010. The supermarket

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𝐏𝐎𝐕: 𝐀𝐥𝐞𝐱𝐚𝐧𝐝𝐫𝐚 𝐑𝐡𝐞𝐞

𝐏𝐎𝐕: 𝐀𝐥𝐞𝐱𝐚𝐧𝐝𝐫𝐚 𝐑𝐡𝐞𝐞

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DOIS DIAS DEPOIS




Ficamos andando pela estrada por horas seguidas em baixo do sol, não tínhamos mais gelo para por no meu tornozelo então nossas caminhadas eram mais lentas por causa disso. Mesmo que eu insistisse a Nate que eu poderia andar e só ia nos atrasar mais, ele fazia questão de me levar nas costas – eu não reclamava muito, era confortável, mas eu me sentia meio inútil.

Novamente os nossos mantimentos estavam acabando, se não encontrássemos água logo iriamos morrer de sede.

Caminhamos tanto que nossos pés estavam em um orno dentro de meus tênis – que eu não era doida de tirar e andar sob esse asfalto –, pelas minhas contas já era 13h da tarde, só hoje andamos no mínimo por 3 ou 4 horas sem parar seguindo as placas de direção pela estrada – descobri que nós chegamos em Chattanooga.

Eu estava quase pedindo para parar até ver uma loja a nossa frente, conforme mais fomos andando começamos a ver mais lojas de variados produtos, minhas preces foram atendidas. Dois errantes vieram na nossa direção mas Nate – com a ajuda de Rue – cuidou de mata-los, eu estava quase morrendo de dor na perna direita então me sentei no espaço de terra que tinha ao lado da estrada e ergui minha calça para observar meu tornozelo. Lado bom: não estava mais inchado, lado ruim: Aquilo causava uma dor insuportável.

— Algo errado? - Ouço Nate perguntar e nego com a cabeça.

— É só a minha perna que não para de doer. - Ele estende a mão para mim e me ajuda a levantar.

— Se estiver doendo muito eu carrego você.

— Esquece, eu sei andar! - Eu falei mais alto do que deveria, e fui um pouco grossa. — Olha, eu sei que você quer me ajudar mas eu aguento, não sou tão fraca quanto parece.

— Não duvido disso vindo de uma garota que ficou três meses por ai com o cachorro. Mas se doer demais avisa, nem era pra você estar andando com o tornozelo deste jeito.

Dei um aceno de cabeça e voltamos a andar.

— É um lugarzinho bem pacato, não? - Digo.

— Realmente, a gente deve estar um pouco longe da cidade.

Chattanooga era um lugar bonito e cercado por água, mas aquela não era a cidade central de Chattanooga, era mais uma "aldeia".

— Acha que pode ter alguma coisa por aqui?

— Se acharmos alguma loja de comida, como um mercado, vamos ter tirado a sorte grande.

Nós resolvemos cortar caminho saindo da mira de errantes um pouco mais longe de nós e fomos pelas árvores ali, não nos escondia muito como em Chicago. Passamos por lojas de coisas de bebês, lojas de roupas, bijuteria, papelarias, até que finalmente encontramos um mercado no meio de tudo.

Who Are You? ⸺ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora