mesma, depois que eu namorei ele, no começo eu nao conseguia chegar perto de um homem, agora eu consigo devido ao me trabalho e talz, mas eu nunca me acostumei, com Théo foi diferente, eu pude ser eu mesma, mostrar pra um homem quem eu realmente sou, nao sei explicar. Mas agora ele esta longe e vai ficar longe por um bom tempo, só nao estou preparada pra nao ver ele nunca mais...
Bom, a mãe dele é um amor de pessoa e gosta muito de mim, ela odeia a Fabi, meu Deus, essa mulher odeia a Fabi com todas as suas forças nunca vi! E a dona Lavínia se deu super bem com a dona Dalva, eu também nunca vi Dalva tão bem quanto agora, ela sai pra dar uma volta com Lavínia sem eu precisar insistir, Dalva até ja leu o "diario" do marido dela pra Lavínia que por sinal adorou, posso sentir que as duas estão felizes mesmo sem os filhos e o marido e isso é bom, assim eu nao preciso ficar tao preocupada com a Dalva, antes dr Lavinia chegar ela estava ficando pior, pois ela nao se comunicava muito, e quando Lavínia chegou ela conversou mais e teve uma grande melhora. Todos nos sabemos que ela nao vai ser curada, pois Alzheimer nao tem cura, apenas retarda o mal, e eu sei e os médios sabem que ela nao vai durar muito e isso me doi o coração, eu queria saber quem é essa ordinária da filha dela, fazer eu nao ia poder fazer nada, mas eu queria conhecer a quenga.****
Chego na academia e ajudo Jo a entrar no carro.
-Boa noite Jo. -falo quando eu entro no lado do motorista.
-Boa noite Ay. Ta bem? Esta com uma voz estranha. -Ela fala, ele é cega mais percebe o humor da pessoa so pela voz e nao adianta disfarçar.
-Só preocupada com algumas coisas amiga, estou pensando em fechar a casa. -falo ligando o carro e saindo pelas ruas.
-Porque? Amiga nao faz isso, aquela casa é a sua vida, aqueles idosos sao a nossa familia e voce sabe muito bem que a maioria das casas de repouso daqui é ruim e maltrata os velhinhos, eles gostam de você. -ela fala e eu aperto a minha testa, dor de cabeça do capeta!
-Eu sei, mas Jo, eu nao consigo mais pagar o hospital, nem as despesas da casa, esta muito apertado pra mim. -falo estacionando na garagem de casa.
-Eu já estou recebendo o aumento e nao posso pedir mais, mas você pode pedir mais para a hospedar e pra quem ja esta la aumenta uns 30 por cento. Amiga, fechar a casa vai fazer você sofrer, eu sei disso. -ela fala e eu ajudo ela a ir pro quarto dela.
-Vou pensar no que fazer. -ela me olha com uma cara desconfiada. -Prometo. -ela sorri e eu saiu do quarto, meu celular toca quando eu estou tomando banho, vejo que é Théo e decido atender
-Alo. -falo.
-Oi Ayla.
-Senhor Campbell! -falo
-So Théo, Ayla, tudo bem?
-Esta sim e ai?
-To bem, esta com uma voz estranha, certeza que ta bem? -ele pergunta preocupado e eu sorrio.
-Estou bem, so preocupada com a casa de repouso. -me limito a falar.
-O que tem? -ele pergunta e eu desligo o chuveiro e me seco.
-Estou pensando em fecha-la. -Quando percebo ja falei e arregalo os olhos.
-Porque? Voce é boa no que faz. -ela fala e eu explico tudo pra ele, ele fala quase as mesmas coisas que Jo, conversamos mais um pouco e quando percebo ja estou deitada na cama vestida, ele pergunto da mãe dele e depois desligamos, fiquei pensando em tudo, os prós e contras sobre fechar a casa e pensando em tudo que eles me falaram, em tudo que ele me falou e logo acabo dormido.
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Com você eu soube o que é amar!
RomanceAyla Lee Johnson com os seus 26 anos trabalha em sua própria casa de repouso no Texas, com a ajuda de sua amiga bailarina deficiente visual conseguiu subir na vida, ela adora o que faz, não tem problema em cuidar de idosos chatos ou carrancudos, poi...