Alexandra Rhee vivia uma vida normal como todas as outras, mas, devido ao novo surto do vírus, sua vida teve que mudar drásticamente.
Perdida sem seu irmão e sua irmã, Alexandra terá que enfrentar alguns desafios antes de reencontrar um membro de su...
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AO AMANHECER
Bob já estava perto da morte, e todos fomos nos despedir dele. Eu segurava Louise Morgan no meu colo e quando Maggie se levantou, eu fui a próxima e me abaixei ao seu lado.
— A gente não se conhecia muito bem, mas, você vai fazer falta. - O digo já com lágrimas no olhos, eu era péssima em despedidas. — Você era forte, engraçado, e não merecia morrer por uma mordida, ninguém merece...
— Vai ficar tudo bem Alex, você também é forte. - Como ele conseguia sorrir em meio tudo aquilo?
— Ela também vai sentir sua falta, não é Lou?
— Louise Morgan, nunca vou me esquecer desse nome.
— Obrigado por tudo o que você já fez e por ter salvo várias pessoas da morte com os remédios na prisão.
— Não precisa agradecer, eu só fiz o que eu tinha que fazer.
— Obrigada por tudo. - O abraço sentindo as lágrimas escorrendo e me levanto as secando e dando espaço para Rick passar e conversar com ele também.
Após Tyreese o finalizar, já que a irmã não conseguiu fazer isso, enterramos Bob. Abraham iria para Washington com Glenn e Maggie. Fiquei na porta da igreja e vi de longe Abraham entregar um mapa de Washington para Rick, enquanto conversavam e Eugene faz um sinal e entra no micro ônibus. Vejo Glenn me olhando e ele vem até minha direção começando a falar enquanto fico calada.
— Não fica assim comigo. - Ele começa mas eu não digo nada. — Você sabe que eu tenho que ir, e não quero ir com você desse jeito, brava comigo. - Eu só o observo. — Diz alguma coisa por favor?
— O que quer que eu diga?
— Eu não sei, qualquer coisa.
— Eu não quero te dar tchau, demorei muito tempo pra encontrar você de novo e vamos nos separar assim?
— Alex, tenta me entender, eles precisam que eu vá, e a Maggie também. Eu não queria te deixar, eu realmente não queria, mas entenda que vai ser preciso isso acontecer, olha, me promete uma coisa?
— Qual?
— Que nunca vai desistir. Você sabe que daqui pra frente tudo vai mudar e eu prometo voltar pra você quando eu puder, mas até lá, consegue me prometer isso?
— Só se você prometer também.
Glenn não diz nada e apenas me abraça e deixa um beijo em minha testa e faz o mesmo com Louise Morgan e faz carinho nos pelos de Rajah.
— Cuida bem dela. - Ele diz a Rajah. — Eu volto assim que eu puder, tudo bem?
— Antes do sol se por. - Ele sorri concordando com a cabeça.
Ele desce as escadas da igreja e já ia entrar no micro ônibus quando eu o chamo.
— Glenn! - O chamo antes dele entrar no micro ônibus. — Tchau! - O dou um aceno e ele sorri e me retribui meu aceno enquanto sorrio de volta, mas vou desfazendo meu sorriso quando vejo eles partindo.
AO ANOITECER
Todos já estavam dormindo - era o que eu achava. Me revirei várias vezes no chão para pegar no sono, estava cada vez mais difícil ter algum sono descente mesmo estando cansada. Me levantei em silêncio observando todos a minha volta antes de sair da salinha do padre, andei até fora da igreja e encontrei Michonne sentada nas escadas, me sento ao seu lado.
— Não consigo dormir. - Digo em meio ao silêncio.
— Tem alguma coisa te incomodando? Além do sofá velho. - Ela brinca.
— Eu não sei, e não é o sofá.
— Quer me contar o que está acontecendo?
— Eu acho que eu só estou preocupada, sabe... com o Glenn e a Maggie indo pra Washington atrás da cura, Daryl e minha mãe desaparecidos, duas bebês pra cuidar e sabe sei lá Deus o que mais vai acontecer. Eu só acho que... estou bem preocupada.
— O Henry conseguiu dormir?
— Ajudei ele nisso também.
— Eles vão aparecer logo. - Ela tenta me reconfortar. — Eu sei que vão, vai ficar tudo bem com o Glenn e a Maggie e vamos dar conta da Judith e da Louise Morgan.
— Mas e se não der? E se o Daryl e a Carol morreram por ai e não sabemos? E se acontecer um imprevisto e Eugene explodir tudo matando todos que foram? E se acabarmos ficando sem suprimentos e o choro das bebês chamarem mais zumbis? Qualquer coisa pode acontecer, qualquer coisa... Qualquer passo errado que você da são 10 caminhos pra morte, e sobreviver nesse mundo tão ruim... eu só estou cansada, eu não aguento mais isso.
Michonne não diz nada e apenas me abraça, ela entende que tudo isso está acabando comigo e com tantas mortes acontecendo, a esperança vai acabando. Nos separamos quando ouvimos um barulho na mata e Michonne se levanta pegando sua katana e eu pego minha arma. Vamos até de onde o barulho e vemos algo na mata se mexendo e nos preparamos para matar qualquer coisa que fosse quando quem menos esperávamos apareceu.
Por um lado, eu fico feliz que ele esteja vivo e apareceu mas desfaço meu sorriso percebendo que ele estava sozinho.
— Daryl. - Pronuncio. — Cadê a minha mãe? - Ele fica em silêncio por um tempo.
— Pode sair. - Ele diz a alguém na mata.
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