Visita indesejada

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Roxanne estava intensamente mal-humorada enquanto Lilian arrumava seu cabelo. Já não gostava de prendê-lo, mas deixar alguém que não fosse ela ou Sirius mexer nele a estressava ainda mais.

Tinha se arrependido no minuto em que Lilian parara de chorar, então desejou não ter ido buscar a parte escrita de Peter, ou de não ter fugido quando viu a cena.

Alguém devia no mínimo ter morrido, mas não, era só uma briga idiota da grifina com a irmã trouxa. Por meio de cartas além de tudo.

— Prefere coque ou uma trança? – Lilian perguntou animada, fazendo Roxanne respirar fundo e revirar os olhos.

— O que for mais fácil. - Respondeu emburrada.

— Ok, trança, depois posso enrolá-la. – Roxanne deu um muxoxo como resposta. – Seu cabelo é bem fácil de mexer.

— Eu sei.

Lilian deu um sorrisinho e ficou quieta por alguns segundos.

— Obrigada por tentar me distrair, ok? – Disse com um tom ameno, puxando as mexas que ficavam no rosto da sonserina. – É muito gentil da sua parte.

Roxanne fez uma careta. Oi?

— Mandei você calar a boca, onde está a gentileza nisso?

Lilian riu.

— Bom, você não tem muita sensibilidade com as palavras, mas podia muito bem ter me ignorado e saído.

Roxanne revirou os olhos.

— Não se engane, se eu soubesse qual era o problema teria feito exatamente isso.

Lilian riu de novo, cruzando as mechas brancas e volumosas frouxamente atrás da cabeça dela.

— Eu sei que você não tem irmãos, mas amar uma pessoa que te odeia é uma situação que é passível a todo mundo, e é isso.

— Ainda não entendo o choro desenfreado. – A sonserina replicou indiferente.

— Se o Sirius te odiasse...

Roxanne franziu as sobrancelhas ligeiramente.

— Eu não o amo. – Interrompeu.

— Ah não? – Lilian questionou cética, e Roxanne repetiu. A grifina não insistiu. – Bem, a questão é só eu querer que minha irmã gostasse de mim e não tentasse me afastar da vida dela.

Roxanne revirou os olhos.

— O que a vida de uma trouxa tem de especial?

— É a mesma coisa que a nossa, só não tem magia.

— Uhum, e então?

Lilian riu.

— Eu queria estar na vida dela como eu estou na vida das minhas amigas. – Ela puxou alguns fios no topo da cabeça da sonserina e soltou outros ao lado das orelhas dela. – Saber das coisas dela e tudo, entende?

— Se ela não quer não adianta insistir. – Roxanne replicou entediada. – Se ainda assim quer, francamente, você é uma bruxa, aproveite.

— Merlin, não vou usar magia para entrar na vida dela.

Roxanne deu de ombros.

— Terminou?

Lilian negou com a cabeça, esquecendo que a outra não podia vê-la.

— Quase, só vou prender a trança.

— Uhum.

*

Sirius Black e Roxanne MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora