Alexandra Rhee vivia uma vida normal como todas as outras, mas, devido ao novo surto do vírus, sua vida teve que mudar drásticamente.
Perdida sem seu irmão e sua irmã, Alexandra terá que enfrentar alguns desafios antes de reencontrar um membro de su...
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UMA SEMANA DEPOIS
Estamos andando sem rumo pela floresta a uma semana, mas parecem ter sido meses desde a última vez que vi meu irmão. As minhas roupas e as de Sophia estavam completamente sujas, não comíamos nada desde o "almoço" do dia anterior e minha barriga roncava fortemente -chegava a doer.
Andávamos sozinhas pela floresta, estamos cansadas, quase não dormimos mais depois daquele dia, se encontramos Errantes, subimos em uma árvore ou nos escondemos, descansamos por uns 10 minutos e seguimos viagem, nos aquecemos a noite e subimos em árvores para descansar mais um pouco e continuamos viagem também, sem paradas quase.
— Eu estou cansada! - Diz Sophia se sentando no chão da floresta.
— Temos que ir. - Falo me virando de costas. — Já vai anoitecer, então descansamos.
— Não é isso! Eu estou cansada de ficar na floresta, sem rumo, apenas nós duas, fugindo de qualquer bicho que apareça e quase sem comida. Crianças não deveriam fazer tanto esforço. - Sophia se encosta em uma árvore e olha por céu. — Somos só crianças, não merecemos isso.
— O nome disso é sobreviver. Agora, vamos continuar, a gente encontra algo pelo caminho e recarregamos energia para mais tarde.
— Do jeito que você esta pode nos fazer andar por ai também de noite.
— Você quer me dizer alguma coisa, Sophia? - Cruzei os braços na altura do busto.
— Nada que você já não saiba. - Ela não olhava para mim.
— Escute, temos que con-
Sophia corta minha fala antes que eu termine de falar.
— Não! Você sempre diz pra continuarmos andando, mas não adianta! - Ela se levanta e começa a falar mais alto. — Nos retornamos o caminho mas não tinha nada! Continuamos andando e não tem nada! Se continuarmos também não vamos ter nada! Eu.Estou.Cansada! - Ela acaba por gritar a ultima parte.
— Sugere que a gente faça o que então? Fiquemos sentadas esperando mortos chegarem e nos comerem vivas? Não obrigada! - Falo com ela no mesmo tom de voz.
— Vamos ser comidas por aquilo vivas ou mortas, isso não importa! Para você nós temos que continuar andando, sem parar, "sobrevivendo", a gente quase não come ou bebe alguma coisa, quase não descansa, isso é sobreviver pra VOCÊ?
