Alexandra Rhee vivia uma vida normal como todas as outras, mas, devido ao novo surto do vírus, sua vida teve que mudar drásticamente.
Perdida sem seu irmão e sua irmã, Alexandra terá que enfrentar alguns desafios antes de reencontrar um membro de su...
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— Quantos anos você tem, garotinha? - Perguntou o cara, cujo o nome era Vincent. Eu não o respondi, e ele fechou o rosto. — Vamos deixar uma coisa clara, tá legal? A cada pergunta que você não responder, vai ser um soco a mais na cara do seu namorado. Agora, responda a porra da pergunta!
— 13! Eu tenho 13 anos!
Vincent tem uma feição de surpresa no rosto, mas logo depois ele abre um sorriso e começa a rir sendo acompanhado por seus capangas.
— Então era disso que eu estava com medo? Duas crianças que roubaram só um carro? - Ele continua rindo e debochando. — E olha só pra tal "mulher" que achávamos ter visto, é só uma criança. Olha pra isso, tão baixinha, tão fraca, tão... inútil.
Quanto mais ele falava sobre mim, mais raiva ia crescendo, e mais inseguranças ele aumentava em mim. Quer dizer, eu não sou tão fraca assim... Eu sei que eu sou pequena, eu deveria ter um corpo bem maior do que isso, eu devo parecer uma pena... Eu acho.
— Olha garota, não me leve a mal mas... Os garotos não curtiam muito brincar com você, não é? - Mais risadas.
— Se você falar dela assim novamente, eu te prometo que vou cortar a sua garganta. - Todos os olhares são desviados para Nate que encarava Vincent com um olhar de fúria.
— E olha só para o "homem" da casa. Tão magrelo, você não luta, não é garoto? Pelo menos você não deve ser tão inútil como aquela bonitinha ali.
— Não sabe disso. Você não nos conhece, e é melhor que você lave essa sua boca imunda e nojenta para se referir a ela!
Tudo o que Nate recebeu foram socos, eu me sentia mal por ele. Eu poderia ter ajudado, eu poderia ter salvo ele se eu não fosse tão curiosa e tão lerda.
— Olha, se vocês não fossem morrer hoje mesmo, vocês com certeza iriam crescer diferentes. Mas eu não vou deixar isso acontecer. - Ele da mais um soco no local do nariz de Nate, este que cospe sangue enquanto tosse.
— Qual é o seu problema? - Eu acabo por me irritar. — Somos só crianças! Por quê continua esmurrando Nate deste jeito? Já chega! Nós vamos devolver o seu carro, nós vamos pra bem longe, só chega disso e deixa a gente em paz!
Vincent vem andando até mim em passos calmos, mantendo o olhar sério no rosto.
— Qual é o meu problema? - Ele finalmente para ao chegar na minha frente. — O meu problema é que duas crianças nos atraíram para uma armadilha, roubaram o nosso carro, nos fizeram andar pro quilômetros atrás de vocês até encontrar outro veículo e enquanto isso os dois estavam dormindo nesta floresta sem nenhum problema. E isso me incomoda bastante.
