Alexandra Rhee vivia uma vida normal como todas as outras, mas, devido ao novo surto do vírus, sua vida teve que mudar drásticamente.
Perdida sem seu irmão e sua irmã, Alexandra terá que enfrentar alguns desafios antes de reencontrar um membro de su...
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O primeiro sentido que desperta de mim é o olfato. Senti o cheiro da fumaça adentrar meu nariz e começar a tomar conta do meu pulmão aos poucos, junto ao cheiro de madeiras sendo queimadas e cheiro de gás.
Depois, foi o meu tato que começou a funcionar. Senti meus dedos da mão se mexerem conforme eu fazia força nos movimentos das mãos, mas comecei a sentir uma dor enorme em ardência na minha perna.
Após, meu paladar. O gosto metálico de sangue se fazia presente em minha boca quando comecei a sentir escorrer por ela.
Minha visão foi a próxima. Abri meus olhos começando a os rodar pelo lugar ao meu redor, eu estava a alguns metros de distância do carro que explodiu, jogada no meio da rua.
Por último, a audição. Primeiro veio um enorme zumbido, seguido de barulho de explosões e tiros. As bombas de gás que jogamos começaram a aparecer na minha visão.
Comecei a tossir fortemente, me colocando sentada para cuspir o sangue em minha boca e o limpar. Passei os dedos por minha cabeça que doía sentindo algo molhado chegar em meu olho, mais sangue escorria de minha testa. Olhei o corte em minha perna que doía. Eu estava inteiramente machucada.
Rajah veio correndo em minha direção e tocou meu rosto com seu focinho, ele passou pelo meu braço fazendo menção a me ajudar a levantar. Consegui me por de pé, quase caindo ao tentar andar e tossi mais ainda colocando a mão em minha barriga voltando a cuspir sangue. Olhei em volta procurando Carl, e vi ele se levantar e ficar em pé de costas para mim alguns passos a minha frente.
Vi silhuetas escurar correrem pelas ruas de Alexandria, começando a ficarem metros próximas de nós. Carl finalmente se vira para mim e corre mancando para chegar até mim.
— Deus. Vem aqui, eu consigo te levar - ele diz notando meu estado.
— Não! Não, eu to legal - respiro com dificuldade. — Vamos embora, eles já estão chegando.
Carl passa o braço por debaixo do meu e vamos andando juntos para escapar.
— Pro chão garotos! - Ouvimos uma pessoa gritar e sua silhueta aparecer a alguns metros de nós.
Carl pega uma bomba da fumaça e a solta a nossa frente, fazendo nossa visão desaparecer por instantes ao Salvador.
— Entra aqui, rápido! - Ele indica a tampa de esgoto.
Eu o ajudo a tira-la dali e Rajah entra primeiro, seguido de mim e por fim Carl, que fecha a tampa. Os dois Salvadores aparecem em cima de nós nos procurando com o olhar e armas em mãos.
